Não existem "paramentos do rito tradicional", pois são, exceto pelo manípulo, os mesmos. O resto é apenas estilo: romano ou gótico. Não se refere à liturgia em
si mesmo considerada, mas a estilo artístico nos paramentos.
Alguns confundem e acham que a casula romana é tridentina e a casula gótica é moderna. Ledo engano, dado que mesmo antes da reforma (e até na Idade Média), já se usava casula gótica na Missa em rito tradicional, e, ainda depois da reforma de Paulo VI, se continuou usando casula romana.
Exemplos práticos: assisti Missa com legionários de Cristo no rito moderno, e eles usavam casula romana, e tive Missa com Dom Fernando Rifan no rito tradicional, e ele usou casula gótica.
Alguns confundem e acham que a casula romana é tridentina e a casula gótica é moderna. Ledo engano, dado que mesmo antes da reforma (e até na Idade Média), já se usava casula gótica na Missa em rito tradicional, e, ainda depois da reforma de Paulo VI, se continuou usando casula romana.
Exemplos práticos: assisti Missa com legionários de Cristo no rito moderno, e eles usavam casula romana, e tive Missa com Dom Fernando Rifan no rito tradicional, e ele usou casula gótica.
Muitos, no afã de defender o rito tradicional, se apegaram a elementos
acidentais em demasia. Não contentes com o rito tradicional, certos
grupos parecem esquecer-se da realidade e tentam recriar toda a
atmosfera cultural que se vivia nos anos 40 e 50. Assim, até a estética
da época precisa ser resgatada (o tipo de roupa do homem e da mulher
para a Missa, a quase anatematização, por certos grupos, de mulheres sem
véu na Missa, e o uso exclusivo de casula romana - como se a gótica
fosse só do rito moderno, ou, pior ainda, modernista).
Até porque estética por estética, certas Missas nos séculos XVIII e XIX
eram belíssimas e, por vezes, até mais bonitas que outras medievais. A
polifonia pode ser mais bonita do que o gregoriano. Nem por isso é mais
adequada ao culto litúrgico e, ainda que mais bonita, a mensagem que
passa, algumas vezes, é que se está diante de um concerto durante a
Missa, e não diante de uma Missa que é cantada ou musicada. A deturpação
da polifonia clássica (Palestrina, Tomás de Luís de Victória, etc) foi
causa de um afastamento do povo da essência da Missa, e isso Dom
Gueranger percebeu quando levou a cabo a recuperação do gregoriano como
canto oficial e próprio do rito romano.
Não se invoque, todavia, que a recuperação pós-conciliar das casulas góticas, quer no rito novo, quer no anrigo, seja a decorrência da heresia arqueologista. Eu não vejo como arqueologismo, o que seria lamentável, e sim como um
esforço por recuperação por algo que é patrimônio do rito romano e foi o
usual até mesmo uns dois séculos depois de Trento. A estética pela
estética é estéril, mas associada à história e ao que significa pode
comunicar muita coisa. Como parte do patrimônio da liturgia romana
(mesmo tridentina e pós-tridentina), a casula gótica é importante (sem
negar o sadio desenvolvimento que nos chegou até a casula romana).
Casulas góticas:
Casulas romanas: