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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Bênção nas casas na zona rural: de batina, sobrepeliz e barrete!

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No distrito de Primaverinha, interior do município de Sorriso, MT, Diocese de Sinop, o Pe. Fábio Luiz Pereira não se incomodou com o calor ou com os “ventos progressistas”. Envergou sua batina, colocou por cima uma bela sobrepeliz e ainda um tradicional barrete, e foi dar bênçãos às residências e às famílias.

Belo exemplo! Recuperando elementos mais “tradicionais”, que nunca foram removidos ou proibidos após o Vaticano II (mas que, ao contrário, continuaram, nos livros litúrgicos e nas leis canônicas a ser incentivados, apesar da birra dos modernistas), faremos, tijolo a tijolo, a “reforma da reforma”, na prática.

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

O rito da imposição do escapulário

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O Rito da Bênção e Imposição do Escapulário consta do Ritual Romano ou de sua separata “Ritual de Bênçãos”. O texto abaixo apresentado, em vernáculo, é o da forma ordinária, embora exista um rito adequado na forma extraordinária também.


O escapulário é uma impressionante forma de devoção católica, essencialmente mariana. Sua origem está no hábito dos carmelitas, que se compõem de um grande escapulário, o qual, adaptado, diminuído e, geralmente, adornado de figuras, veste também o fiel leigo e os clérigos não-carmelitas. A Santíssima Virgem, aparecendo ao prior da Ordem do Carmo, São Simão Stock, confirmou inúmeras graças aos que o portassem com a piedade devida e honrassem tão sagrado símbolo.



Hoje, pelo Direito, qualquer sacerdote ou diácono, mesmo que não seja frade da Ordem Carmelita nem da Ordem dos Carmelitas Descalços, pode benzer e impôr o escapulário. E, com a devida autorização, leigos podem impô-lo, mas nunca benzê-lo.



RITO DE BENÇÃO E IMPOSIÇÃO DO ESCAPULÁRIO DE NOSSA SENHORA DO CARMO

Aprovado pela CONGREGAÇÃO DO CULTO DIVINO E DISCIPLINA DOS SACRAMENTOS através do Prot. 1089/96/L. Confirmado no dia 16 Julho de 1996. Sede da Congregação.

+ Geraldo M. Agnelo
Arcebispo Secretário

Sumário:

Introdução
Rito de bênção e imposição do escapulário

I. Introdução

1. A bênção e imposição do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo sejam feitas, de preferência, durante uma celebração comunitária.

2. A imposição comporta a agregação à família carmelita. Têm a faculdade de benzer o Escapulário os sacerdotes e os diáconos; além disso, outras pessoas autorizadas podem também fazer a sua imposição.

3. Para a bênção e imposição deve ser usado o Escapulário do Carmo na sua forma tradicional. Só depois pode ser substituído por uma medalha apropriada.

4. A bênção e a imposição fazem-se conforme os ritos e orações, que vêm a seguir. A forma comum consiste nos ritos iniciais, na leitura da Palavra de Deus com as preces comunitárias, na oração para benzer e impor o Escapulário e nos ritos finais. Exprime-se assim, de maneira completa, o sentido do Escapulário na vida dos fiéis, que o recebem.

5. É necessário que numa e noutra fórmula fique bem expresso o sentido espiritual das graças anexas ao Escapulário de Nossa Senhora do Carmo, assim como os compromissos que se assumem ao receber este sinal de devoção à Virgem Santíssima.
Ritos iniciais

6. Reunidos os fiéis diante do altar-mor ou de uma imagem de Nossa Senhora, o ministro acolhe os fiéis. Pode cantar-se um cântico adequado ou fazer-se um momento de silêncio.

Terminado o cântico ou o silêncio o ministro diz:


Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

R. Amém.

Ministro:

O Senhor esteja convosco.

R. Ele está no meio de nós.

Ou:

A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo,
nascido da Virgem Maria,
o amor de Deus, nosso Pai,
e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.
R. Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

7. O ministro exorta os presentes a participar no rito, explicando a natureza da celebração com estas ou outras palavras semelhantes:

Durante a vida terrena de Jesus, quem tocasse, ainda que fosse somente nas orlas do seu manto, era curado. Hoje nós louvamos o Senhor porque continua a usar na sua Igreja dos meios mais humildes para mostrar-nos a sua imensa misericórdia. Nós também podemos servir‑nos destes meios humildes para glorificarmos o Senhor, manifestarmos o nosso desejo de O servir e renovarmos o nosso compromisso de fidelidade, assumido no dia da nossa consagração baptismal.

