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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A Coroa do Advento: no presbitério ou fora dele?

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Um costume de Advento que ganhou destaque nos últimos anos é o da Coroa do Advento. Por conta de sua rápida disseminação, já foi inclusive introduzida na liturgia da Santa Missa da maioria das paróquias.

Tais introduções, contudo, geralmente revelam-se inapropriadas por ferir o espírito da sagrada Liturgia. É salutar nestes casos que certas reflexões e questionamentos sejam feitos, a fim de que o desenvolvimento orgânico da Liturgia se mantenha de modo salutar, diferentemente do que ocorreu nas últimas décadas.

É por este motivo que trago este pertinente artigo do especialista no rito romano Louis Tofari, cuja tradução ao português pode ser lida abaixo.

* * *

A Coroa do Advento deveria situar-se no presbitério?

Por Louis Tofari
Publicado em Romanitas Press
Traduzido por Daniel Pereira Volpato
Com a devida permissão do autor

Durante os tempos litúrgicos da Igreja, testemunhamos uma variedade de costumes que nos ajudam a animar nossa Fé, tanto através da sagrada liturgia como dos costumes observados em casa — ou tradições domésticas.

Um tal costume doméstico é a Coroa do Advento, uma ornamentação de folhagem sempre-verde [*] circular enfeitada com quatro velas que contam as semanas do Tempo do Advento para a Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A presença desta coroa em casa também serve de lembrete à necessidade de nos prepararmos espiritualmente durante o Advento, para o Nascimento do Salvador.

Entretanto, é importante que percebamos que a Coroa do Advento é meramente um costume doméstico, não uma prática litúrgica. Isto é evidenciado pelo fato de que as velas da coroa não são consideradas "velas de cultus" — isto é, velas usadas com um propósito ritualístico no contexto da sagrada liturgia[1]. Também nenhum rubricista ou manual de referência litúrgica sobre velas ou decoração de igrejas (como o Candles in the Roman Rite) mencionam a Coroa do Advento como uma prática possível dentro do presbitério (muito menos da igreja).

A prática da Coroa do Advento não é mencionada como litúrgica porque, estritamente falando, é tão somente um costume doméstico. Assim como pendurar as meias para a visita de São Nicolau de Bari. Ou o andar das imagens dos Três Magos pela casa desde o Primeiro Domingo de Advento até a Festa da Epifania, quando finalmente chegam ao Cristo Menino na manjedoura. Todas essas práticas domésticas são muito boas, mas, de novo, elas não têm nenhum lugar dentro de uma igreja [2].

Agora, dentro do presbitério, são os ornamentos litúrgicos que deveriam primeiramente trazer à nossa mente a preparação penitencial ao Advento, tais como as vestimentas roxas sobre o altar (e.g. o frontal, o conopeu e o véu do suporte do missal[3]), e alguns lugares podem até seguir a louvável prática de usar velas de altar feitas de cera crua. Por outro lado, uma Coroa de Advento iluminada no presbitério pode causar um certo distraimento dessas decorações oficiais e até mesmo tornar-se o foco do próprio altar.

Alguns poderiam objetar que o Círio Pascal também pode distrair-nos do altar, mas deve ser recordado que esta é uma vela litúrgica oficial (ou de cultus), e da mais suprema importância. Solenemente abençoada e acesa com o Fogo Pascal, representa o próprio Nosso Senhor e o triunfo de Sua Ressurreição. Assim, não pode haver comparação entre a presença da doméstica Coroa do Advento e do litúrgico Círio Pascal no presbitério.

Ainda estritamente falando, somente velas de cultus deveriam ser usadas dentro do presbitério (e.g. sobre o altar, na vela do Santíssimo, ou seguradas por acólitos ou ceroferários). Tais velas de cultus incluem ainda o uso de velas adicionais para solenizar uma ocasião tal como uma festa maior ou para mostrar dignidade adicional a Nosso Senhor, quando exposto no Santíssimo Sacramento (e.g. velas normais ou candelabros), bem como para mostrar respeito aos falecidos (e.g. velas do catafalco). Naturalmente, há ainda o uso de velas votivas — as quais, como o nome diz, são dedicadas a um cultus específico —, e mesmo estas situam-se usualmente fora do recinto do presbitério. Em todos estes casos, estas velas adicionais são mencionadas nas rubricas ou por autoridades litúrgicas com um propósito de cultus.

Ouvi alguns objetarem à presença da Coroa do Advento no presbitério por sua origem protestante. Pessoalmente, acredito que este é um argumento bastante fraco, uma vez que a Igreja Católica pode (e tem) adotado e batizado muitas práticas não-cristãs como suas para a liturgia sagrada, como a forma de latim hierático Itala Vetus, usada no Cânon Romano [4]. Portanto, é minha opinião que o argumento mais forte para não exibir uma Coroa de Advento no presbitério é o litúrgico, ou de cultus.

