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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tradições da Missa de finados: o uso das velas de cera crua de abelha

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As Missas Requiem, entre as quais as três celebradas no próximo dia 2 de novembro, pedem, segundo antiquísima tradição presente ainda na forma extraordinária do rito romano, o uso não de velas comuns de cera, mas de cera exclusivamente de abelha e, mais, ceras cruas, aquelas amareladas, não tratadas.

Quem sabe não retomamos essa tradição, nunca proibida, também na forma ordinária, dado que são as duas formas usos de um mesmo rito romano?

Um dos sentidos do uso dessas velas de cera crua é o seu tom mais escuro e sombrio, que combina perfeitamente com o luto sentido nas cerimônias, ao contrário da vela branca, que confere uma clara conotação de alegria e júbilo. É a mesma idéia dos paramentos pretos, em contraste com os paramentos brancos ou dourados das festividades.

Os candelabros podem ser em um tom mais escuro também, bem como a cruz do altar, que, juntos, compõem o arranjo beneditino.

Fotos das velas de cera de abelha crua:







segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Carta do Patriarca Melquita, Gregório III, sobre a liturgia

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image  Sua Beatitude, o Patriarca Gregório III de Antioquia e Todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém, dos Católicos Greco-Melquitas, escreveu recentemente uma Carta sobre a Divina Liturgia. O New Liturgical Movement destacou alguns trechos, que foram traduzidos ao português por um leitor que quer se manter no anonimato, aluno brasileiro do Seminário Patriarcal Melquita de Sant’Ana, em Rabouè, Líbano.
Vale muito a pena a leitura, dado que toca não só em aspectos do rito bizantino, mas da própria teologia litúrgica católica como um todo, defendendo o ad Orientem ou versus Deum, e, com respeito, insinuando uma crítica, de passagem, a invenção “latina nova e recente” de se celebrar voltado para o povo. Os comentários entre os textos de Sua Beatitude são do NLM, também traduzidos pelo seminarista.
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A Eucaristia é o Mistério dos Mistérios assim como a Páscoa é a Festa das Festas

7. A comunidade dos fiéis vive pela fé no mistério de Cristo. Os sacramentos são facetas, transfigurações ou aparências do mistério de Deus que tomou forma humana para dar à humanidade sua forma divina. Uma vez que a Eucaristia é o sacramento de todos sacramentos, ela coroa todas as várias orações e serviços litúrgicos.A Eucaristia é como a Páscoa: não está no rol comumdas festas, poisé seu pináculo, como nossas orações litúrgicas costumam dizer, a "festa das festas e a celebração das celebrações"(Oitavo Ode do Cânon Pascal).
Em verdade, existe um elo essencial entre a Páscoa ea Eucaristia, pois esta é o lugar sacramental em que a Páscoa de Cristo é dilatadae se torna a Páscoa da Igreja, "a oferta da ressurreição", segundo São Gregório Nazianzeno, no quarto século, ou ainda "o ícone da economia do Salvador", de acordo com a expressão de Nicolau Cabasilas, no décimo quarto século.Por isso, espiritualidade eucarística da Liturgia condensa-se e encontra a espiritualidade do ano litúrgico nestas três linhas principais:
i. O serviço da Palavra corresponde à Teofania (ao Natal, Batismo e à pregação do Evangelho)
ii. O serviço da anáfora corresponde à Páscoa (à Paixão, Crucificação e Ressurreição)
iii. O serviço da Comunhão corresponde à theosis [NT: divinização, santificação].
Em uma seção posterior, voltamos a esse tão familiar tema da sagrada liturgia como um antegozo do céu:
A liturgia como um antegozo do Reino
14. Na Divina Liturgia, vivemos de uma maneira especial, conquanto ainda na terra, a liturgia celeste, na qual as miríades de anjosrendem glória e louvor à Divina Trindade, indivisívelem essência, dizendo: "Santo, santo, santo é o Senhor Deus dos Exércitos. O céu ea terra estão cheios de vossa glória "(cf. Isaías 6, 3). É a canção celestial que ouvimos ressoar no coração da igreja. E a ela nós adicionamos o hino terreno, em que Jerusalém saúda o Rei vindo para salvar: "Bendito o que vem em nome do Senhor; Hosana nas alturas" (Mateus 21, 9b).
15. A Divina Liturgia translada-nos para o céu, pois nos abre uma dimensão escatológica e faz com que assim "tomamos parte em uma antecipação da liturgia celeste, que é celebrada na cidade santa de Jerusalém, para a qual caminhamos como peregrinos" (Vaticano II Constituição sobre a Sagrada Liturgia, no. 8).
16. A Divina Liturgia traz-nos também o próprio céu eproporciona a entradadele em nossa vida cotidiana. A Igreja ou comunidade eucarística é o lugar do novo nascimento através do Espírito Santo, o nascimento que o nosso Senhor Jesus Cristo entregou-nos no mistério de sua morte e ressurreição. É uma comunidade do Evangelho e da Eucaristia. É o Corpo de Cristo o lugar de Pentecostes, onde o Espírito Santo descee torna o pão eo vinho Corpo e Sangue de Cristo, assim como Ele torna os fiéis outros Cristos, e transforma toda a criação no templo vivo de Deus, em que, em suas câmaras, são repetidoscânticos e hinos de agradecimento e louvor, pois toda a criação "geme... esperandoredenção..." (Romanos 8,22-23)
17. Então, a terra torna-se céu ea vida torna-se, na visão cristã, uma DivinaLiturgia universal, cósmica. É por essa razão que se diz que a Divina Liturgia é o céu na terra.
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Sobreo ad orientem, ou a oração litúrgica voltada para o Oriente:
41. A Instrução ["Aplicação das prescrições litúrgicas do Código dos Cânones das Igrejas Orientais", Congregação para as Igrejas Orientais, 1996 - em inglês, aqui] menciona a importância de se orar voltado para o Oriente no No. 107, "Desde antigostempos que tem sido habitual na oração das Igrejas Orientais prostrar-se até o chão, voltando-se para o oriente; os próprios edifícios foram construídos de tal forma que o altar estivesse virado para o oriente. São João Damasceno explica o significado dessa tradição: "Não é por simplicidade, nem por acaso, que oramos voltados para as regiões do Oriente .... Uma vez que Deus é luz inteligível (1 João 1, 5), e nas Escrituras, Cristo é chamado o Sol da justiça (Malaquias 3, 20) e do Oriente (Zacarias 3,8 da LXX [NT: Septuaginta]), é necessário dedicar o Oriente a ele, a fim de render-lhe adoração. A Escritura diz: "Então o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, no oriente, e colocou ali o homem que tinha formado" (Gênesis 2: 8). ... Em busca da pátria antiga e tendendo para ela, nós adoramos a Deus. ... Esperando por ele, nós nos prostramos em direção ao Oriente. É uma tradição tácita, decorrente dos Apóstolos" .
Esta rica e fascinante interpretação também explica o motivo pelo qual o celebrante que preside a celebração litúrgica rezavoltado para o leste [NT: que nem sempre pode coincidir com o Oriente geográfico], assim como as pessoas participantes. Não é uma questão, como se costuma afirmar, de presidir a celebração com as costas viradas para o povo, mas sim de orientar as pessoas em peregrinação rumoao Reino, que é invocado em nossa oração até o retorno do Senhor.
Tal prática, ameaçada em tantas Igrejas Orientais Católicas por uma influência latina nova e recente, é, portanto, de profundo valor e deveria ser preservada como verdadeiramente coerente com a espiritualidade oriental litúrgica.
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Na fidelidade à tradição (permitindo, ao mesmo tempo, o desenvolvimento em continuidade com a mesma):
43. A Instrução destaca a importância da fidelidade à tradição. Lemos no. 109, "Não se pode negar que as Igrejas católicas orientais foram expostas, em tempos bastante recentes, à influência dos estilos de arte sacra completamente estrangeiros a sua herança, tanto na forma externa dos edifícios sagrados, quanto à organização do espaço interior e às imagens sacras. Ainda, das observações precedentes,emerge uma unidade harmoniosa entreas palavras, gestos, espaço e os objetos próprios e específicos de cada uma das liturgias orientais. A este aspecto, deve-se referir continuamenteplanejar de novos lugares de culto. E naturalmente exige-seda parte do clero um conhecimento aprofundado da sua própria tradição, alémde um plano de formação para os fiéis que seja constante, bem estabelecido e sistemático, para que eles sejam plenamente capacitados a perceber a riqueza dos sinais que lhes foram confiados. Fidelidade não implica fixação anacrônica, como a própria evolução da arte sacra -- até mesmo no Oriente --demonstra, mas sim uma desenvolvimento que seja totalmente coerente com o significado profundo e imutável atribuído pela celebração a tais sinais."
Finalmente, não posso deixar de partilhar o seguinte comentário, bastante franco, obviamente dirigido aos que reclamam sobre o comprimento da Divina Liturgia melquita:
70. Já tivemos de ouvir o bastante sobre uma Divina Liturgia longa ou curta, sobre um serviço longo ou curto. Esse comentário só ouvimos quando o assunto concerne à Liturgia ou ao serviço de oração. Nunca ouvimos falar de uma visita longa ou curta,deuma mais ou menos demoradasessão diante da televisão ou do computador, nem sobre a duração de um encontro com amigos numa praça, bar oudanceteria. Pensamos, pois, que tais observações sobreos serviços de oração são fúteis e sem valor. Tiremosdo pulso nossos relógios quando entrarmosna atmosfera de oração [sugestão do tradutor: façamos isso literalmente!]. Deixemos os nossos relógios e horários terrenos quando penetrarmos na casa de Deus. "É tempo para o Senhor agir". É assim que a Divina Liturgia começa[i]: completamente voltada para o Senhor. Para isso,nossas orações litúrgicas muitas vezes nos exortam: "Ponhamos de lado toda apreocupação temporal ...", "ninguém que está vinculado a preocupações terrenas e materiais ..." e, ainda, "elevemos nossos corações ao Senhor ... fiquemos atentos ". São Basílio, o Grande diz: "Não apresse-te durantetua oração. Não a abrevie para gerar tempo para os negócios mundanos. Não preste atenção aos rostos das pessoas, mas direciona totalmente teu coração para o Rei entronizado diante de ti,cercado de anjos que lhe tem atenção completamente dedicada”.

