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terça-feira, 3 de maio de 2011

3 de maio: festa da Invenção da Santa Cruz

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Embora, infelizmente, não exista mais no calendário universal da forma ordinária, a Festa da Invenção da Santa Cruz ainda está presente nas dioceses mexicanas e filipinas, por especial privilégio da Santa Sé. Em algumas igrejas e dioceses brasileiras também há essa festa mesmo na forma ordinária.

Com a reforma de 1960, nem mesmo no calendário tradicional a festa consta.


Veneração das relíquias da Verdadeira Cruz, na Áustria


Relíquia da Verdadeira Cruz, no Mosteiro Cisterciense de Itatinga, SP


Basílica da Santa Cruz de Jerusalém, em Roma

Após aquela insigne vitória que Constantino obteve sobre Maxêncio, quando recebeu de Deus o sinal da Cruz do Senhor, Santa Helena, mãe de Constantino, tendo recebido uma revelação em um sonho, foi a Jerusalém para procurar zelosamente a Cruz; aí ela cuidou de destruir a imagem de Vênus de mármore, que os gentios colocaram no lugar da Cruz, para tirar a memória da paixão de Cristo Senhor, e que aí permaneceu por cerca de 180 anos. O mesmo ela fez no presépio do Salvador, onde fôra posto um simulacro de Adônis, e no lugar da ressurreição, onde o fôra um de Júpiter.

Purgado, assim, o local da Cruz, por meio de profundas escavações foram encontradas três cruzes, e, separado delas, a inscrição que fôra colocada sobre a Cruz do Senhor; como não se sabia sobre qual das três ele deveria ser afixado, um milagre sanou a dúvida. Eis que Macário, bispo de Jerusalém, tendo elevado preces a Deus, levou cada uma das cruzes a três mulheres que sofriam de uma grave enfermidade, e, enquanto as demais nada aproveitaram para as mulheres, a terceira Cruz, levada à terceira mulher, curou-a imediatamente.

Santa Helena, tendo encontrado a Cruz da salvação, construiu aí uma magnificentíssima igreja, na qual depositou parte da Cruz em urnas de prata, e outra parte entregou a seu filho, Constantino, que a levou a Roma, à igreja da santa Cruz de Jerusalém, edificada no palácio Sessoriano. Ela também entregou ao filho os cravos que trespassaram o santíssimo corpo de Jesus Cristo. Naquele tempo, Constantino sancionou uma lei para que, desde então, ninguém fosse condenado ao suplício da cruz, e aquilo que antes era castigo e maldição para os homens, passou a ser glória e objeto de veneração.
Fonte: Breviário Romano



A Beleza na Liturgia: Entervista com Mons. Guido Marini

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A seguinte entrevista com mons. Guido Marini, mestre das cerimônias papais, foi publicada na revista eletrônica polonesa Sunday Catholic Weekly, traduzido por nós a partir do Pe. Z.

Wlodzimierz Redzioch: Como podemos entender a colaboração entre o Papa Bento XVI e seu Mestre de Cerimônias? O Papa não decide sobre tudo?
Mons. Guido Marini: Em primeiro lugar, eu gostaria de frisar que as celebrações que Santo Padre preside devem ser tomadas como pontos de referência para toda a Igreja. O Papa é o sumo sacerdote, aquele que oferece o sacrifício da Igreja, aquele que transmite o ensinamento litúrgico a ser usado no decorrer das celebrações – o ponto de referência para tudo. Levando isso em conta, fica mais fácil compreender qual deve ser o tipo de colaboração entre o Mestre de Cerimônias Papais e o Santo Padre. Deve-se agir de modo a tornar a liturgia papal a expressão de sua autêntica orientação litúrgica. Portanto, o Mestre de Cerimônias Papais deve ser um humilde e fiel servo da liturgia da Igreja. Eu sempre procurei compreender desssa forma o meu trabalho no Ofício de Celebrações Litúrgicas Papais.

W.R.: Nós todos podemos ver as mudanças introduzidas nas celebrações litúrgicas por Bento XVI. Como podemos sintetizá-las?
Mons.: Penso que tais mudanças podem ser sintetizadas da seguinte maneira: primeiramente, são mudanças feitas de acordo com a lógica de desenvolvimento da continuidade com o passado. Assim, não simplesmente tratamos de quebrar com o passado, justapondo as liturgias pontificais que nos precederam. Em segundo lugar, as mudanças introduzidas servem para evocar a verdadeiro espírito da liturgia como desejava o Concíio Vaticano Segundo, "O 'assunto' da beleza intrínseca da liturgia é o próprio Cristo, ressureto e glorificado no Espírito Santo, que inclui a Igreja em seu trabalho."