O Escapulário do Carmo é um sinal do amor materno da Virgem Maria, que nos recorda as suas iniciativas em favor dos membros da família carmelita, particularmente nas horas de maior necessidade. É um amor que pede uma resposta de amor.
O Escapulário é também sinal de comunhão com a Ordem dos Irmãos da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, que se dedica ao serviço de Nossa Senhora para o bem de toda a Igreja. Ao recebê-lo, vós exprimis o desejo de participar no espírito e na vida da Ordem.

O Escapulário é um espelho da humildade e da castidade de Maria; pela sua simplicidade ele nos convida a vivermos com modéstia e com pureza. Vestindo-o dia e noite, torna‑se um sinal da nossa oração contínua e de particular dedicação ao amor e ao serviço da Virgem Maria.

Usando o Escapulário, renovais o compromisso baptismal de vos revestirdes de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em Maria estará garantida a vossa esperança de salvação, pois o Deus da Vida estabeleceu n’Ela a sua morada.
Leitura da Palavra de Deus
8. Um dos presentes, ou o próprio celebrante, proclama um texto da Sagrada Escritura, seleccionado principalmente entre os que no Leccionário fazem referência ao mistério da salvação ou a Nossa Senhora. Pode‑se escolher a leitura seguinte ou uma outra do Apêndice: páginas 24-32.

Fortalecei-vos no Senhor - Ef 6, 10-17


Da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios.

Irmãos:

Fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos da armadura de Deus,
para poderdes resistir às ciladas do demónio.
Porque nós não temos de lutar
contra adversários de carne e osso,
mas contra os principados e potestades,
contra os dominadores deste mundo de trevas,
contra os espíritos do mal
que habitam as regiões celestes.
Portanto, irmãos, tomai a armadura de Deus,
para poderdes resistir no dia mau
e perseverar firmes, superando todas as provas.
Permanecei bem firmes,
de rins cingidos com o cinturão da verdade,
revestidos com a couraça da justiça,
de pés calçados com o zelo
de anunciar o Evangelho da paz.
Tende sempre nas mãos o escudo da fé,
com o qual podereis apagar
as setas inflamadas do Maligno.
Tomai o capacete da salvação
e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus.
OUTRAS LEITURAS

Antigo Testamento:


1. Prov 8, 17‑21

Eu amo aqueles que me amam.

2. Is 61, 10‑11

Envolveu‑me num manto de justiça.

3. 2 Re 2, 1.7‑13

O manto de Elias caiu sobre Eliseu.

4. Bar 5, 1‑5

Revesti‑vos da beleza de Deus.

5. Ez 16, 8‑14

A tua formosura era perfeita.


Novo Testamento:

6. Mc 5, 25-34

A mulher tocou nas vestes de Jesus e ficou curada.

7. Lc 2, 4‑7

Maria envolveu o Menino em panos.

* Rom 12, 1‑2

O culto espiritual.

8. Gal 4, 4-7

Deus enviou o seu Filho nascido de uma mulher.

9. Ef 4, 17.20‑24

Revesti-vos do homem novo.
9. Terminada a leitura, o ministro exorta os presentes explicando, à luz da palavra de Deus, o sentido da celebração, as graças e os compromissos que derivam do Escapulário.

Segue-se um momento de silêncio.
Preces

10. Segue-se um tempo de oração em comum. Propõem‑se algumas intenções. Podem‑se escolher as mais apropriadas ou acrescentar outras.

Ministro:


Caríssimos irmãos e irmãs.

Pela intercessão da Virgem Santa Maria, em cujo seio encarnou o Filho de Deus e habitou entre nós, supliquemos ao Pai do Céu a graça de sermos testemunhas do Evangelho com as nossas obras, e rezemos:

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.

Pai Santo, que quisestes que o vosso Filho assumisse a nossa natureza humana para nos fazer participantes da vossa vida divina,

— pela intercessão da Virgem Maria, discípula perfeita do Senhor, fazei que nos revistamos interiormente da vossa graça.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.

Pai Santo, que quisestes que o vosso Filho se fizesse semelhante a nós em tudo, excepto no pecado, para que, seguindo os seus passos, nos configuremos com Ele,

— pela intercessão da Virgem Maria, fazei que imitemos a Cristo e sejamos por meio das nossas obras uma oferenda agradável diante de Vós.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.

