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terça-feira, 12 de março de 2013

Conclave 2013: Pro Eligendo Romano Pontifice

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Foi celebrada hoje pela manhã, em Roma, a Santa Missa Pro Eligendo Romano Pontifice, que antecede o Conclave. A missa foi celebrada pelo Cardeal Angelo Sodano, decano do Colégio Cardinalício. Todos os cardeais presentes, eleitores ou não, foram convidados a concelebrar.

Observa-se que o arranjo beneditino (cruz e castiçais) permanece sobre o altar, um dos bons frutos da reforma litúrgica conduzida pelo Papa Bento XVI. Contudo, apenas seis velas sobre o altar, e não sete, uma vez que não temos Bispo em Roma.

O Cardeal Sodano também fez uso do báculo. Isso é permitido pelas rubricas, basta que ele tenha recebido autorização do Ordinário local. Em tempo de vacância, este seria o arcipreste da Basílica de São Pedro, o Cardeal Comastri.

O site do Vaticano disponibilizou o livreto da celebração, o vídeo e também a homilia, traduzida para o português, do Cardeal Sodano.

Algumas fotos da celebração abaixo:
































domingo, 10 de março de 2013

Excertos do Ordo Rituum Conclavis - Latim e Português

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Do site Conclave tiramos os textos litúrgicos abaixo, que reproduzem os do Ordo Rituum Conclavis, em Latim, com a tradução e adaptação do Italiano para o Português, pelo membro do nosso Apostolado, Cleiton Robsonn.

O livro "Ordo Rituum Conclavis", em latim, editado pelo Officium de Liturgicis Celebrationibus Summi Pontificis, pode ser encontrado na Pax Book.

***

Cap. I - Missa pela Eleição do Romano Pontífice
(Ordo rituum Conclavis, nn. 18-28)


Ant. ad Introitum (1 Sam 2,35)

Suscitabo mihi sacerdotem fidelem,
qui iuxta cor meum et animam meam faciet;
et aedificabo ei domum fidelem,
et ambulabit coram me cunctis diebus.

Collecta

Deus, qui, pastor aeternus,
gregem tuum assidua custodia gubernas,
eum immensa tua pietate concedas Ecclesiae pastorem,
qui tibi sanctitate placeat,
et vigili nobis sollicitudine prosit.
Per Dominum nostrum Iesum Christum, Filium tuum,
qui tecum vivit et regnat in unitate Spiritus Sancti, Deus,
per omnia secula saeculorum.

Super Oblata

Tuae nobis, Domine, abundantia pietatis indulgeat,
ut, per sacra munera quae tibi reverenter offerimus,
gratum maiestati tuae pastorem
Ecclesiae sanctae praeesse gaudeamus.
Per Christum Dominum nostrum.

Ant. ad Communionem (Io 15,16)

"Ego elegi vos et posui vos, ut fructum afferatis,
et fructus vester maneat", dicit Dominus.

Post Communionem

Refectos, Domine, Corporis et Sanguinis Unigeniti tui
saluberrimo sacramento,
nos mirifica tuae maiestatis gratia
de illius pastoris concessione laetificet,
qui et plebem tuam virtutibus instruat,
et fidelium mentes evangelica veritate perfundat.
Per Christum Dominum nostrum.

Ant. do Intróito (1 Sam 2,35)

Farei surgir ao meu serviço um sacerdote fiel,
que agirá segundo os desejos do meu coração;
eu lhe darei uma casa estável
e caminhará na minha presença para sempre.

Coleta

Ó Deus, pastor eterno,
que governais o teu povo
com solicitude de pai, dai à tua Igreja um pastor
aceito por ti pela santidade de vida,
inteiramente consagrado ao serviço do teu povo.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus,
e vive e reina convosco, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Sobre as Oferendas

Abri, Senhor, os tesouros da tua misericórdia
e por esta oferta, expressão viva da nossa fé,
alegra a tua Igreja com o dom
de um papa segundo o teu coração.
Por Cristo nosso Senhor.