Mesmo se fosse verdade que a Coroa do Advento tem origem protestante — embora eu acredite que esta afirmação não é de todo historicamente precisa —, o fato é: este ornamento integra indiscutivelmente os símbolos católicos, como será explicado abaixo. Além disso, hoje o costume da Coroa do Advento tende a ser efetivamente mais associado ao catolicismo do que ao protestantismo, pois seu uso nos lares católicos tem sido tradicionalmente encorajado por autoridades como o Pe. Francis X. Wieser, autor do Handbook of Christian Feasts & Customs [5]. Assim, ao passo que a Coroa do Advento não é uma prática litúrgica e, portanto, não deveria estar presente no presbitério, por outro lado, é muito recomendável como um costume para os católicos observarem em seus lares.

Talvez durante os últimos parágrafos é provável que muitos leitores tenham estado esperando ansiosamente para ler se a Coroa de Advento poderia ou não ser exibida em qualquer outro lugar da igreja, digamos, na nave ou no pórtico. Em minha opinião a resposta é sim, e tenho visto exemplos edificantes desta prática (e.g. suspendendo uma grande coroa do teto). Mas, novamente, seria de se perguntar qual o benefício geral em fazê-lo, uma vez que, liturgicamente falando, o Advento já é — e oficialmente — representado na igreja pelos arranjos no presbitério e pelas vestimentas dos ministros sagrados, sem mencionar o próprio da Missa. Outro obstáculo é que tal ornamentação deve ser situada de modo a não interferir na visão do presbitério ou do altar.

Para concluir este artigo sobre a Coroa do Advento, vamos examinar brevemente seus simbolismos e, assim, melhor entender a mensagem que ela deve nos dar no conforto de nossos lares católicos, enquanto nos preparamos para a vinda de nosso Divino Menino Salvador.

Os ramos sempre-verdes [*] têm sido há muito usados decorativamente, desde os tempos antigos, para significar a esperança e a vida eterna, bem como a alegria festiva. No contexto da Coroa do Advento, o sempre-verde nos lembra de termos esperança na vinda do Cristo Salvador — o Messias —e a redenção da vida eterna que Ele  nos obterá (particularmente através de graças especiais que o tempo litúrgico do Natal nos concederá). Isso, por sua vez, nos conferirá a alegria sobrenatural que somente Cristo pode dar.

Além disso, o aroma dos ramos sempre-verdes (e.g. de pinheiro ou abeto) proporciona um odor limpo e refrescante, incutindo ainda mais em nós, através dos sentidos, a importância de purificação de nossas almas durante o Advento.

A coroa circular significa a eternidade da Santíssima Trindade e, até se poderia dizer, a eternidade do tempo, no qual a vinda — ou advento — do Filho Unigênito do Pai para a redenção da humanidade sempre esteve na mente de Deus Todo-Poderoso.

As quatro velas significam as quatro semanas preparatórios, ou Domingos, do Advento. Hoje estas velas são frequentemente coloridas, três roxas e a quarta rosa. A vela cor-de-rosa é para o III Domingo do Advento, também chamado de "Domingo Gaudete" por conta de seu Intróito, que nos exorta: "rejubila-te pois o Senhor está perto". A vela rosa também indica um costume romano único para este Domingo, quando vestimentas cor-de-rosa são usadas ao invés das roxas, significando uma sensação de alegria subjugada porque nossa penitência durante o Advento e a expectativa pelo Natal está quase no fim.

É interessante notar que, originalmente, quatro velas brancas — ou mesmo de cera crua — eram usadas na Coroa do Advento. Enquanto em outros lugares ainda uma quinta vela, maior, era colocada no centro da Coroa — significando o nascimento de Cristo —, a qual era acesa durante a Oitava do Natal, para mostrar a realização dos preparativos do Advento.

Outra decoração comumente incluída na folhagem sempre-verde era a presença frutos de árvore, como maças, pinhas ou nozes. Estas "frutas" representam as doces bençãos adicionais (como significado por uma fruta como a maça) — ou desenvolvimento futuro da graça santificante (como significado pelas pinhas carregando suas sementes ou nozes) — que esperamos com expectativa obter do nascimento de Cristo e durante o Tempo do Natal que o segue.

Notas de rodapé


[1] Em latim, a palavra cultus se refere a uma forma oficial de prática religiosa (ou rito). Pode também ser usada para se referir ao "culto aos santos", significando a forma de veneração ou devoção dada a eles pela Igreja Católica.