Pai Santo, que nos convidais para o banquete da graça, revestidos com a veste nupcial, para nos revelardes o vosso amor,

— pela intercessão da Mãe do vosso Filho, fazei que nos revistamos com as virtudes do seu amor generoso e do seu serviço amoroso.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Pai Santo, que quiseste que a Virgem Maria esmagasse a cabeça da serpente,

— por sua intercessão, ajudai-nos a vencer as ciladas do maligno na nossa vida e no mundo.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.

Pai Santo, que escolhestes a Virgem Maria como Filha da Nova Aliança,

— por sua intercessão, purificai os nossos corações e fortalecei a nossa fé.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.

Pai Santo, que olhastes para a humildade da vossa serva para que proclamasse a vossa grandeza,

— por sua intercessão, fazei que anunciemos o vosso reino e proclamemos a vossa misericórdia de geração em geração.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.

Pai Santo, que destes ao vosso Filho uma mãe que O cuidou amorosamente,

— por sua intercessão, fazei com que amemos os pobres e marginalizados, e com eles construamos um mundo mais justo e mais fraterno.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.

Pai Santo, que nos envolvestes com o manto da justiça e da santidade,

— pela intercessão da Virgem Maria, santificai‑nos em Cristo e fazei‑nos cooperadores generosos na obra da salvação do mundo.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.

Pai Santo, que nos abençoastes em Cristo com toda a espécie de bênçãos espirituais e celestiais;

— pela intercessão da Virgem Maria, concedei-nos uma feliz passagem da morte para a vida eterna.

R. Concedei‑nos, Senhor, que sejamos revestidos de Jesus Cristo.
Oração de bênção
11. O ministro, com as mãos estendidas, diz:

Senhor nosso Deus,
autor da santidade e seu aperfeiçoador,
que chamais à plenitude da vida cristã
e à perfeição da caridade
os que fizestes renascer da água e do Espírito Santo,
olhai com benevolência para estes vossos servos
que receberam com devoção o Escapulário do Carmo
e vão usar diligentemente como sinal de consagração
a Nossa Senhora do Carmo.
Fazei que sejam imagem de Cristo, vosso Filho,
e, terminada a sua passagem por esta vida,
com a ajuda da Virgem Mãe de Deus,
sejam admitidos na alegria da vossa morada celeste.
Por Jesus Cristo, nosso Senhor.

R. Amém.

Faz-se a aspersão com água benta.

Imposição do Escapulário

12. O ministro impõe o Escapulário aos candidatos, dizendo:


Recebe este Escapulário,
(por meio do qual és admitido na família carmelita),
e confia no amor de tão grande Mãe.
Comporta-te de tal maneira que,
com a ajuda da Santíssima Virgem,
te revistas cada vez mais de Cristo
e a sua vida se manifeste na tua
para glória da Santíssima Trindade
e para o bem da Igreja e dos homens.

R. Amém.
13. Conforme as circunstâncias, o ministro pode dizer em voz alta a fórmula da imposição uma só vez por todas. Todos juntos respondem Amen e aproximam-se para receberem o Escapulário.

14. Terminada a imposição, o ministro dirige a todos estas palavras:


Pela bênção e imposição deste Escapulário
vós fostes admitidos na família carmelita,
dedicada à imitação
e ao serviço da Virgem Mãe de Deus,
para que possais servir com maior dedicação
a Cristo e à sua Igreja,
com o mesmo espírito contemplativo e apostólico
da Ordem de Nossa Senhora do Carmo.
Para que o consigais com maior perfeição,
eu, pelo poder que me foi concedido,
admito-vos a participar nos bens espirituais
da mesma Ordem do Carmo.

15. O ministro explica aos fiéis os compromissos e as obrigações inerentes à admissão na família do Carmelo.

Algumas fotos de cerimônias de imposição:










Também algumas de minha esposa, Aline, que faz parte da equipe deste blog. Celebrou o rito o Pe. Federico Juárez, LC, na capela dos Legionários de Cristo, em Porto Alegre, no ano de 2008. O véu era branco porque, na época, éramos noivos.

