Celebrada pela Fraternidade de Santa Maria Rainha, na Igreja de São Salvador. Reparem que a cor litúrgica da primeira parte da liturgia é o negro, e da segunda o roxo. Outra distinção é que se usa pluvial na primeira parte, e casula na segunda. No rito novo, a cor é uma só, e vermelha, e se usa só casula, não pluvial.
Bem que a reforma da reforma poderia resgatar essa distinção, que tem uma razão de ser: separar bem a “Missa dos Pré-Santificados” (Pater, Comunhão, Pós-Comunhão), em que se usa casula, e a Adoração da Cruz, Leitura da Paixão e Impropérios, em que se usa pluvial por ser outra cerimônia, ainda que unida, ligada. A diferença de cores também indica que o preto é o luto pela morte de Cruz, e o roxo um início de alegria (o roxo é mais claro do que o preto, e é, em uma espécie de escala penitencial, mais suave do que ele) pela Comunhão do Corpo e Sangue do Senhor. Bugnini não andou bem, como de costume, ao simplificar demais e eliminar essas riquezas simbólicas. Ademais, o preto e o roxo são bem mais significativos do que o vermelho: a morte de Cristo não foi um martírio para se celebrar com a cor vermelha; Ele mesmo Se entregou.
Todavia, na questão dos paramentos, no tridentino, igual ao rito novo, se retira a casula/pluvial para a adoração da Cruz, porém, ao contrário deste, se retira também na prostração inicial.