[2] No que diz respeito à Cena da Natividade ou presépio vista erigida costumeiramente nas igrejas durante os tempos do Natal e Advento, duas distinções devem ser notadas. Primeiro, este é uma prática católica romana imemorial e antiga (que até mesmo predata o famoso incidente de São Francisco de Assis em 1223 — leia mais [em inglês] sobre a história do presépio aqui), e, segundo, idealmente esta peça não-litúrgica não deveria situar-se dentro do presbitério (embora possa ser colocada numa capela lateral).

Além disso, há frequentemente alguma cerimônia habitual atrelada à cena da manjedoura, como uma procissão pela igreja antes ou depois da Missa do Galo, com o celebrante trazendo uma figura do Divino Infante, e, após deitá-lo solenemente no berço, incensar o Cristo Menino — esta prática em particular é derivada da cerimônia observada no verdadeiro local de nascimento de Nosso Senhor em Belém.

Outro exemplo é uma prática litúrgica de fato (sancionada pela Sagrada Congregação dos Ritos) em que o Divino Menino é colocada sobre o altar em conjunto com a cruz do altar, e é incensado à parte durante a Missa (e.g. antes do Intróito e durante o Ofertório), junto com a cruz do altar.

[3] Mais sobre estes apontamentos pode ser lido nos livros The Liturgical Altar e A Guide for Altar and Sanctuary.

[4] Para mais informação a respeito deste aspecto fascinante sobre um dos dois tipos de latim litúrgico usado na Missa Romana (o outro sendo a Vulgata de São Jerônimo), veja o excelente livro do Dr. Christine Morhmann, Liturgical Latin, Its Origins and Character.

[5] Primeiramente publicado em 1958. Uma versão deste inestimável livro foi impressa pela TAN Books em 1998 sob o título Religious Customs in the Family: The Radiation of the Liturgy into Catholic Homes, e está disponível em Christianbook.com.

[*] (NdT.:) Também conhecida por folha persistente, folha perene ou perenifólia.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Perguntas e respostas sobre o Natal

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Dom Henrique Soares da CostaBispo Diocesano de Palmares - PE, nos deu, em sua página no Facebook, uma catequese sobre o real significado do Natal que merece e muito ser compartilhado!






Que significa celebrar o Natal?

Significa celebrar NA LITURGIA, memorial do culto cristão, instituído por Jesus nosso Senhor, o mistério e a graça da Sua piedosa Vinda, da Sua graciosa Manifestação na nossa natureza humana e no nosso mundo, cumprindo as promessas feitas por Deus a Israel.


Que é esse MEMORIAL instituído pelo Senhor?

No Israel da Antiga Aliança, toda a obra salvífica do Senhor era celebrada anualmente nas festas instituídas pelo Senhor Deus: a Páscoa, Pentecostes, as Tendas, o Kippur, a Dedicação do Templo...
Tudo isto preparava para o Cristo nosso Senhor.

Ele veio, realizou a salvação e na noite em que foi entregue instituiu o Sacramento do Seu Corpo e do Seu Sangue, Memorial sagrado de tudo quanto Ele fez por nós, cumprindo tudo quanto Deus havia prometido.
Assim, no Sacramento da Ceia, no santo Sacrifício Eucarístico, toda a salvação torna-se presente: a criação do mundo, a história santa do antigo Israel, os atos e gestos salvíficos do Senhor, as graças dadas aos cristãos, a vida da Igreja e até mesmo a Sua Vinda no final dos tempos.

NA LTURGIA, pela força potente do Santo Espírito do Cristo imolado e ressuscitado, tudo, tudo absolutamente, em Cristo Senhor, torna-se contemporaneamente, simultaneamente presente, de modo que, para um cristão, celebrar os santos mistérios litúrgicos é entrar realmente e verdadeiramente em contato com o Mistério da nossa salvação e com cada um dos mistérios especificamente.

NA LITURGIA, toda a obra da salvação é-nos dada realmente: "Fazei isto em memória ( = memorial, zikaron, isto é, celebração ritual, eficaz e presentiiacante ) de Mim!"
O Natal é, então, celebração do quê?

É real e verdadeira celebração da Manifestação, da Vinda do Senhor na nossa carne mortal.
Celebrar a Eucaristia no Natal é tornar realmente presente sobre o Altar como oferta ao Pai no Espírito Santo o Cordeiro imolado e ressuscitado no Qual tudo, absolutamente tudo da nossa salvação se encontra presente!
Cristo é tudo, resume tudo, sintetiza tudo, atrai tudo, realiza tudo! Nele, eucarístico, está a criação do mundo,
Nele, toda a história de Israel,
Nele o Natal,
Nele a Páscoa,
Nele a vida da Igreja,
Nele a Glória dos santos,
Nele o Dia Final, na consumação de tudo!


Cada mistério da nossa fé que celebramos na Liturgia coloca-nos realmente, verdadeiramente em contato com a graça que nos veio daquele mistério.
Quem celebra as Eucaristias do tempo sagrado do Natal entra em contato real com a graça da Vinda do Salvador!