Reparem também, como, não sendo Missa nem imediatamente posterior a ela, o sacerdote usou a sobrepeliz e uma belíssima estola gótica por cima da batina.




sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Convite: Vigília pelo Nascituro em Brasília

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Na aurora da salvação, é proclamado como feliz notícia o nascimento de um menino...
(João Paulo II. EV n.1)

Dia: 27 de novembro de 2010
Local: Paróquia do Santíssimo Sacramento (606 L2 Sul)

Programação:

  • 19h30 - Missa com bênção das Gestantes
  • 20h30 - Benção dos Presépios
  • Até às 24h - Oração diante do Santíssimo Sacramento pelas crianças nascentes do mundo inteiro.

Fonte: http://www.promotoresdavida.org.br/component/content/article/1-destaque/293-vigilia-pelo-nascituro

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Convite: Vigília convocada pelo Papa na cidade de Rio Grande, RS

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Recebemos por e-mail:

Sábado, dia 27/11, às 17h30, na Catedral de São Pedro, em Rio Grande, RS, realizar-se-á a celebração da Vigília pela Vida do Nascituro, convocada pelo Papa Bento XVI. Haverá  I Vésperas do 1º domingo do Advento (Liturgia das Horas) e Bênção das Gestantes.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Proposta de vigília no dia 27 de novembro

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O Santo Padre convidou os católicos ao redor do mundo para fazerem uma vigília em favor da vida, especialmente nesses tempos em que o aborto é tão propalado. A data marcada é o dia 27 de novembro, um sábado.

Nessa esteira, alguns se perguntam como fazer essa vigília.

É possível, adiantamos, apenas reunir um grupo em casa ou na igreja e rezar, promover alguma devoção, fazer uma visita eucarística, recitar o terço etc.

Todavia, penso que mais significativo seria se a referida vigília constasse de alguma celebração litúrgica. E, desse modo, algumas sugestões passamos a dar no Salvem a Liturgia.

Um primeiro modo é, na tarde de sábado, fazer celebrar, na igreja, de modo solene, as I Vésperas do domingo. Com o padre de pluvial, canto dos hinos e salmos, incensação do altar durante o Cântico Evangélico, e uma pregação sobre o valor da vida. O padre pode ser ajudado por diáconos em dalmática, ou por acólitos em batina e sobrepeliz (ou alva e cíngulo). Um coro ajudaria, notadamente se forem cantar em latim com a notação gregoriana.

É possível juntar as I Vésperas com a Exposição Solene do Santíssimo Sacramento. É desse modo que se fará em Lisboa, conforme orienta o Cardeal-Patriarca: a "vigília constará das primeiras Vésperas do Advento, com adoração eucarística e bênção das grávidas."

Outra maneira é fazer celebrar, à noite ou na madrugada para o Domingo, o Ofício de Leituras em modo de Vigílias, com as leituras do apêndice ao breviário.

Para mais informações de como celebrar esses Ofícios (Leituras e Vésperas), clique aqui.

Uma Celebração da Palavra, principalmente se presidida de modo solene pelo Bispo, na Catedral, vestindo pluvial ou vestes corais, seria interessantíssima também.

Ainda outro modo é recitar, solenemente, com o padre igualmente de pluvial, alguma das ladainhas aprovadas, terminando com a oração conclusiva e uma bênção das grávidas.

É aqui - e não nas Missas afro ou "teatros" litúrgicos - que reside a verdadeira criatividade na liturgia. Não apenas reclamem da vida litúrgica de sua cidade ou leiam nossos textos: ajudem a promover essa vigília! Em favor de uma boa liturgia e, principalmente, da vida humana, tão desprezada e atacada!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ritos simples que podem ser retomados nas paróquias com vistas a uma maior piedade e renovação da liturgia

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Se a sua paróquia, caro leitor, não tem ainda condições de implementar uma Missa solene, ou uma Missa cantada em latim, com gregoriano, ou ainda não há condições de convencer o pároco a adotar fielmente o disposto nas rubricas, talvez seja oportuno começar "aos poucos", com cerimônias menos elaboradas, fora da Missa, que despertem a todos para uma maior piedade e ajudem, por sua regularidade, na renovação da liturgia em sua igreja.

Esses ritos são todos litúrgicos, dispostos nos livros apropriados, e, pela relativa simplicidade, afastam qualquer má vontade - exceto, claro, se for uma grande má vontade...

Damos alguns exemplos:

Te Deum

O Te Deum é um canto tradicional em gregoriano, com uma partitura das menos complicadas. Pode-se, se não houver quem cante, apenas dizê-lo, em latim ou em vernáculo mesmo. Caso a dificuldade seja mesmo grande, é melhor recitá-lo do que cantá-lo, ao menos num primeiro momento.