Ant. de Comunhão (Jo 15,16)

"Eu vos escolhi e vos constituí para que possais dar fruto, e o vosso fruto permaneça", diz o Senhor.

Depois da Comunhão

Ó Pai, que neste sacramento de salvação nos restaurastes com o corpo e sangue do teu Filho, dá-nos um santo pastor que ilumine o teu povo com a verdade do Evangelho e o edifique com o testemunho de vida.
Por Cristo nosso Senhor.


***

Cap. II - O ingresso no Conclave e o Juramento
(Ordo rituum Conclavis, nn. 29-38)


Ingresso no Conclave

29. No mesmo dia em que foi celebrada a Missa pela eleição do Sumo Pontífice, em horário conveniente, na parte da tarde, tem lugar o ingresso no Conclave.

30. Os Cardeais eleitores se dirigem à Capela Paulina do Palácio Apostólico para formarem a procissão.

31. Os Cardeais de rito latino envergam a batina e a mozeta de cor púrpura com a relativa faixa, roquete e barrete; os Cardeais da Igreja  Oriental envergam o hábito coral.

32. Quando todos estão já reunidos, o Cardeal Decano ou, se ele estiver ausente ou legitimamente impedido, o Subdecano, ou o primeiro Cardeal por ordem e antiguidade, dá início ao rito de ingresso no Conclave dizendo:

Em nome do Pai e do Filho
e do Espírito Santo.
R. Amém.

O Celebrante:
O Senhor, que guia os nossos corações no amor
e na paciência de Cristo,
esteja com todos vós.
R. E com o teu espírito.

33. Em seguida, o Cardeal que preside a celebração volta-se aos presentes e diz:

Veneráveis irmãos:
depois de haver celebrado os divinos mistérios
entraremos agora no Conclave
para eleger o Romano Pontífice.

Toda a Igreja, unida a nós na oração,
invoca instantemente a graça do Espírito Santo,
para que seja eleito por nós
um digno Pastor de todo o rebanho de Cristo.

O Senhor dirija os nossos passos no caminho da verdade,
a fim de que pela intercessão
da Bem-aventurada sempre Virgem Maria,
dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo
e de todos os Santos,
façamos sempre aquilo que lhe agrada.

34. Então se forma a procissão.

Vem à frente o ministro que porta a Cruz. Logo em seguida, os Cantores e os Cerimoniários, o Secretário do Colégio dos Cardeais e o Clérigo que fará a meditação na presença dos Cardeais eleitores.

Entram, então, os Cardeais eleitores, segundo a ordem: os Diáconos, os Presbíteros e os Bispos.

Em seguida, o Diácono revestido com alva e estola, que porta o Livro dos Evangelhos; por último, o Cardeal Decano ou, se ele estiver ausente ou legitimamente impedido, o Subdecano ou o primeiro dos Cardeais por ordem e por antiguidade, com a estola sobre o hábito coral, acompanhado do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias.

35. À medida que a procissão avança, os cantores e a assembleia cantam em coros alternados a ladainha, na qual são recordados os Santos do Oriente e do Ocidente.