Este é um luxo, uma graça, uma elegância de Deus que somente recebe quem participa da Liturgia e só na Liturgia é dado!

Perguntas e respostas sobre o Natal - IV

O Natal é aniversário de Jesus?

De modo algum!

Jamais a Igreja pensou numa coisa dessas!


Na Liturgia não se diz: Jesus nasceu há 2000 anos! Diz-se: "Hoje nasceu para vós um Salvador: Cristo, o Senhor!"

A Liturgia, na potência do Espírito, coloca-nos no HOJE de Deus, coloca-nos em contato direto com a graça salvífica do acontecimento que, ocorrido uma vez por todas no passado, torna-se eternamente presente na Glória do Céu, em Cristo, único e eterno sacerdote, que na Tenda eterna do Céu ministra a Liturgia eterna que torna-se presente sobre o Altar da Igreja!

No Natal nunca, de modo algum, por motivo algum, deve-se cantar "Parabéns" para Jesus! Seria algo totalmente contrário ao significado do Natal cristão!

Cristo nasceu no dia 25 de dezembro?

Não, com certeza. E os cristãos sempre souberam disso!
Desde o início, esta festa é celebrada em datas diferentes pela Igreja no Oriente e no Ocidente: no Oriente, a 6 de janeiro; no Ocidente, a 25 de dezembro.

Eis os motivos do 25 de dezembro:

Segundo antigas tradições, o mundo teria sido criado no dia 25 de março. Neste dia também se celebrava a Festa da Anunciação de Gabriel à Virgem Maria, início da recriação de todas as coisas em Cristo: Ele, vindo ao nosso mundo no seio da Virgem, recriou o mundo envelhecido e caduco pelo pecado. Assim, o 25 de dezembro ocorre nove meses após a celebração da concepção.

Mas, há outro motivo. Depois de o cristianismo já ter se espalhado no Império Romano e os imperadores terem aceitado a fé cristã, surgiu um que apostatou da fé e quis restaurar o paganismo em Roma: Juliano, o Apóstata! Ele fez o possível para restaurar a festa do deus Sol Vencedor em Roma, que ocorria no dia 25 de dezembro, solstício do inverno. Exatamente a época em que o sol começa a ficar mais forte e fazer os dias começarem a ficar mais longo, vencendo o frio e as trevas do inverno. Esta seria a vitória do deus sol sobre as trevas!

Os cristão reagiram fortemente, celebrando aí não o deus sol, mas o verdadeiro Sol da justiça, Luz do Alto que nos veio visitar, vencendo as trevas da idolatria, do pecado e da morte! O verdadeiro Sol Invicto é o Cristo nosso Deus, que vindo à nossa terra, tudo iluminou com a Sua piedosa Manifestação.

Assim, a data do Natal estabeleceu-se de vez no século IV para toda a Igreja do Oriente e do Ocidente. No dia 6 de janeiro, a Igreja passou a celebrar a Epifania do Senhor. Mas, isto é outra história..

Seria realmente errado ver o Natal como aniversário de Jesus?

Totalmente.

  1.  Comemora-se o aniversário contando os dias de acontecimentos ou pessoas neste tempo. Jesus é o Senhor, entrou na Eternidade, é Senhor do tempo; não mais está preso ao nosso tempo, mas preenche todos os tempos: "A Ele o tempo e a eternidade˜!" - diz a Igreja na Vigília Pascal.
  2. Comemora-se o aniversário de alguém para festejar sua entrada nesta vida. Jesus entrou nesta vida, neste mundo, por humilhação, por esvaziamento de Si mesmo: sendo rico fez-se pobre, sendo Deus fez-Se homem, sendo Senhor fez-Se servo para nos salvar. Na verdade o nascimento de Jesus segundo a carne é um gesto de humildade e humilhação por amor!
  3. O nascimento definitivo para um cristão é o nascimento para a Glória: dos santos, celebra-se não o dia do nascimento para este mundo, mas o Die Natalis para o Céu, o dia da morte para este mundo.
  4. E o mais importante: NENHUMA celebração da Liturgia é de aniversário; nunca é uma recordação do passado que ficou lá trás, mas é um torna-se realmente presente de um fato ou evento salvífico que se torna atual e atuante na vida dos que celebram os santos mistérios na Liturgia. É uma pena que a deficiência de catequese tenha feito os cristãos perderem isto, que no início da Igreja era claro para todos os filhos da Igreja!
  5. Recordemos que o aniversário vai distanciando cada vez mais da origem, do fato inicial recordado. Com o Senhor Jesus não é assim: Ele nos é contemporâneo em todos os Seus mistérios. Ele está presente nos nossos pobres "hojes" e enche os dias da nossa vida com o Seu Hoje eterno entrado no tempo em cada Liturgia. Alguns Padres da Igreja falam em aniversário do Natal, ou seja, no sentido antigo, da "volta do ano" na qual o mistério de sempre é novamente celebrado sem nunca envelhecer ou se afastar da origem! A origem dos acontecimentos salvíficos não está no passado, mas no Altar da Eucaristia!