Para que não seja apenas uma recitação simples, pode-se usá-lo, cantado ou rezado, em português ou na língua da Igreja, no contexto de uma Exposição do Santíssimo.

Faça-se, então, tudo como na Exposição Solene: padre ou diácono om alva, cíngulo, amito e estola para expor (ou batina, sobrepeliz e estola), e mais o pluvial para a bênção e reposição; quando for pegar o ostensório para a benção, usa-se também, por cima do pluvial, o umeral. Tudo na cor branca ou festiva.

Antes de dar a bênção, com o padre ou diácono com pluvial, mas sem umeral, canta-se ou recita-se o Te Deum, e só depois o Tantum Ergo.

Se não houver exposição, pode-se fazer a recitação ou canto do Te Deum, ainda assim de modo solene: o padre ou diácono de alva, cíngulo, amito, estola e pluvial (ou batina, sobrepeliz, estola e pluvial), sempre brancos ou festivos os paramentos. O padre ou diácono, revestido de tais paramentos chega até o presbitério, ou os degraus do mesmo, genuflete ao tabernáculo (ou prostra-se ao altar, se não houver tabernáculo), faz o sinal-da-cruz, acompanhado de todos, usa a saudação litúrgica costumeira ("Dominus vobiscum"), e pode pregar uma pequena homilia. Após a homilia, canta-se ou recita-se o Te Deum, terminando com a oração conclusiva que o segue, e uma bênção simples.

O padre ou diácono pode contar com acólitos. Se for com Exposição, deverão existir esses acólitos.

O texto em latim do Te Deum está aqui.

O Te Deum é comumente celebrado como ação de graças no último dia do ano civil, e em festas pátrias importantes: no 7 de Setembro (Dia da Pátria), por exemplo, ou no dia 22 de Abril (Descobrimento do Brasil), ou, no caso do Rio Grande do Sul, no 20 de Setembro (Dia do Gaúcho ou Dia da Revolução Farroupilha, data magna do Estado). Na comemoração de grandes batalhas históricas, ou em ação de graças pelo fim de uma guerra (ou vitória em uma guerra justa), ou, então, após um grande feito que necessitou da especial ajuda de Deus (resgate de feridos após um terremoto, ou esses mineiros recém socorridos no Chile), também se pode cantar ou recitar o Te Deum.

Ladainhas solenes

Existem algumas ladainhas que constam do Ritual Romano, quer da forma ordinária, quer da extraordinária, e são atos litúrgicos, i.e., oficiais para o culto católico. São usadas em diferentes situações, podendo constituir celebrações independentes.

Assim, na Solenidade do Sagrado Coração de Jesus, ou em sua novena preparatória, ou nas primeiras sextas-feiras do mês, ou ainda em todo o mês de junho, se poderia, por exemplo, fora da Missa, instituir a recitação ou canto solene da Ladainha do Sagrado Coração de Jesus.

Ou, durante o mês de julho, principalmente no dia 1º, poder-se-ia cantar ou rezar a Ladainha do Preciosíssimo Sangue de Cristo.

Em todos os dias do mês de maio, ou nas solenidades, festas e memórias da Santíssima Virgem, ou nos sábados, a ladainha seria a de Nossa Senhora. Na memória do Santíssimo Nome de Jesus, a ladainha própria referente a essa devoção. Já nas primeiras quintas-feiras de cada mês ou na comemoração votiva de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, a Ladainha de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sacerdote e Vítima, pela Santificação do Clero. Em Pentecostes e sua oitava, ou no primeiro dia do ano, a Ladainha do Espírito Santo (seguida ou antecedida pelo Veni Creator, se for oportuno). Nas quartas-feiras, e nas festas josefinas, a Ladainha de São José. Nos Domingos e nas sextas-feiras ou na solenidade de Todos os Santos, pode-se rezar a Ladainha de Todos os Santos.

Todas essas ladainhas podem ser usadas de modo privado pelos fiéis, ou em coro na igreja ou fora dela. Mas, para a proposta que ora apresentamos, convém fazer de seu canto ou recitação uma autêntica cerimônia.

O padre ou diácono usa alva, amita, cíngulo, estola e pluvial (ou batina, sobrepeliz, estola e pluvial), e faz como no Te Deum acima descrito. Em lugar do canto do Te Deum, recita-se ou canta-se a ladainha correspondente.