Ladainha de Todos os Santos

Súplicas a Deus
Deus Pai, nosso criador,
tende piedade de nós!
Deus Filho, nosso redentor,
tende piedade de nós!
Deus Espírito, nosso santificador,
tende piedade de nós!
Santa Trindade, único Deus e Senhor,
tende piedade de nós!
Invocação dos Santos
Santa Maria,
rogai por nós!
Santa Mãe de Deus,
rogai por nós!
Santa Virgem das virgens,
rogai por nós!
São Miguel, Gabriel, Rafael,
intercedei por nós!
Santos Anjos de Deus,
intercedei por nós!
Santo Abraão,
rogai por nós!
São Moisés,
rogai por nós!
Santo Elias,
rogai por nós!
São João Batista,
rogai por nós!
São José,
rogai por nós!
Santos Patriarcas e Profetas,
intercedei por nós!
São Pedro e São Paulo,
intercedei por nós!
Santo André,
rogai por nós!
São João e São Tiago,
intercedei por nós!
São Tomé,
rogai por nós!
Santos Felipe e Tiago,
intercedei por nós!
São Bartolomeu,
rogai por nós!
São Mateus,
rogai por nós!
Santos Simão e Judas,
intercedei por nós!
São Matias,
rogai por nós!
São Lucas,
rogai por nós!
São Marcos,
rogai por nós!
São Barnabé,
rogai por nós!
Santa Maria Madalena,
rogai por nós!
Santos Discípulos do Senhor,
intercedei por nós!
Santo Estêvão,
rogai por nós!
Santo Inácio de Antioquia,
rogai por nós!
São Policarpo,
rogai por nós!
São Justino,
rogai por nós!
São Lourenço,
rogai por nós!
São Cipriano,
rogai por nós!
São Frumêncio,
rogai por nós!
Santo Estanislau,
rogai por nós!
São Bonifácio,
rogai por nós!
São Tomás (Becket),
rogai por nós!
Santos João (Fisher) e Tomás (More),
intercedei por nós!
São Josafá,
rogai por nós!
São Paulo (Miki),
rogai por nós!
Santos Isaque (Jogues) e João (de Brébeuf),
intercedei por nós!
São Pedro (Chanel),
rogai por nós!
São Carlos (Lwanga),
rogai por nós!
Santas Perpétua e Felicidade,
intercedei por nós!
Santa Inês,
rogai por nós!
Santa Nina,
rogai por nós!
Santa Maria (Goretti),
rogai por nós!
Santos mártires de Cristo,
rogai por nós!
São Leão e São Gregório,
intercedei por nós!
Santo Ambrósio,
rogai por nós!
São Jerônimo,
rogai por nós!
Santo Agostinho,
rogai por nós!
Santo Atanásio,
rogai por nós!
Santos Basílio e Gregório (Nazianzeno),
intercedei por nós!
São João Crisóstomo,
rogai por nós!
Santo Efrém,
rogai por nós!
São Gregório Iluminador,
rogai por nós!
São Martinho,
rogai por nós!
São Patrício,
rogai por nós!
Santos Cirilo e Metódio,
intercedei por nós!
São Carlos (Borromeu),
rogai por nós!
São Francisco (de Sales),
rogai por nós!
São Pio (Décimo),
rogai por nós!
Santo Antônio,
rogai por nós!
São Bento,
rogai por nós!
São Bernardo,
rogai por nós!
São Maron,
rogai por nós!
São Francisco (de Assis),
rogai por nós!
São Domingos,
rogai por nós!
São Tomás (de Aquino),
rogai por nós!
Santo Inácio (de Loyola),
rogai por nós!
São Francisco Saverio,
rogai por nós!
São Vicente (de Paula),
rogai por nós!
São João Maria (Vianney),
rogai por nós!
São João (Bosco),
rogai por nós!
Santa Catarina (de Sena),
rogai por nós!
Santa Teresa de Jesus,
rogai por nós!
Santa Rosa (de Lima),
rogai por nós!
São Luiz,
rogai por nós!
Santa Mônica,
rogai por nós!
Santa Isabel (da Hungria),
rogai por nós!
Santos e Santas de Deus,
intercedei por nós!
Invocações a Cristo
Na tua misericórdia,
salvai-nos, Senhor!
De todo mal,
salvai-nos, Senhor!
De todo pecado,
salvai-nos, Senhor!
Do ódio e da violência,
salvai-nos, Senhor!
Da perversidade e da injustiça,
salvai-nos, Senhor!
Da morte eterna,
salvai-nos, Senhor!
Pela tua encarnação,
salvai-nos, Senhor!
Pelo teu nascimento,
salvai-nos, Senhor!
Pelo teu santo batismo,
salvai-nos, Senhor!
Pelo teu jejum no deserto,
salvai-nos, Senhor!
Pela tua paixão e tua cruz,
salvai-nos, Senhor!
Pela tua morte e sepultura,
salvai-nos, Senhor!
Pela tua santa ressurreição,
salvai-nos, Senhor!
Pela tua gloriosa ascensão,
salvai-nos, Senhor!
Pelo dom do Espírito Santo,
salvai-nos, Senhor!
Pela tua vinda na glória,
salvai-nos, Senhor!
Súplicas pelas diversas circunstâncias e necessidades
Dai-nos a tua misericórdia,
ouvi-nos, Senhor!
Elevai os nossos corações
       ao desejo do céu,
ouvi-nos, Senhor!
Salvai-nos com todos
       os irmãos da morte
       eterna,
ouvi-nos, Senhor!
Concedei aos fiéis defuntos
       o repouso eterno,
ouvi-nos, Senhor!
Libertai a humanidade da fome,
       da guerra
       e de todo desastre,
ouvi-nos, Senhor!
Dai ao mundo inteiro
       a justiça e a paz,
ouvi-nos, Senhor!
Confortai e iluminai
       a tua Santa Igreja,
ouvi-nos, Senhor!
Enviai novos operários
       à tua messe,
ouvi-nos, Senhor!
Protegei os Bispos
       e todos os ministros
       do Evangelho
ouvi-nos, Senhor!
Dai a todos os cristãos
       a unidade na fé
ouvi-nos, Senhor!
Conduzi todos os homens
       à verdade do Evangelho,
ouvi-nos, Senhor!
Conclusão
Cristo, ouvi a nossa oração.
Cristo, atendei a nossa súplica.