O que é essencial para um cristão celebrar o Natal?

O que é essencial para qualquer festa cristã: participar da santa Liturgia eucarística.
É na Eucaristia que todo o mistério da nossa fé, o mistério da nossa salvação, da criação à Parusia do Senhor, faz-se presente: "Eis o Mistério da fé!" Isto é: ali, no Cordeiro imolado e ressuscitado, tudo faz-se contemporâneo na potência do Espírito!

Na Eucaristia tudo é celebrado na vida cristã e na vida do cristão! Sem a participação na Eucaristia é impossível ser cristão plenamente!

A Liturgia para o Natal fala das "festas que se aproximam". Do que se trata?

O Natal litúrgico (e este é o que importa) não é um dia, mas um tempo: o tempo no qual a Igreja celebra a Manifestação, a Vinda, o Aparecimento do Salvador na nossa carne mortal.

Este tempo é celebrado com cinco festas:

1. A Natividade
2. A Sagrada Família
3. Santa Maria Mãe de Deus
4. A Epifania
5. O Batismo do Senhor

Todas estas festas, cada uma com um aspecto próprio, celebram um só Mistério: o Verbo Eterno, Filho Eterno do Eterno Pai, fez-Se verdadeiramente homem de Maria a Virgem para que, assumindo o humano salvasse a humanidade e assumindo toda a criação, salvação todo o universo!

Há ainda mais uma festa que não pertence ao Tempo do Natal, mas está ligada ao ciclo do Natal: A Apresentação do Senhor, no dia 2 de fevereiro. É uma festa importantíssima do ponto de vista teológico! Infelizmente, a nossa catequese litúrgica é muito fraca e essa festa fica na penumbra...

Qual é a Missa principal do Natal?

A Igreja celebra o Dia do Natal com quatro missas, isto é, quatro formulários diferentes de missas: orações próprias e leituras próprias para cada uma, todas preciosas, todas belíssimas:

  1. A Missa da Vigília, celebrada na tarde do dia 24.
  2. A Missa do Galo, celebrada na Noite Santa. Chama-se do galo porque a antiga rubrica prescrevia que deveria iniciar-se ao cantar do galo. Hoje, por vários motivos, é celebrada quando o sol já se pôs. No entanto, quanto mais perto da meia-noite, melhor.
  3. A Missa da Aurora, celebrada sempre de madrugada, logo ao sol nascer.
  4. A Missa do Dia, celebrada já com o sol alto. É celebrada a qualquer hora do dia 25.


Dessas, a menos importante do ponto de vista litúrgico, é a da vigília. As mais importantes são a Missa da Noite e a Missa do Dia. Quem participa de qualquer uma delas, celebra o Natal. Contudo a Missa da Vigília não dispensa de participar de uma das outras três.



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Já estão abertas as inscrições para o evento "O tesouro da educação"

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Não percam! 

Palestrantes de alto nível falarão sobre educação infantil, literatura, latim, homeschooling etc. A Aline Rocha Taddei Brodbeck, membro do Salvem a Liturgia, dará palestra sobre educação religiosa de crianças no lar.
Cada um dos palestrantes oferecerá, para quem comprar a série de palestras por meio de seu link, um bônus. Quem nos der a honra de adquirir esse tesouro por meio do link da Aline, ganhará, inteiramente GRÁTIS, duas aulas extras que integram nosso curso Como Catequizar seus Filhos em Casa + 4 pdfs de um minicurso teológico + vídeo-aula EXCLUSIVA com o nosso diretor Rafael Brodbeck sobre a oração em família.

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Comprando pelo link da Aline você tem acesso a TODO o material do evento - palestras com a Camila Abadie, Gustavo Abadie, Rafael Falcón, Thomas Giuliano, Clístenes Hafner Fernandes, Marcos Alcântara, Ivonete Silva Porto e Francisco Escorsim, além dos bônus que ela está oferecendo COM EXCLUSIVIDADE PARA QUE OS COMPRAREM COM ELA. Do mesmo modo, você estará também ajudando o apostolado Domestica Ecclesia - O blog da Igreja doméstica e o Femina - Modéstia e Elegância.

Vai ficar de fora dessa?