W.R.: Celebrações feitas de frente para a cruz, a Sagrada Comunhão recebida diretamente na boca e de joelhos, momentos mais prolongados de silêncio e meditação – essas são as mudanças litúrgicas mais visíveis introduzidas por Bento XVI. Infelizmente, muitas pessoas não compreendem os significados teológicos e históricos dessas mudanças e, o que é pior, podem ver isso como um "retorno ao passado". Você poderia explicar brevemente os significados dessas mudanças?
Mons.: Para dizer a verdade, nosso ofício tem recebido muitos depoimentos de fiéis que receberam positivamente as mudanças introduzidas pelo Papa porque eles as reconhecem como a autêntica renovação da liturgia. Em relação ao significado de algumas mudanças, direi umas poucas e sintéticas reflexões. Celebrar de frente para a cruz indica a correta direção da oração litúrgica, i.e., de frente para Deus; durante as orações os fiéis não devem olhar para si mesmos, mas dirigir o olhar ao Salvador. A distribuição das hóstias para o povo de joelhos busca dar valor ao aspecto de adoração tanto como o elemento fundamental da celebração e como a atitude necessária de quem se coloca de frente ao mistério da presença real de Deus na Eucaristia. Durante a celebração litúrgica a oração assume várias formas: palavras, cânticos, música, gestos e silêncio. Além disso, os momentos de silêncio nos permitem participar verdadeiramente do ato de adoração, e mais ainda, evoca do interior todas as outras formas de oração.

W.R.: O Papa dá grande importância às vestes litúrgicas. É uma questão de puro esteticismo?
Mons.: Para entender melhor as idéias do Papa sobre o sentido da beleza como um elemento importante das celebrações litúrgicas eu gostaria de citar a exortação apostólica "Sacramentum Caritatis": "A relação entre mistério acreditado e mistério celebrado manifesta-se, de modo peculiar, no valor teológico e litúrgico da beleza. De facto, a liturgia, como aliás a revelação cristã, tem uma ligação intrínseca com a beleza: é esplendor da verdade (veritatis splendor). [...] [Isso não é] mero esteticismo, mas como modalidade com que a verdade do amor de Deus em Cristo nos alcança, fascina e arrebata, fazendo-nos sair de nós mesmos e atraindo-nos assim para a nossa verdadeira vocação: o amor. [...] A verdadeira beleza é o amor de Deus que nos foi definitivamente revelado no mistério pascal. [...] A beleza da liturgia pertence a este mistério; é expressão excelsa da glória de Deus e, de certa forma, constitui o céu que desce à terra [...]. [A] beleza não é um factor decorativo da acção litúrgica, mas seu elemento constitutivo, enquanto atributo do próprio Deus e da sua revelação.

W.R.: Bento XVI trocou de báculo pastoral – atualmente ele está usando o báculo com a cruz. Por quê?
Mons.: Eu gostaria de recordar que até o pontificado do Papa Paulo VI os papas não usavam báculos; em ocasiões especiais eles levavam uma férula (cajado em forma de cruz). O Papa Montini, Paulo VI, foi quem introduziu o báculo em forma de cruz. E assim fez Bento XVI até o Domingo de Pentecostes de 2008. Desde então ele vem usando a férula porque ele acredita que é um item mais apropriado para a liturgia papal.

W.R.: Por que é tão importante que a Igreja preserve o uso do Latim na liturgia?
Mons.: Embora o Concílio Vaticano II tenha introduzido línguas vernáculas, ele recomenda o uso do Latim na liturgia. Eu acredito que há duas razões pelas quais não devemos deixar de lado o Latim. Acima de tudo, temos um grande legado litúrgico do Latim: desde o canto Gregoriano até a polifonia, bem como os "testi venerandi" (textos sagrados) que os Cristãos usaram desde épocas remotas. Além disso, o Latim permite-nos demonstrar a catolicidade e universalidade da Igreja. Nós podemos experimentar essa universalidade de uma forma peculiar na Basílica de São Pedro e durante outros encontros internacionais quando homens e mulheres de todos os continentes, nacionalidades, línguas, cantam e rezam na mesma língua. Quem não se sentirá em casa quando, ao estar na Igreja, pode se unir a seus irmãos e irmãs na fé pelo menos em alguns momentos pelo Latim?