36. Já na Capela Sistina os Cardeais ocupam cada um o lugar próprio. O Livro dos Evangelhos é colocado em um lugar adequado e digno, para presidir a celebração e as deliberações dos Cardeais, até a eleição do Romano Pontífice.

37. Terminado o canto da Ladainha com as invocações, o Cardeal Decano ou, se ele estiver ausente ou legitimamente impedido, o primeiro Cardeal por ordem e por antiguidade estando de pé próximo ao altar entoa o hino "Veni, creator Spiritus", invocação solene do Espírito Santo:

Vinde, ó Espírito Criador!

1. Vinde, ó Espírito criador,
visitai as nossas mentes,
enchei da tua graça
os corações que criastes.

2. Ó doce consolador,
dom do altíssimo Pai,
água viva, fogo, amor,
santo crisma da alma.

3. Dedo da mão de Deus,
promessa do Salvador,
irradiai os teus sete dons,
suscitai em nós a palavra.

4. Iluminai o intelecto,
flama ardente no coração;
sanai as nossas feridas
com o bálsamo do teu amor.

5. Defendei-nos do inimigo,
trazei como dom a paz,
a tua orientação invencível
nos preservai do mal.

6. Luz de eterna sapiência,
revelai-nos o grande mistério
de Deus Pai e do Filho
unidos em um só Amor.
Amém.

38. Terminado o canto, o Cardeal Decano que preside a celebração diz:

Oremos.

Todos rezam em silêncio por algum momento. Então o Celebrante prossegue:

Ó Pai, que guiais e protegeis a vossa Igreja,
dai aos vossos servos
o Espírito de inteligência, de verdade, de paz,
para que se esforcem em conhecer a vossa vontade,
e vos sirvam com total dedicação.
Por Cristo nosso Senhor.
R. Amém.

O Juramento

39. Depois da oração, os Cardeais eleitores, na presença de todos aqueles que participaram da procissão solene, pronunciarão o juramento.

40. O Cardeal Decano ou, se ele estiver ausente ou legitimamente impedido, o Subdecano ou  o primeiro dos Cardeais por ordem e por antiguidade, pronunciará em voz alta a seguinte fórmula de juramento:

Todos nós, e cada Cardeal eleitor presente nesta eleição do Sumo Pontífice, prometemos, nos obrigamos e juramos observar fielmente e escrupulosamente todas as prescrições contidas na Constituição apostólica do Sumo Pontífice João Paulo II, Universi Dominici Gregis, emanada em 22 de fevereiro de 1996.

Igualmente, prometemos, nos obrigamos e juramos que qualquer um de nós, por disposição divina, seja eleito Romano Pontífice, se empenhará em realizar fielmente o munus Petrinum de Pastor da Igreja universal e não deixará de afirmar e defender arduamente os direitos espirituais e temporais, e a liberdade da Santa Sé.

Sobretudo, prometemos e juramos observar com a máxima fidelidade para com todos, seja clérigo ou leigo, o segredo sobre tudo aquilo que de qualquer modo resguarda a eleição do Romano Pontífice e sobre aquilo que estiver no lugar da eleição, concernente direta ou indiretamente ao escrutínio; de não violar de modo algum este segredo seja durante, seja depois da eleição do novo Pontífice, a menos que não tenha sido concedida autorização explícita do mesmo Pontífice; de não prestar mais apoio ou favor a qualquer interferência, oposição ou outra forma qualquer de intervenção com a qual a autoridade secular de qualquer ordem e grau, ou qualquer grupo de pessoas ou ente querido de interferir na eleição do Romano Pontífice.

41. Em seguida cada Cardeal eleitor, segundo a ordem de precedência, prestará o juramento com a seguinte fórmula:

E eu N., Cardeal N.,
prometo, me obrigo e juro.

E colocando a mão sobre o Evangelho, apresentado a cada um deles pelos Cerimoniários, acrescenta:

Assim Deus me ajude
e estes Santos Evangelhos
que toco com a minha mão.

42. Quando o último dos Cardeais eleitores tiver prestado o juramento, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias ordena: «Extra omnes», e aqueles que não participam no Conclave deixam a Capela Sistina.

43. Em seguida, ainda o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, o eclesiástico eleito pela norma da Constituição Apostólica Universi Dominicis Gregis, nn. 13/d e 52, expõem aos Cardeais eleitores a meditação sobre a gravíssima tarefa que lhes cabe e sobre a necessidade de na eleição do Romano Pontífice agir em tudo com reta intenção, procurando cumprir somente a vontade de Deus e visando unicamente ao bem de toda a Igreja.

44. Terminada a meditação, o eclesiástico que a realizou e o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias saem da Capela Sistina; as portas já estão fechadas e postos os guardas em todas as entradas da Capela.

45. Feito isto, o Cardeal Decano ou aquele que lhe faz as vezes, convida o Colégio dos Eleitores, a submeter-se imediatamente aos mesmos afazeres a serem tratados com urgência ou convidará a procederem aos trabalhos da eleição, segundo a forma indicada no nº 54 da Constituição Apostólica.

46. Esta sessão se encerra oportunamente invocando a ajuda da Virgem Mãe de Deus, com o canto da antífona "Sub tuum praesidium".

***

Cap. IV - A Proclamação do Romano Pontífice Eleito
(Ordo rituum Conclavis, nn. 58-73)

58. Ocorrido felizmente e canonicamente a eleição, o último dos Cardeais Diáconos chama na sala de eleição o Secretário do Colégio dos Cardeais, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias e dois Cerimoniários.
      O Cardeal Decano ou, se ele estiver ausente ou  legitimamente impedido, o Subdecano ou o primeiro dos Cardeais por ordem e por antiguidade, em nome de todos os eleitores pergunta o consentimento do eleito com as seguintes palavras:

      Aceitas a tua eleição canônica
      como Sumo Pontífice?

59. E apenas recebido o consentimento, lhe pergunta:

      Com qual nome vós sereis chamado?

60. O Sumo Pontífice indica o nome de sua escolha com as seguintes palavras ou com outras similares:

      Me chamarei N.

61. Depois o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, com função de notário e tendo por testemunha dois Cerimoniários, redige a aceitação verbal do Sumo Pontífice e o nome por ele tomado.