Pode-se fazer de outro modo também, processional. Em outra igreja ou recito apartado da igreja, inicia-se com o sinal-da-cruz e a saudação. Durante a procissão, se canta ou recita a ladainha, e, chegando na igreja, o clérigo vai até o altar, venera-o ou adora o Santíssimo no tabernáculo, e reza a oração conclusiva, dando a bênção.

É possível também combinar a ladainha com a Exposição do Santíssimo Sacramento, caso em que se a recita com o Senhor solenemente exposto, antes do Tantum Ergo, e os paramentos serão, facultativamente, da cor correspondente à ladainha ou, então, brancos ou festivos.

Para as ladainhas de Todos os Santos, Nossa Senhora, Sagrado Coração de Jesus, Santíssimo Nome de Jesus e São José, usam-se paramentos brancos ou festivos. Nas ladainhas do Espírito Santo, Preciosíssimo Sangue de Cristo, e Nosso Senhor Jesus Cristo, Sacerdote e Vítima, paramentos vermelhos ou festivos.

Fora da Exposição, pode haver acólitos. Com ela, devem.

Os textos das ladainhas, em latim, estão abaixo:

Ladainha de Todos os Santos (o texto é da forma extraordinária, com os santos acrescentados pelo Ritual da forma ordinária entre colchetes... como a forma ordinária permite adaptação na ladainha, pode-se usar essa mistura de formas)

Ladainha do Sagrado Coração de Jesus

Ladainha do Preciosíssimo Sangue de Cristo

Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus

Ladainha de Nosso Senhor Jesus Cristo, Sacerdote e Vítima (em português e latim, conforme o texto oficial da Congregação para o Clero, que a aprovou, não constando nos livros litúrgicos, entretanto)

Ladainha do Espírito Santo

Ladainha de Nossa Senhora

Ladainha de São José

Sete Salmos Penitenciais

É costume, nas sextas-feiras da Quaresma, e outras ocasiões penitenciais, rezar ou cantar os Sete Salmos Penitenciais, dispostos no Ritual Romano da forma extraordinária. Não são salmos para escolher: a cerimônia é a reza dos sete, um após o outro, com a antífona e a oração própria.

Se se quer dar maior solenidade, faz-se como descrito nas ladainhas e no Te Deum. Após os Salmos, canta-se ou recita-se a Ladainha de Todos os Santos. Pode-se celebrar com o Santíssimo exposto. Fora da Exposição, pode haver acólitos. Com ela, devem.

O texto dos Sete Salmos Penitenciais, em latim, está aqui.

Antífonas marianas

Da mesma forma e com os mesmos paramentos descritos acima, sempre da cor branca ou festiva, podendo-se, onde houver indulto, utilizar-se o azul, canta-se ou reza-se, em latim ou vernáculo, de modo solene, de preferência diante de uma imagem ou quadro da Bem-aventura Virgem Maria, uma antífona conforme o tempo litúrgico: Salve Regina, Regina Coeli, Ave Regina Caelorum, ou Alma Redemptoris Mater.

É tradicional que se o faça fora da Exposição ao Santíssimo, podendo-se cantar ou rezar depois da reposição no tabernáculo, mas sempre como último ato litúrgico da noite. Como rito originário, é parte do Ofício das Completas, sem a oração que segue a antífona, mas quem não recita a Liturgia das Horas pode usar a cerimônia de modo independente e com a oração própria. Uma paróquia pode fazer celebrar essa antífona como uma oração da noite nos sábados, em tempo relativamente afastado da Missa, convocando-se o povo com o sino.

Bênçãos solenes

Outros ritos que podem ser facilmente implementados em uma paróquia são as bênçãos dadas de modo solene, com paramentos. Se bem que todo sacerdote e diácono possa e deva impartir a bênção de modo simples e espontâneo sobre coisas, pessoas e lugares, é bastante conveniente que use o texto liturgicamente disposto nos livros.

Mais ainda: aproveitar a ocasião e colocar uma estola com sobrepeliz, se estiver usando veste talar, ou, na falta dela, uma alva, amito, cíngulo e estola. Um pluvial também pode ser usado.