[i] NT: Refere-se à aclamação do diácono, que ele deve suceder com uma ordem dirigida ao sacerdote: “Abençoai, Mestre”. Seguindo essa indicação, o presbítero entoa a solene bênção, bem conhecida para alguns, que tão bem expressa onde estamos quando a Liturgia começa: “Bendito seja o Reino do Pai, do Filho e do Espírito Santo, agora e sempre e pelos séculos dos séculos”.

sábado, 22 de outubro de 2011

Rito bizantino: Entronização do brasileiro D. Daniel Kozlinski Netto como Administrador da Santa María del Patrocinio de Buenos Aires, da Igreja Greco-Ucraniana Católica

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No último 2 de outubro, a Igreja Ucraniana Católica, de rito bizantino, em plena união com Roma, entronizou na Sé Eparquial de Buenos de Aires, D. Daniel Kozlinski Netto como seu Administrador.

D. Daniel é brasileiro, tem 59 anos, e foi Bispo Auxiliar da Eparquia de São João Batista dos Ucranianos em Curitiba, PR.

Abaixo, fotos da Divina Liturgia (Missa) de entronização:



22 de outubro: Memória do Beato João Paulo II

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Hoje é o dia em que o culto do Beato João Paulo II é celebrado. Culto local, dado que é beato e não santo, mas ainda assim uma ocasião para a toda Igreja celebrar, se não com liturgia, ao menos espiritualmente.



Aproveitamos a ocasião para recordar o texto do Decreto sobre o Culto Litúrgico do Beato João Paulo II:

DECRETO
sobre o culto litúrgico a ser tributado em honra do Beato João Paulo II, Papa

Um caráter de excepcionalidade, reconhecido por toda a Igreja Católica espalhada sobre a terra, reveste a beatificação do Venerável João Paulo II, de feliz memória, a ser realizada em 1º de maio de 2011, na Basílica de São Pedro, em Roma, presidida pelo Santo Padre Bento XVI. Dada esta realidade extraordinária, após inúmeras solicitações com relação ao culto litúrgico em honra do novo beato, de acordo com os locais e formas estabelecidos pela lei, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos se apressou em comunicar o que foi disposto a este respeito.

