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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Oferecimento do Preciosíssimo Sangue

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Eterno Pai, eu Vos ofereço o Sangue Preciosíssimo de Jesus Cristo em desconto dos meus pecados, em sufrágio das Almas santas do Purgatório, pelas necessidades da Santa Igreja e por todos os doentes.

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Bento XVI: O sangue de Cristo é o penhor do amor fiel de Deus pela humanidade

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Relíquia do Precisíssimo Sangue de Cristo presente na Basílica de Bruges (Basiliek van het Heilig Bloed)


Queridos irmãos e irmãs!

No passado, o primeiro domingo de Julho caracterizava-se pela devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo. Alguns meus venerados Predecessores no século passado confirmaram-na, e o beato João XXIII, com a Carta Apostólica Inde a primis (30 de Junho de 1960), explicou o seu significado e aprovou as suas Litanias. O tema do sangue, ligado ao do Cordeiro pascal, é de primária importância na Sagrada Escritura. A aspersão com o sangue dos animais sacrificados representava e estabelecia, no Antigo Testamento, a aliança entre Deus e o povo, como se lê no livro do Êxodo: "Moisés tomou o sangue e aspergiu com ele o povo, dizendo: Este é o sangue da aliança que o Senhor concluiu convosco mediante todas estas palavras" (24, 8).

Jesus, na Última Ceia, inspira-se explicitamente nesta fórmula quando, ao oferecer o cálice aos discípulos, diz: "Este é o meu sangue da aliança, que é derramado por muitos para a remissão dos pecados" (Mt 26, 28). E efectivamente, a partir da flagelação, até ao trespasse do lado depois da morte de cruz, Cristo derramou todo o seu sangue, como verdadeiro Cordeiro imolado para a redenção universal. O valor salvífico do seu sangue é afirmado expressamente em muitos trechos do Novo Testamento. Citemos, neste Ano sacerdotal, a bela expressão da Carta aos Hebreus: "Cristo... entrou uma só vez no Santo dos Santos, não com o sangue dos carneiros ou dos bezerros, mas com o Seu próprio sangue, tendo obtido uma redenção eterna. Porque, se o sangue dos carneiros e dos touros e a cinza da novilha com que se aspergem os impuros os santifica, quanto à pureza da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito Santo Se ofereceu a Si mesmo sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas para servir o Deus vivo!" (9, 11-14).

Queridos irmãos, está escrito no Génesis que o sangue de Abel, morto pelo irmão Caim, brada a Deus da terra (cf. 4, 10). E infelizmente, hoje como ontem, este brado não cessa, porque continua a ser derramado sangue humano por causa da violência, da injustiça e do ódio. Quando aprenderão os homens que a vida é sagrada e pertence só a Deus? Quando compreenderão que somos todos irmãos? Ao brado pelo sangue derramado, que se eleva de tantas partes da terra, Deus responde com o sangue do seu Filho, que entregou a sua vida por nós. Cristo não respondeu ao mal com o mal, mas com o bem, com o seu amor infinito. O sangue de Cristo é o penhor do amor fiel de Deus pela humanidade. Fixando as chagas do Crucificado, cada homem, também em condições de extrema miséria moral, pode dizer: Deus não me abandonou, ama-me, deu a vida por mim; e desta forma reencontrar esperança. A Virgem Maria, que aos pés da cruz, juntamente com o apóstolo João, recebeu o testamento do sangue de Jesus, nos ajude a redescobrir a inestimável riqueza desta graça, e a sentir por ela uma gratidão íntima e perene.

Depois do Angelus

Nestes dias fomos tocados pela tragédia de Viareggio. Uno-me ao sofrimento de quantos perderam pessoas queridas, permaneceram feridos ou sofreram danos materiais até graves. Ao elevar a minha premente oração a Deus por todas as pessoas atingidas pela tragédia, faço votos por que semelhantes desastres não se repitam e seja garantida a todos a segurança no trabalho e no andamento da vida quotidiana. Queira Deus acolher na sua paz os defuntos, conceder imediato restabelecimento aos feridos e infundir conforto interior em quantos foram atingidos nos seus afectos mais queridos.