O Ritual Romano, quer da forma ordinária, quer da extraordinária, traz inúmeros textos para bênçãos de infindáveis situações de vida, locais, objetos, famílias, indivíduos. Se bem que o Ritual da forma extraordinária seja mais generoso na apresentação das variadas bênçãos, uma para cada situação, e sempre com um versículo ou salmo, o da forma ordinária é melhor disposto para que a bênção seja uma autêntica celebração, incluindo leituras da Palavra de Deus, ladainhas, preces e a oração conclusiva. Todavia, é bom que se frise, o Ritual novo elimina, na prática, a distinção entre as bênçãos invocativas e constitutivas, sendo pobre na própria bênção, conforme o Pe. John Zuhlsdorf, pelo que recomendamos, se for usar o texto em latim, faça-o com o Ritual antigo.

Procissões solenes

Uma outra dica é solenizar as procissões, fazendo-as como manda a tradição litúrgica da Igreja. Use o padre ou o diácono uma batina com sobrepeliz, estola e pluvial, ou alva, amito, cíngulo, estola e pluvial.

Para procissões do padroeiro ou titular da igreja, a cor correspondente. Para procissões do Senhor Morto, na noite de Sexta-feira Santa, a cor da estola e do pluvial é o preto. Para o Senhor dos Passos, na Semana Santa, o roxo ou o preto. Para procissões penitenciais (pedindo o fim de uma guerra ou por ocasião de uma calamida pública ou uma doença, ou perdão dos pecados públicos), o roxo. Pode-se ter as procissões - constantes do Ritual Romano de ambas as formas - para pedir chuva, para repelir tempestades, para abençoar as colheitas ou o plantio, de ação de graças. Ou, então, para transladar relíquias (que, no caso dos mártires, pedirá a cor vermelha). Procissões no Tempo Comum sem caráter penitencial e sem envolver uma festa específica pedirão a cor verde dos paramentos.

A procissão não é apenas um amontoado de gente caminhando. Deve haver certa solenidade. Vários acólitos, em alva e cíngulo, ou em batina e sobrepeliz. Tocheiros. Turiferário e navetário, com incenso. Cruciferário ladeado de ceroferários. Diáconos com dalmáticas ou pluviais. O sacerdote, se oportuno, usando o seu barrete, ou o Bispo com sua mitra (simples nas penitenciais, exequiais e quaresmais, ornada nas demais). Haja uma ordem também: confrarias, associações de fiéis, institutos religiosos.

Se uma relíquia for transladada, pode ser usado um baldaquino para cobri-la, e um véu umeral da cor adequada por quem a transportar. Uma imagem deve ser carregada de modo solene também.

Junto a cânticos populares, entoem-se hinos gregorianos, ladainhas, e use-se o rito disposto no Ritual. Na forma extraordinária, esse rito tem algumas características e antífonas.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Bênção abacial em Missa no rito moderno, porém versus Deum

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Abaixo, fotos da cerimônia na qual foi bento Abade Dom Philip Anderson, OSB, da Abadia de Nossa Senhora de Clear Creek, na Diocese de Tulsa, EUA. A bênção abacial foi conferida por Dom Edward J. Slattery, Bispo de Tulsa, em uma Missa celebrada na forma ordinária, mas versus Deum.

O Abade Philip é o primeiro da recente abadia beneditina, que faz parte da Congregação de Solesmes.



Bela mitra clássica (os outros estilos são gótica e romana).



































quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bênção da pedra fundamental de novo mosteiro beneditino na França

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E não é qualquer mosteiro. Trata-se de um mosteiro afiliado à Abadia de Santa Maria Madalena do Barroux, que se destacou, nos anos 80, por sua luta em prol da liturgia tradicional de São Pio V e pela fidelidade ao Papa, rompendo com D. Lefebvre, quando este sagrou quatro Bispos sem mandato pontifício, em Econe. O Mosteiro em questão é Notre-Dame de la Garde, e fica em Saint-Pierre de Clairac, França.

 

Vejam a beleza dos paramentos, próprio de quem ama a liturgia, e, ao mesmo tempo, sua simplicidade e austeridade, marcas características dos beneditinos (se bem que nem tanto quanto os cistercienses, famosos por isso).

 

A bênção foi dada por D. Hubert Herbretau, Bispo de Agen.

 

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Antes da bênção, foi celebrada uma Missa na forma extraordinária, seguida de procissão com o canto do Ofício de Noa:

 

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Dom Louis-Marie, Abade do Barroux, mosteiro-mãe, explica o sentido da cerimônia.

 

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Canto de uma antífona a São José.

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