62. Se o Eleito residir fora da Cidade do Vaticano, os Cardeais eleitores escolhem dois Cardeais que assistem o Cardeal que preside até a chegada e a aceitação do Eleito.
      Então o Cardeal que preside e os dois Cardeais que o assistem chamarão o Substituto da Secretaria de Estado, o qual com cautela fará de forma que o Eleito vir o mais rápido possível a Roma, evitando absolutamente os meios de comunicação, pelos quais pode ser violado o segredo do Conclave.
     Estando o Eleito na Cidade do Vaticano, o Substituto da Secretaria de Estado informa imediatamente a sua chegada ao Cardeal que preside e segue exatamente as suas ordens.
      O Cardeal que preside, depois de ter se aconselhado com os dois Cardeais que o assiste, convocará os Cardeais  eleitores e introduzirá o Eleito na Capela Sistina, para que se proceda ao rito de aceitação.

63. Depois da aceitação, o Eleito que já havia recebido a ordenação sacerdotal, é imediatamente Bispo da Igreja de Roma, verdadeiro Papa, e Cabeça do Colégio episcopal; o mesmo adquire de fato a plena e suprema potestade sobre a Igreja universal.

64. Se o Eleito é privado do caráter episcopal, depois da aceitação, o Decano do Colégio dos Cardeais ou, se ele estiver ausente ou legitimamente impedido o Subdecano ou o primeiro dos Cardeais por ordem e por antiguidade, aconselhando-se com os outros Cardeais, estabelece que se faça, de modo que o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias providencie tudo para o Eleito seja imediatamente ordenado Bispo com rito solene.

65. A Ordenação se faça segundo as normas contidas no Pontifical para a Ordenação de Bispo.
      Nesta Ordenação agirá como primeiro Bispo consagrante o Decano do Colégio dos Cardeais ou, se ele estiver  ausente ou legitimamente impedido, o primeiro entre os Cardeais Bispos.

66. Depois da aceitação se queimam as cédulas e as outras escrituras, segundo quanto ficou dito acima. Convém todavia que desta vez, com o conselho dos técnicos, seja feito sair o fumo branco, a chamada "fumaça branca", que é sinal de ter acontecido a eleição do novo Sumo Pontífice.

67. O Pontífice, depois de ter sido revestido na Sacristia com a ajuda do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, as vestes que lhe são próprias, retorna à Capela Sistina e senta na Cátedra.

68. Então o Decano do Colégio dos Cardeais ou, se ele estiver ausente ou legitimamente impedido, o Subdecano e o primeiro dos Cardeais Bispos, saúda o Romano Pontífice com as seguintes palavras:

Beatíssimo, Pai,
nesta hora solene
em que por um misterioso desígnio da divina Providência,
fostes eleito para a Cátedra de Pedro,
antes de elevar, unânime as nossas orações a Deus
e de agradecê-lo pela tua eleição
juntamente com a beata Sempre Virgem Maria,
Mãe de Deus e todos os Santos,
convém recordar as palavras
com as quais nosso Senhor Jesus Cristo
prometeu a Pedro e aos seus sucessores
o primado do ministério apostólico e do amor.

69. O Sumo Pontífice se levanta; todos estão de pé e o primeiro dos Cardeais Diáconos proclama o texto do Evangelho:

Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja

V. O Senhor esteja convosco.

R. E com o teu espírito.

+ Do Evangelho segundo Mateus.      
16, 13-19

R. Glória a ti, ó Senhor.

Naquele tempo, Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

Palavra do Senhor.

R. Louvor a ti, ó Cristo.

Ou:

Apascenta as minhas ovelhas

V. O Senhor esteja convosco.

R. E com o teu espírito.

+ Do Evangelho segundo João.      
21, 15-17

R. Glória a ti, ó Senhor.

      Depois [que Jesus se manifestou aos seus discípulos e de ter comido com eles],  perguntou a Simão Pedro: "Simão, filho de João, amas-me mais do que estes?" Respondeu ele: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo." Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas." Perguntou-lhe outra vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Respondeu-lhe: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo." Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas." Perguntou-lhe pela terceira vez: "Simão, filho de João, amas-me?" Pedro entristeceu-se porque lhe perguntou pela terceira vez: Amas-me?, e respondeu-lhe: "Senhor, sabes tudo, tu sabes que te amo." Disse-lhe Jesus: "Apascenta as minhas ovelhas."

Palavra do Senhor.

R. Louvor a ti, ó Cristo.

70. O primeiro entre os Cardeais Presbíteros diz a oração pelo Sumo Pontífice:

Oremos.

Todos por algum tempo, rezam em silêncio.

Ó Deus, que no desígnio da tua sabedoria
edificaste a tua Igreja sobre a rocha de Pedro,
cabeça do colégio apostólico,
guardai e sustentai o nosso Papa N.:
tu que o escolheste como sucessor de Pedro,
faz com que seja para o teu povo
princípio e fundamento visível
da unidade na fé
e da comunhão na caridade.

Por Cristo nosso Senhor.

R. Amém.

71. Os Cardeais  eleitores, segundo a ordem de precedência, se aproximam do neo eleito Sumo Pontífice para prestar-lhe o ato de obséquio e de obediência.

72. Se o Eleito for privado do caráter episcopal, somente depois que for solenemente ordenado Bispo lhe será prestado o ato de obséquio e de obediência.

73. Terminado o ato de obséquio e de obediência ao Sumo Pontífice, se rendem graças a Deus.

TE, DEUM

O Sumo Pontífice entoa o hino Te, Deum:

A vós, ó Deus, louvamos,*
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,*
adora toda a terra.

A vós cantam os anjos,*
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,*
Senhor, Deus do universo!

Proclamam céus e terra*
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro*
glorioso dos Apóstolos,

Vos louva dos Profetas*
a nobre multidão
e o luminoso exército*
dos vossos santos Mártires.

A vós por toda a terra*
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,*
de imensa majestade,

e adora juntamente*
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,*
e ao vosso Santo Espírito.

Ó Cristo, Rei da glória,*
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,*
a fim de nos salvar.

Sofrendo vós a morte,*
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé*
dos céus o reino eterno.

Sentastes à direita*
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo*
vireis como juiz.

Portanto, vos pedimos:*
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes*
com sangue precioso.

Fazei-nos ser contados,*
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos*
na vossa eterna glória.

***

Cap. V - O Anúncio solene da eleição do Romano Pontífice
e sua primeira bênção « Urbi et Orbi »
(Ordo rituum Conclavis, nn. 74-78)

74. O primeiro dos Cardeais Diáconos, da “Loja” externa de Bênçãos da Basílica Vaticana, anuncia em alta voz ao povo a eleição do novo Pontífice, com estas palavras:

Annuntio vobis gaudium magnum;
habemus Papam:
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
Dominum N. ...,
Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem N. ...,
qui sibi nomen imposuit N. ...
Vos anuncio uma grande alegria;
temos Papa:
O Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor,
Senhor N. ...,
Cardeal da Santa Igreja Romana N. ...,
que se deu o nome N. ...

75. Pouco depois, o mesmo Romano Pontífice, precedido da Cruz, acompanhado dos Cardeais que são os primeiros na Ordem dos Bispos, dos Presbíteros e dos Diáconos, vão até a “Loja” externa da Basílica Vaticana e dalí saúda o povo e dá a Bênção Apostólica «Urbi et Orbi ».


quinta-feira, 7 de março de 2013

Admissão entre os candidatos às Ordens Sacras e Entrega da Batina em Frederico Westphalen

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Seguem algumas fotos da cerimônia de Admissão entre os candidatos às ordens sacras e entrega das batinas em Frederico Westphalen, cujo convite divulgamos aqui recentemente. Fotos por Maurício Moskva.








terça-feira, 5 de março de 2013

Reforma da Reforma: Missa de Cinzas em Jacarepaguá

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Fotos e informações por Hernan Gouveia:
Santa Missa na Forma Ordinária do Rito Romano com Benção e Imposição das Cinzas na Capela dos Santos 7 fundadores dos Servitas em Jacarepaguá - RJ celebrada pelo Pe. Henrique, capelão das Irmãs Servas de Maria do Brasil.









sexta-feira, 1 de março de 2013

Sobre o dia e o horário para celebrar Tenebrae - Ofício de Trevas

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A Liturgia das Horas, ou Ofício Divino, condensada no livro denominado tradicionalmente breviário, é parte das ações litúrgicas da Santa Igreja. Pois bem, no Triduum, a recitação das Matinas (hoje denominadas Ofício de Leituras, na forma ordinária) e das Laudes, adquirem um colorido todo especial. De tal sorte, ambas as horas canônicas são unidas no que se chama de Ofício de Trevas, ou Tenebrae. Há o Tenebrae de Quinta-feira Santa, o de Sexta-feira Santa e o do Sábado Santo. Como são Matinas e Laudes, são ofícios próprios para a manhã de quinta, sexta e sábado. Tradicionalmente, porém, o de Quinta-feira Santa era celebrado na noite de Quarta-feira Santa, uma vez que a manhã da quinta era dedicada à Missa In Coena Domini, visto que antes de 1955, não tinha esta retornado ao seu horário natural à tardinha.

Com a reforma de Pio XII, acomodando a Missa da Ceia do Senhor segundo o veritas horarium, a manhã de Quinta-feira Santa pôde, então, ter seu Tenebrae celebrado no próprio dia, sem antecipar para o dia anterior. Corrigiu-se, pois, uma outra imperfeição lógica dos ritos de Semana Santa pré-1955, voltando à natureza das coisas, tal qual era séculos antes.O Ofício de Trevas da Quinta-feira Santa é, pois, celebrado na manhã da própria Quinta-feira Santa e não na noite da quarta. Uma exceção foi permitida pelas rubricas: nas Catedrais, como há, na manhã da quinta a Missa Chrismatis, o Tenebrae é celebrado na noite da quarta, exatamente como antes. Isso porque o motivo que autorizava, antes de 1955, o Ofício de Trevas da quinta ser celebrado na noite de Quarta-feira Santa, permanece, qual seja a Missa na manhã da quinta-feira.


Alguns argumentam contra esse tema do Tenebrae que celebrar à noite dá mais profundidade espiritual ao drama narrado no ofício, por conta das trevas, das luzes que se apagam. Ora, mas se fossem para ser celebrados à noite ou tardinha anterior seriam Completas ou, no mínimo, Vésperas. E são Matinas - oração da madrugada - e Laudes - oração da manhã. Ademais, o período para celebrar o Tenebrae não é necessariamente o dia claro, como se Laudes ou até Tércia fosse: é possível fazê-lo de manhã bem cedo, madrugada, sem o sol ter nascido, e até mesmo após a meia-noite, pois o dia litúrgico começa e termina nesse horário. Meia-noite já não é mais Quarta-feira Santa, mas Quinta-feira Santa, e a escuridão própria para o Tenebrae é a mesma da noite de quarta.

Obviamente, estamos falando do Ofício de Trevas litúrgico, não de celebrações para-litúrgicas inspiradas no Tenebrae. Assim, se um grupo de pessoas, um convento, ou uma igreja que não seja catedral, desejam celebrar o Tenebrae de Quinta-feira Santa, devem fazê-lo no próprio dia de quinta (ou seja, após a meia-noite, seja na madrugada, seja na manhã), não podendo antecipar para a quarta. Só o Tenebrae de quinta da Catedral pode ser celebrado na Quarta-feira Santa à noite. Isso na forma ordinária, de 1969, ou na forma extraordinária, de 1962. Já as ações devocionais inspiradas no Tenebrae, e que só levam esse nome por conta da inspiração mesma, podem ser celebrados em qualquer dia da Semana Santa.

Convite: Admissão entre os candidatos às Ordens Sacras

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