Missa de Ação de Graças

Dispõe-se que, no arco do ano posterior à beatificação de João Paulo II, ou seja, até 1º de maio de 2012, será possível celebrar uma Missa de ação de graças a Deus em lugares e dias definitivos. A responsabilidade de definir o dia ou dias, bem como o local ou locais de reunião do povo de Deus, pertence ao bispo diocesano para a sua diocese. Considerando as demandas locais e conveniências pastorais, concede-se que se possa celebrar uma Missa em honra do novo Beato em um domingo ‘durante o ano', como também em um dia compreendido entre os números 10-13 da ‘Tabela dos dias litúrgicos'.

Da mesma forma, para as famílias religiosas, compete ao superior geral oferecer informações sobre os dias e locais significativos para toda a família religiosa.

Para a Missa, com a possibilidade de cantar a ‘Glória', reza-se a coleta em honra do Beato (ver anexo); as demais orações, o prefácio, as antífonas e leituras bíblicas são tiradas do Comum dos Pastores, para um papa. Se for celebrada em um domingo durante o ano, para as leituras bíblicas podem ser escolhidos textos adaptados do Comum dos Pastores para a primeira leitura, com o correspondente Salmo responsorial e para o Evangelho.

Inscrição do novo Beato em calendários particulares

Dispõe-se que, no calendário próprio da diocese de Roma e das dioceses da Polônia, a celebração do Beato João Paulo II, Papa, seja inscrita em 22 de outubro e celebrada a cada ano como memória.

Sobre os textos litúrgicos, concedem-se como próprios a oração coleta e a segunda leitura do Ofício de Leitura, com o correspondente responsório (ver anexo). Outros textos são retirados do Comum dos pastores, para um papa.

Quanto aos demais calendários próprios, o pedido de registro da memória facultativa do Beato João Paulo II pode ser apresentado à Congregação para as Conferências Episcopais de seu território, pelo bispo diocesano para sua diocese, pelo superior geral para a sua família religiosa.

Dedicação da igreja a Deus em honra do novo Beato

A eleição do Beato João Paulo II como titular de uma igreja prevê o indulto da Sé Apostólica (cf. ‘Ordo dedicationis ecclesiae', ‘Praenotanda' n. 4), exceto quando sua celebração já estiver escrita no Calendário particular: neste caso, não se requer o indulto e ao Beato, na igreja da qual é titular, reserva-se a ele o grau de festa (cf. Congregatio de Cultu Divino et Disciplina Sacramentorum, Notificatio de cultu Beatorum, 21 de maio, 1999, n. 9).

Não obstante haja algo em contrário.

Pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, 2 de abril de 2011.

Antonio Card. Cañizares Llovera, Prefeito
Giuseppe Agostino Di Noia, op Arcebispo secretário



sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Reforma da reforma: Bispo de Toulon defende a restauração do Ofertório tradicional na forma ordinária

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Tradução do francês ao espanhol pela Acción Litúrgica. Tradução do espanhol para o português pelo Salvem a Liturgia
Em uma entrevista em L'Homme Noveau, que reproduz Riposte Catholique, D. Dominique Rey, Bispo de Frejus Toulon advoga mudanças interessantes, por não dizer necessárias, na liturgia. Dom Rey se mostra favorável à restauração da oração tradicional do Ofertório no Novus Ordo (nota do tradutor: i.e., na forma ordinária do rito romano, no rito romano pós-conciliar). Também a que se utilize o Cânon Romano, como um sinal muito forte de comunhão com toda a nossa tradição romana/ a que o sacerdote oriente-se a Deus (n.t.: ou seja, que celebre versus Deum) a partir4 do Ofertório, a que se comungue na boca; a que se recuperem alguns sinais de reverência próprios da forma extraordinária, como por exemplo os gestos de adoração do sacerdote ao Santíssimo Sacramento; e a um maior uso do latim na liturgia, tudo isso na forma ordinária. Com relação à forma extraordinária, se mostra partidário de um maior enriquecimento do calendário e também do Lecionário.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Batismo na forma extraordinária no Chile

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No VII Domingo depois de Pentecostes, segundo o calendário tradicional, a Igreja recebeu como filha María Trinidad Leonor del Inmaculado y Doloroso Corazón de María, na cidade de Casablanca, Chile. O Batismo foi oficiado pelo Diácono Eddie Morales Piña usando os livros litúrgicos da forma extraordinária. Após a celebração, ofereceu-se a Santa Misa celebrada por Mons. Jaime Astorga Paulsen.

 



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