W.R.: Você concorda que a fé do sacerdote é expressa de modo especial na liturgia?
Mons.: Eu não tenho dúvidas quanto a isso. Uma vez que a liturgia é a celebração do mistério de Cristo, aqui e agora, o sacerdote é chamado a expressar sua fé em uma "via de mão dupla". Primeiramente, ele deve celebrar com os olhos de quem vê além da realidade visível pra "tocar" o que é invisível, i.e., a presença e a ação de Deus. É a "ars celebrandi" (arte da celebração) que permite ao fiel perceber quando a liturgia é apenas uma performance, uma espetáculo para o sacerdote, de quando é uma relação viva e atraente ao mistério de Cristo. Em segundo lugar, depois da celebração o padre está renovado e pronto para seguir o que ele experimentou, i.e., fazer de sua vida uma celebração do mistério de Cristo.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Toledo, Espanha: Solene Ação Litúrgica de Sexta-feira Santa na forma extraordinária – com breves explicações sobre os paramentos

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Celebrada pela Fraternidade de Santa Maria Rainha, na Igreja de São Salvador. Reparem que a cor litúrgica da primeira parte da liturgia é o negro, e da segunda o roxo. Outra distinção é que se usa pluvial na primeira parte, e casula na segunda. No rito novo, a cor é uma só, e vermelha, e se usa só casula, não pluvial.

Bem que a reforma da reforma poderia resgatar essa distinção, que tem uma razão de ser: separar bem a “Missa dos Pré-Santificados” (Pater, Comunhão, Pós-Comunhão), em que se usa casula, e a Adoração da Cruz, Leitura da Paixão e Impropérios, em que se usa pluvial por ser outra cerimônia, ainda que unida, ligada. A diferença de cores também indica que o preto é o luto pela morte de Cruz, e o roxo um início de alegria (o roxo é mais claro do que o preto, e é, em uma espécie de escala penitencial, mais suave do que ele) pela Comunhão do Corpo e Sangue do Senhor. Bugnini não andou bem, como de costume, ao simplificar demais e eliminar essas riquezas simbólicas. Ademais, o preto e o roxo são bem mais significativos do que o vermelho: a morte de Cristo não foi um martírio para se celebrar com a cor vermelha; Ele mesmo Se entregou.

Todavia, na questão dos paramentos, no tridentino, igual ao rito novo, se retira a casula/pluvial para a adoração da Cruz, porém, ao contrário deste, se retira também na prostração inicial.

 


 

 

 

 

 




 

 

 

 

 

Ordinários da Missa em vários ritos ocidentais

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Quinta-feira Santa em Seberi, RS

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Na Diocese de Frederico Westphalen, com o pároco, Pe. Jacson Rodrigo Pinheiro, usando uma bela casula romana:

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domingo, 1 de maio de 2011

Santa Missa de Beatificação do Papa João Paulo II

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Hino do Domingo "In albis"

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Neste Domingo, que encerra a Oitava da Páscoa, chamado de Domingo "In albis", o hino próprio, composto pelo franciscano Frei Jean Tisserand, OFM, em 1491. Ele pode ser entoado como de Entrada ou de Comunhão. Este canto resume os últimos oito dias e enfatiza o Mistério celebrado hoje, chamando a atenção de todos: "O filii et filiae":


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
1. O fílii et fíliae
Rex coeléstis, Rex glóriae
Morte surréxit hodie.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
2. Et mane prima sábbati,
Ad óstium monuménti
Accessérunt discípuli.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
3. Et María Magdalene,
Et Jacóbi, et Salóme
Venérunt corpus úngere.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
4. In álbis sédens Ángelus
Prædíxit muliéribus
In Galliæa est Dóminus.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
5. Et Joánnes Apóstolus
Cucúrrit Pétro cítius,
Monuménto vénit prius.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
6. Discípulis astántibus,
In médio stétit Chrístus
Dícens: Pax vóbis ómnibus. 
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
7. Ut intelléxit Dídymus
Quia surrexerat Jesus,
Remánsit fide dúbius.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
8. Víde Thóma, víde látus,
Víde pédes, víde mánus,
Nóli ésse incrédulus.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
9. Quando Thómas Chrísti látus,
Pédes vídit atque mánus,
Díxit: Tu es Déus méus.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
10. Beáti qui non vidérunt,
Et fírmiter credidérunt,
Vítam ætérnam habébunt.
Allelúia.


Allelúia, Allelúia, Allelúia.
11. In hoc fésto sanctíssimo
Sit laus et jubilátio,
Benedicámus Dómino.
Allelúia.
 
Allelúia, Allelúia, Allelúia.
12. De quíbus nos humíllimas
Devótas atque débitas
Deo dicámus Grátias.
Allelúia.




De modo didático, o vídeo que ensina a cantá-lo:


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