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Início da Novena do Santo Natal

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No dia 16 de dezembro tem início a Novena do Santo Natal, considerada a mais tradicional das novenas. De acordo com o Diretório sobre piedade popular e Liturgia, n. 103, ela originou-se do desejo de permitir que os fiéis vivenciassem às riquezas da Liturgia desta reta final de Advento, numa época em que o acesso à Liturgia era mais restrito aos fiéis, e ainda hoje guarda seu valor.

A recomendação do diretório, para uma "excelente novena de Natal plenamente litúrgica e atenta às exigências da piedade popular", é que sejam oferecidas aos fiéis, como parte da novena, as Vésperas dos dias 17 à 23, celebradas com maior solenidade: com o canto das Antífonas Maiores (ou Antífonas do Ó, das quais já falamos aqui), e com a presença de elementos facultativos já previstos na Liturgia das Horas, como uso de incenso, homilia, e adaptação das preces.

É com o início da novena que, em muitas igrejas e famílias, se dá o costume de montar o Presépio. Outros costumes são que a montagem aconteça com as Vésperas do I Domingo do Advento, ou então após a Solenidade da Imaculada Conceição. (Por falar nisso, já enviou a foto do presépio de tua paróquia para o nosso concurso?)

Para aqueles que desejarem complementar a novena acompanhando a Liturgia das Horas, ou mesmo realizá-la de outra forma, ofereço algumas outras novenas aos nossos leitores.





A versão livreto desta novena está disponível aqui

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Responsório de Santo Antônio

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Treze de Junho, memória de Santo Antônio (de Pádua ou de Lisboa, como preferirem). É costume em muitas igrejas, mesmo não franciscanas, que se reze ou cante neste dia, bem como nas terças-feiras do ano todo, o Responsório de Santo Antônio. 

Esta oração de louvor - ou responso - em honra de Santo António foi redigida por frei Giuliano da Spira. O responso faz parte do "Officium rhythmicum s. Antonii" (Ofício rítmico em honra de Santo Antônio"), que surgiu em 1233, dois anos depois da morte do Santo.
Para deleite dos nossos leitores, segue uma belíssima versão do responsório em gregoriano, cantada pelo Gruppo vocale Famiglia Sala, bem como sua partitura e a oração em latim e em português.


Responsório em latim
Si quaeris miracula
mors, error, calamitas,
daemon, lepra fugiunt
aegri surgunt sani.

Cedunt mare, vincula;
membra, resque perditas,
petunt et accipiunt
juvenes et cani.

Pereunt pericula,
cessat et necessitas,
narrent hi qui sentiunt,
dicant Paduani.

Cedunt mare, vincula...

Gloria Patri et Filio et Spiritui Sancto...

Cedunt mare, vincula…




Responsório em português

Se milagres desejais, recorrei a Santo António
Vereis fugir o demónio e as tentações infernais.

Recupera-se o perdido. / Rompe-se a dura prisão, 
e no auge do furacão / cede o mar embravecido.

Pela sua intercessão, foge a peste, o erro, a morte, 
O fraco torna-se forte, e torna-se o enfermo são.

Recupera-se o perdido ...

Todos os males humanos se moderam, se retiram,
Digam-no aqueles que o viram, e digam-no os paduanos.

Recupera-se o perdido ...

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Recupera-se o perdido ...

Rogai por nós, bem-aventurado Antônio
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Repostagem: Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

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Hoje celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.



Aproveitamos a ocasião para indicar algumas postagens já publicadas por nosso apostolado sobre o assunto:




Também convidamos a todos a rezarem mais vezes ao longo de todo este mês o Ato de Reparação ao Sacratíssimo Coração (disponível no segundo link acima) e também a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus.

domingo, 7 de abril de 2013

Missa do Domingo de Páscoa da Ressurreição, em Frederico Westphalen - RS

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Na manhã do domingo 31 de março, S.E.R Dom Antonio Carlos Rossi Keller presidiu a missa solene da Páscoa da Ressurreição em sua igreja catedral, com um grande número de diocesanos presentes.






















sábado, 6 de abril de 2013

Vigília Pascal em Frederico Westphalen - RS

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Na noite do sábado santo S.E.R Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo diocesano presidiu solene a Vigília Pascal, celebrando-a conforme as rubricas com benção do fogo, precônio pascal, liturgia da palavra, liturgia batismal e liturgia eucarística.

Segue abaixo a homilia proferida por Sua Excelência e algumas fotos.

"Derramarei sobre vós uma água pura."

São muito bonitas as cerimônias litúrgicas da Vigília pascal. Todas elas giram à volta do Batismo e da Eucaristia.

As leituras, a bênção da água, a celebração dos batizados falam-nos da vida nova que Jesus nos trouxe pela Sua morte e ressurreição No batismo lavou-nos do pecado por uma água pura, como o profeta Ezequiel anunciava ao povo de Israel. Deu-nos um coração novo para O amarmos e sermos o povo santo da nova aliança.

A passagem do Mar Vermelho é também uma prefiguração do Batismo. Como os israelitas, também nós fomos libertados da escravidão, duma escravidão pior que a do Egito. O Senhor libertou-nos do pecado e do demônio e tornou-nos verdadeiramente filhos de Deus.

Os Santos Padres viram na água e no sangue que manaram do peito aberto de Cristo o sinal dos sacramentos que Jesus deixou à Sua Igreja. Morrendo na cruz obteve-nos a salvação, mereceu para todos os homens a abundância da graça que redime e salva. E é pelos sacramentos, que Ele instituiu, que essa graça mana sobre nós.

O primeiro de todos é o Batismo. É por ele que nascemos para a vida nova de filhos de Deus. Jesus disse a Nicodemos que era preciso nascer de novo para poder entrar no Reino de Deus. E Nicodemos perguntava: – Como pode um homem nascer sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no seio de sua mãe? E Jesus respondeu-lhe «Em verdade, em verdade te digo: quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.» (Jo 3, 5) Antes de subir ao Céu disse aos Apóstolos: «ide por todo o mundo pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo. Mas quem não acreditar será condenado» (Mc 16, 15, 16). E mandou-os batizar «em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo» (Mt 18, 20)

O batismo é o sacramento que nos faz nascer para a vida nova de Jesus, a graça que nos faz santos, membros da Sua Igreja e herdeiros da Sua felicidade infinita. O Compêndio do Catecismo da Igreja Católica ensina: «O Batismo perdoa o pecado original, todos os pecados pessoais e as penas devidas ao pecado; faz participar na vida divina trinitária mediante a graça santificante, a graça da justificação que incorpora em Cristo e na Igreja; faz participar no sacerdócio de Cristo e constitui o fundamento da comunhão entre todos os cristãos; confere as virtudes teologais e os dons do Espírito Santo. O batizado pertence para sempre a Cristo: com efeito, é assinalado com o selo indelével de Cristo» (caráter). (263).

Fomos batizados na Sua morte.

A morte e Ressurreição de Jesus não são apenas acontecimentos do passado. Estão presentes na vida da Igreja e na vida de cada um de nós.

Estão presentes aqui neste momento. Na Eucaristia que celebramos torna-se presente o sacrifício do Calvário. É Jesus ressuscitado que está no meio de nós. Reconhecemo-Lo ao partir do pão como os discípulos de Emaús, naquela tarde de Páscoa. Que neste dia tomemos mais consciência desta verdade, que nos há de encher de alegria como às mulheres e aos discípulos no dia Páscoa.

Estes dias são tradicionalmente de grande alegria para o povo cristão. Porque procurou avivar a sua fé e purificar a sua alma ao longo da Quaresma para este encontro com o Senhor ressuscitado. Na comunhão pascal mais vivida e mais bem preparada pelo sacramento da penitência, que Jesus deixou à Sua Igreja como prenda no dia de Páscoa.

A morte e ressurreição estão presentes na vida de cada um de nós. Fomos batizados na Sua morte, diz S. Paulo. «Não sabeis que os que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na Sua morte? Fomos, pois, pelo batismo sepultados com Ele na morte para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos para glória do Pai, assim caminhemos numa vida nova» (Rom. 6, 3-4).

Morremos com ele para o pecado e ressuscitamos com Ele para a vida da graça. Participamos misteriosamente da Sua morte e ressurreição.

Também nós vivamos uma vida nova.

Em Jesus o cristão é um homem novo, vivendo em Cristo, o homem novo. S. Leão Magno admoestava os cristãos: «Reconhece, ó cristão, a tua dignidade; participante da natureza divina não voltes aos erros da tua conduta passada. Recorda quem é a tua cabeça e de que corpo és membro. Recorda que foste arrancado ao poder das trevas e transportado para a luz e para o Reino de Deus. Pelo sacramento do batismo transformaste-te em templo do Espírito Santo. Procura não afastar um hóspede tão importante com as tuas más ações, caindo de novo sob o domínio do demônio. O preço da tua salvação é o sangue de Cristo» (Serm. I do Natal do Senhor).

Renovados por dentro, «participantes da natureza divina» (2 Ped 1, 4), temos de viver à maneira de Jesus, temos de ser santos. S Pedro exortava os primeiros cristãos: «Como filhos obedientes, não vos conformeis com os desejos do vosso passado (antes do batismo), quando estáveis na ignorância, mas, à imitação d'Aquele que vos chamou, sede vós também santos em todas as ações, porque está escrito: 'Sereis santos, porque Eu sou santo'. E, se invocais como Pai Aquele que julga cada um segundo as suas obras, sem acepção de pessoas, vivei com temor durante o tempo da vossa peregrinação, sabendo que fostes resgatados da vida fútil recebida dos vossos pais, não com coisas corruptíveis, prata ou ouro, mas pelo sangue precioso de Cristo, o Cordeiro sem defeito e sem mancha, predestinado antes da criação do mundo, e manifestado nos últimos tempos por amor de vós. Por Ele acreditais em Deus, que O ressuscitou dos mortos e O glorificou, de maneira que a vossa fé e a vossa esperança estejam em Deus.» (1 Ped 1, 14-21)

Contamos com as graças atuais que derivam do batismo, para vivermos, pela vida fora, essa vida nova de filhos de Deus, ao estilo de Cristo.

Contamos com a ação do Espírito Santo em nossa alma, que nos leva a tratar a Deus como filhos e nos ensina a copiar Jesus em nossa vida. Ele é dom de Jesus, fruto da Sua morte.

Temos a ajuda do sacramento do perdão, que é como que um novo batismo, que podemos e devemos receber muitas vezes. Que não seja apenas no tempo da Quaresma. Como ninguém toma banho apenas uma vez no ano. Renova-nos a graça batismal e enche-nos da alegria que vem de Deus."

Dom Antonio Carlos Rossi Keller























sexta-feira, 5 de abril de 2013

Celebração da Paixão do Senhor, em Frederico Westphalen - RS

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Às 15hs da sexta-feira santa como de costume, S.E.R Dom Antonio Carlos Rossi Keller presidiu a celebração da Paixão do Senhor em sua Igreja Catedral.

Segue abaixo a homilia proferida e algumas fotos.

"Todos nós aqui presentes: bispo, sacerdote, ministros e assembleia, em respeitoso silêncio, perante este altar completamente despido de adornos e toalha,estamos relembrando a desonrosa morte de Jesus, contemplando a sua entrega voluntária na Cruz.

Ele entregou-se livremente à morte por amor, para nos restituir à vida.

A verdadeira natureza deste nosso exercício espiritual consistirá, pois, em refletir no amor do Senhor como o mais precioso objeto do nosso desejo.

Escutamos primeiramente a Palavra de Deus, recordamos depois a Paixão de Jesus e adoraremos a cruz; finalmente, participaremos da sagrada comunhão.

Estamos associados a este silêncio para melhor podermos interiorizar esta celebração, a fim de mais intensamente a vivermos.

A Cruz, contemplação da morte.

Este é o dia em que adoramos de modo particular a Cruz. Instrumento de morte infame, este sinal nasceu diante de nós, desde a aurora, e atravessa as horas de Sexta-Feira Santa, durante as quais nos encaminhamos, atenciosos, para seguir, com o pensamento e o coração, a paixão do Senhor: o caminho que vai desde a sua prisão no Monte ao lado da torrente do Cédron, passando pelo Pretório de Pilatos até ao Calvário. A morte.

As horas deste dia, atravessadas de religioso silêncio, fazem-se sentir na significativa liturgia desta tarde: a adoração da Cruz. A contemplação da morte.

A Cruz de Cristo, alegria para o mundo.

Adoramos a Vossa Cruz, Senhor. Sim. Na Cruz, Cristo manifestou-se como Senhor: aceitou a morte e deu a vida. Não foi simplesmente «morto», mas «deu a vida». Aceitou a morte e deu a vida. Deu a Sua vida por nós. Por todos os homens. «Nós» somos apenas uma pequena parte daqueles pelos quais Cristo deu a vida. Não há um único homem, desde o início até ao fim do mundo, por quem Ele não tenha dado a vida.

Ele deu a vida por todos. Redimiu a todos. A Cruz é o sinal da redenção universal: eis que mediante o madeiro – da Cruz – se difundiu a alegria em todo o mundo.

A Cruz, porta para Deus.

A Cruz é a porta, através da qual Deus entrou definitivamente na história do homem. E nesta história permanece. A Cruz é a porta, através da qual Deus não cessa de entrar na nossa vida. Por isso é que nós nos persignamos com o sinal da cruz e dizemos simultaneamente «em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo».

Tais palavras são um convite a Deus, para que venha a nós. E unimo-las com o sinal da Cruz, para que Deus entre no coração do homem mediante a cruz. E, assim, Ele passa a estar presente em todas as atividades, pensamentos e palavras: em toda a vida do homem e do mundo.

A Cruz abre-nos para Deus. A Cruz abre o mundo para Deus.

Que esta Sexta-Feira Santa, dedicada ao mistério da Cruz, que nós meditamos neste dia, nos aproxime cada vez mais de Deus vivo: Pai, Filho e Espírito Santo.

Que o sinal da morte de Cristo vivifique em nós a Sua presença e a Sua força. É o que pedimos a Deus, nesta nossa celebração de hoje."

Dom Antonio Carlos Rossi Keller.  


















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