Expresso ainda a minha profunda deploração pelo atentado realizado esta manhã em Cotabato nas Filipinas, onde a explosão de uma bomba diante da Catedral, durante a celebração da Missa dominical, causou alguns mortos e numerosos feridos, entre os quais mulheres e crianças. Ao rezar a Deus pelas vítimas do gesto ignóbil, elevo a minha voz para condenar mais uma vez o recurso à violência, que nunca constitui um caminho digno para a solução dos problemas existentes.
© Copyright 2009 - Libreria Editrice Vaticana

O Preciossíssimo Sangue de Cristo

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Embora não conste mais no calendário novo, a data é tradicional para relembrarmos, com Missa votiva (ou, no calendário antigo, com a festa própria de I classe), o Sangue de Nosso Redentor. Com o texto abaixo, tirado da Seleta de Orações, damos nossa contribuição à piedade de nossos leitores:


1º de julho Mês dedicado ao Sangue de Cristo

Instituída em 1849 pelo Papa Pio IX em ação de graças pela vitória alcançada pelos exércitos franceses e pontifícios sobre a revolução, que expulsara de Roma o Pontífice, a festa do Preciosíssimo Sangue foi elevada a rito duplo de 1ª classe por Pio XI, por ocasião de ocorrência do 1900º aniversário da morte do Salvador.

Deixando de parte as circunstâncias particulares que motivaram a instituição da festa, a liturgia dela recorda-nos, sobretudo as graças de que somos devedores ao Preciosíssimo Sangue do Redentor. Para além da tragédia do Calvário e o golpe da lança que varou o lado de Jesus, procura fazer-nos compreender, sobretudo o alcance que todo esse mistério dom Deus padecente envolve sobre a salvação das nossas almas.

Com profundo sentimento de ação de graças, rendemos de veneração e de amor ao Sangue Preciosíssimo de Jesus, que o sacerdote oferece a Deus no altar.

Hino

Regurgitam de cânticos as praças e as ruas e a alegria fulgura como o sol na fronte de todos. E vós, anciãos e crianças, saí em cortejo à rubra claridade dos trandões. Amém.

Na presença do Sangue que Jesus Cristo, cravado na Cruz, derramou por inumeráveis feridas, saibamos que fica bem ao menos, pensar nEle com lágrimas.

O velho Adão, com o seu crime, tinha inoculado a morte no coração do homem. Porém a inocência e o extremado amor do novo Adão lhe restituem a vida.

Se o Pai supremo ouviu do alto dos Céus o grito do Filho na agonia, certamente que Se deixou aplacar e nos deu o Seu perdão.

Quem banhar as vestes neste Sangue apagar-lhes-á toda a mancha. E ficará tão formoso na púrpura das cores que igualará os anjos e aprazerá ao Rei.

Que ninguém se extravie do caminho reto. É preciso tocar na meta final, onde Deus, que nos ajuda com a Sua graça, espera por nós com a coroa dos vencedores.

Sede pois propício, ó Pai onipotente, e recebei lá no alto dos Céus os que remistes com o Sangue do Vosso Filho e constantemente confortais com o Vosso Espírito de paz. Amém.

V. Resgataste-nos, Senhor, com o Vosso Sangue.
R. E fizestes de nós um reino para o Nosso Deus.

Oração de São Boaventura ao Preciosíssimo Sangue de Jesus

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Ó bom Jesus, ó dulcíssimo Senhor, nenhuma gota, mas uma onda de sangue saiu do vosso corpo, das mãos e dos pés na crucificação, da cabeça na coroação de espinhos, de todo o corpo na flagelação e do mesmo coração na abertura do lado, e faz maravilhas se ainda resta sangue em Vós.

Diz-me, ah, diz-me, ó dileto Senhor meu, por que espalhastes tanto sangue do vosso corpo, enquanto uma única gota do vosso sacratíssimo sangue poderia bastar para a redenção de todo o mundo? Mas eu sei, ó Senhor, verdadeiramente eu sei que fizestes isto não por outro, senão para mostrar com quanto afeto Vós me amastes.

Ó suavíssimo Senhor e Salvador do universo, bom Jesus, como posso dignamente render-vos graças, desde o princípio do vosso nascimento até o fim na duríssima morte, mas, também depois da morte, tirastes tanto sangue e tivestes com isso o cuidado de manifestar o amor da vossa excelentíssima caridade com tanta efusão do vosso sangue?

Ó, Senhor Jesus Cristo que, por meu amor, não poupastes a Vós mesmo, feristes o meu coração com as vossas chagas, inebria a minha mente com o vosso sangue; a fim de que, em toda a parte eu me volte, sempre eu vos veja crucificado por mim, e em tudo aquilo que eu ver me apareçam os avermelhados do vosso sangue; e assim, tendo tudo em vós, eu não possa encontrar nada além de vós. Esta seja a minha consolação, de ser assim crucificado convosco; esta seja a minha íntima aflição de não pensar em outro fora de vós. Mas, quantos voltem, refletindo sobre a maravilhosa e misericordiosa condescendência divina por nós; não pouco me envergonho da minha enorme ingratidão! E quanto mais digno reconheço os benefícios da redenção, tanto mais graves são os pecados da minha ingratidão!

Ó dulcíssimo bom Jesus, de quem provém todo bem e todo dom perfeito, guardastes com misericórdia, a nós que humildemente confessamos e verdadeiramente sabemos que sem vós não podemos fazer nada e, vós que vos destes por nós como prêmio redentor, concede que, embora sejamos indignos deste grande preço, sejamos em tudo inteiramente e perfeitamente restituidores da vossa graça, de modo que, conformando-nos à imagem da vossa paixão, sejamos refeitos também segundo a imagem da vossa divindade, que nós perdemos com o pecado. Assim seja.

Ladainha do Preciosíssimo Sangue, em latim, por ocasião da festa (no calendário antigo) de hoje

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No calendário novo, não há essa festa para hoje, embora possamos fazer celebrar a Missa votiva em honra do Preciosíssimo Sangue. No calendário antigo, todavia, é festa de I classe.


Cultivemos nosso sentire cum Ecclesia, aumentando nossa espiritualidade litúrgica, recitando a ladainha a seguir:

Kyrie, eleison.
Christe, eleison.
Kyrie, eleison.

Christe, audi nos
R. Christe, [ex]audi nos.

Pater de caelis, Deus,
R. miserere nobis.

Fili[i], Redemptor mundi, Deus,
R. miserere nobis.

Spiritus Sancte, Deus,
R. miserere nobis.

Sancta Trinitas, unus Deus,
R. miserere nobis.

Sanguis Christi, Unigeniti Patris aeterni, salva nos.
Sanguis Christi, Verbi Dei incarnati, salva nos.
Sanguis Christi, Novi et Aeterni Testamenti, salva nos.
Sanguis Christi, in agonia decurrens in terram, salva nos.
Sanguis Christi, in flagellatione profluens, salva nos.
Sanguis Christi, in coronatione spinarum emanans, salva nos.
Sanguis Christi, in Cruce effusus, salva nos.
Sanguis Christi, pretium nostrae salutis, salva nos.
Sanguis Christi, sine quo non fit remissio, salva nos.
Sanguis Christi, in Eucharistia potus et lavacrum animarum, salva nos.
Sanguis Christi, flumen misericordiae, salva nos.
Sanguis Christi, victor daemonum, salva nos.
Sanguis Christi, fortitudo martyrum, salva nos.
Sanguis Christi, virtus confessorum, salva nos.
Sanguis Christi, germinans virgines, salva nos.
Sanguis Christi, robur periclitantium, salva nos.
Sanguis Christi, levamen laborantium, salva nos.
Sanguis Christi, in fletu solatium, salva nos.
Sanguis Christi, spes paenitentium, salva nos.
Sanguis Christi, solamen morientium, salva nos.
Sanguis Christi, pax et dulcedo cordium, salva nos.
Sanguis Christi, pignus vitae aeternae, salva nos.
Sanguis Christi, animas liberans de lacu Purgatorii, salva nos.
Sanguis Christi, omni gloria et honore dignissimus, salva nos.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. parce nobis, Domine.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. exaudi nos, Domine.

Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
R. miserere nobis, Domine.

V. Redemisti nos, Domine, in sanguine tuo.
R. Et fecisti nos Deo nostro regnum.

Oremus: Omnipotens sempiterne Deus, qui unigenitum Filium tuum mundi Redemptorem constituisti, ac eius sanguine placari voluisti: concede, quaesumus, salutis nostrae pretium ita venerari, atque a praesentis vitae malis eius virtute defendi in terris, ut fructu perpetuo laetemur in caelis. Per eundem Christum Dominum nostrum.

R. Amen.

Ó Beleza tão antiga e tão nova!

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Por Dom Henrique Soares da Costa, bispo titular de Acúfida e Auxiliar da Arquidiocese de Aracaju. 
Recentemente participava como Bispo da reinauguração do Palácio do Governo de Sergipe. Um belo trabalho. Apreciava algumas obras de arte. Alguém me perguntou, diante de algumas pinturas de várias escolas, estilos e épocas, de qual eu mais gostava. Apontei uma, que decepcionou meu interlocutor: “O senhor, tão jovem, com um gosto tão acadêmico?” Não! Não é gosto acadêmico! É sede do simplesmente belo, sereno reflexo da beleza que Deus escondeu em todas as coisas!
Segundo Joseph Ratzinger, nosso Bento XVI, a arte cristã, hoje, encontra-se num dilema: por um lado, deve opor-se ao culto da feiúra, que diz que tudo o que é belo é uma ilusão e que só a representação do cruel, baixo e vulgar é a verdade, a verdadeira luz do conhecimento, que exprime a crua e verdadeira realidade. Nesta linha, pense-se na grosseria das novelas e filmes, pense-se em certa arte que se compraz no bizarro, no exótico e hermético... No fundo, tal arte exprime o não-sentido, o absurdo de uma realidade que não é fruto de um Lógos, de um Amor eterno.
Por outro, deve a sensibilidade artística cristã contrapor-se à beleza fraudulenta, que faz com que o ser humano se rebaixe ao invés de fazê-lo grande, e que, por essa razão, é falsa. Aqui temos a arte do culto da forma sem conteúdo, como, por exemplo, a exposição do corpo humano, reduzido a objeto de sedução e incitação ao erotismo claro ou implícito... Nesta linha a realidade aparece desprovida de consistência: tudo é reduzido a consumo e satisfação dos próprios sentidos: fica-se na casca, na aparência das coisas, sem a capacidade de contemplar realmente o ser em toda a sua beleza e em todo o seu mistério! Nunca deveríamos esquecer que o ser, pelo simples fato de ser, de ter escapado do nada, é digno de admiração e profundo respeito!
Ratzinger invoca a famosa a frase do grande escritor russo, Dostoievsky: “A beleza salvará o mundo”. De que beleza fala o ilustre pensador? Refere-se ele Àquela Beleza de que fala Santa Teresa d’Ávila: “Formosura que excedeis a toda formosura, sem ferir dor fazeis e sem dor desfazeis o amor da criatura!” Sim, a Beleza suprema que nos é dada a contemplar neste mundo, a Beleza, critério de toda outra beleza, a norma de toda estética realmente libertadora, é a Beleza redentora de Cristo, o crucificado e ressuscitado!
Precisamos aprender a contemplá-lo, contemplar a beleza do Cristo – insiste Ratzinger. Contemplar significa entrar em simpatia, em sintonia com a estupenda realidade que ele representa e produz no mundo: um amor que se doa totalmente para nos redimir, para nos divinizar! Um amor que revela o sentido último de toda a realidade! Sem este amor, o mundo morre sufocado pela banalidade e a feiúra! Se nós o conhecermos, não apenas nas palavras, mas se formos trespassados pela flecha da sua beleza paradoxal, só então o conheceremos verdadeiramente, e não apenas porque ouvimos outras pessoas falando a seu respeito. E então teremos encontrado a beleza da Verdade, da Verdade que redime e seremos suas felizes e entusiasmadas testemunhas!
Mas, precisamente aqui encontramo-nos na profunda crise do cristianismo atual, da Igreja dos nossos dias: perdemos o sentido da Beleza, do gozo de contemplar desinteressadamente! Nossa fé, nossa liturgia, nossa teologia tornaram-se demasiadamente conceituais, cartesianas! Há quem possa realmente alimentar sua fé, sua paixão por Cristo com a enorme maioria de nossas missas barulhentas, cheias de comentários, entupidas de paramentos de mal gosto, artificialmente criados por modas discutíveis? Há devoção que suporte uma missa na qual o padre inventa os gestos como um animador de auditório ou não exprime os gestos indicados no missal – gestos que não são seus, mas de Cristo e da Igreja? E os comentários dos nossos folhetos litúrgicos? E o “Reino”(= sociedade socialista), que substituiu Jesus? E a cruz retirada de nossos presbitérios? E a teologia escrita por gente sem fé e sem espírito contemplativo: teologia racionalista e rasteira, que eleva tanto quanto um voo de galinha?
Nada pode pôr-nos em contato tão próximo com a beleza do próprio Cristo como o mundo de beleza criado ao longo dos séculos pela fé e a luz que brilha na face dos santos, através dos quais a própria luz do Senhor se torna visível.
É pela falta dessa realidade que sentimos o peso de um cristianismo sem graça, de uma Igreja burocrática, de uma falta de espiritualidade sólida e profunda... É preciso urgentemente uma Igreja que volte ao silêncio, que volte ao belo, que volte ao rito litúrgico, que volte ao Cristo! O Santo Padre Bento XVI tem tentado bravamente fazer que o clero volte a este caminho. Poucos têm compreendido seu apelo e correspondido ao seu chamamento...
Abaixo um triste exemplo da feiúra em que caiu o Ocidente cristão e da beleza genuinamente cristã, aqui representada numa Missa do Patriarcado de Moscou... Que vergonha para nós! Que tristeza! Que vulgaridade!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Festa do Preciosíssimo Sangue de Cristo

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Amanhã, 1º de julho, o calendário romano tradicional (em vigor, atualmente, para a forma extraordinária) comemora a festa do Preciosíssimo Sangue. Para os que assistem a Missa tridentina, torna-se fácil lembrar de tal data. Os frequentadores do Novus Ordo, todavia, sentem o abandono dessa festa no calendário moderno.

Uma eventual reforma da reforma, aliás, muito bem poderia contemplar a volta da celebração litúrgica do Preciosíssimo Sangue, ao menos com o grau de festa. O melhor seria, contudo, que voltasse como solenidade, que é o grau equivalente à primeira classe, como era no rito antigo.

Enquanto a festa não volta para o calendário normativo, pode-se, contudo, celebrar, na forma ordinária, uma Missa votiva De pretiosissimo Sanguine DNIC, pois a data é liturgicamente livre. Nos dias feriais em que não há solenidade, festa ou memória obrigatória, pode-se celebrar uma Missa votiva, e, pois, nada é mais adequado, para o 1º de julho, do que a votiva do Sangue do Senhor, que se encontra no Missal Romano pós-conciliar, seja em latim, seja em português.

Fica a sugestão para apresentar ao seu pároco, caro leitor: que ele, no lugar da Missa ferial, celebre essa votiva.

Em latim, o Próprio da Missa votiva, segundo a forma ordinária (rito moderno), é o que segue:

DE PRETIOSISSIMO SANGUINE
DOMINI NOSTRI IESU CHRISTI

In hac Missa adhibetur color ruber.

Ant. ad introitum Cf. Ap 5, 9-10
Redemísti nos, Dómine, in Sánguine tuo,
ex omni tribu et lingua et pópulo et natióne,
et fecísti nos Deo nostro regnum.

Collecta
Deus, qui pretióso Unigéniti tui Sánguine
univérsos hómines redemísti,
consérva in nobis opus misericórdiæ tuæ,
ut, nostræ salútis mystérium iúgiter recoléntes,
eiúsdem fructum cónsequi mereámur.
Per Dóminum.

Super oblata
Maiestáti tuæ, Dómine,
oblatiónis nostræ múnera proferéntes,
ad novi testaménti Mediatórem Iesum
his mystériis accedámus,
eiúsque aspersiónem Sánguinis salutíferam innovémus.
Qui vivit et regnat in sǽcula sæculórum.

Præfatio I de Passione Domini, p. 528.

Ant. ad communionem Cf. 1 Cor 10, 16
Calix benedictiónis, cui benedícimus,
communicátio Sánguinis Christi est;
et panis, quem frángimus,
participátio Córporis Dómini est.

Post communionem
Cibo refécti, Dómine, potúque salútis,
Salvatóris nostri, quǽsumus,
semper Sánguine perfundámur,
qui fons aquæ nobis fiat in vitam saliéntis ætérnam.
Per Christum.

Vel:
Refécti cibo potúque cælésti, quǽsumus, omnípotens Deus,
ut ab hóstium deféndas formídine,
quos pretióso Fílii tui Sánguine redemísti.
Qui vivit et regnat in sǽcula sæculórum.

Lembremos que a festa foi instituída pelo Papa Beato Pio IX, em ação de graças pela libertação de Roma, após a revolução nacionalista anticlerical que o obrigara a exilar-se em Gaeta.





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