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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Um "filho do Cardeal Siri" como Patriarca de Veneza?

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Dom Francesco Moraglia natural da Arquidiocese de Gênova e ordenado presbítero em 1977 pelo Cardeal Siri está sendo apontado para suceder o Cardeal Angelo Scola, como patriarca de Veneza. O atual bispo de La Spezia é conhecido pela sua defesa da "hermenêutica da continuidade" na Sagrada Liturgia. Foi Ordenado Bispo pelo atual presidente da Conferência Episcopal Italiana, o Cardeal Angelo Bagnasco e tendo como um dos bispos ordenantes o Cardeal Mauro Piacenza.
A nomeação do Patriarca de Veneza e futuro Cardeal da Santa Igreja Católica deverá sair em breve, resta-nos rezar...






Dom Francesco Moraglia, bispo de La Spezia-Sarzana-Brugnato, conferido em 7 de Dezembro, a ordem sagrada dos diáconos a dois seminaristas na Catedral de Cristo Rei, em La Spezia.
















 

Santa Missa Ad Orietem no Novus Ordo celebrada em 07 de setembro 2009 por Dom  Francesco Moraglia,

Missa Rorate e encontro de corais em Paranaguá – dezembro de 2011

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Recebemos o gentil e-mail do Pe. André:

Prezado  Dr. Rafael, e demais amigos,

Mando-Lhe em anexo as fotos de nossa Santa Missa Rorate de dezembro de 2011.

É o segundo ano que é celebrada na Igreja de São Francisco das Chagas de Paranaguá - PR. A celebração foi na forma ordinária do Rito Romano, versus Deum do ofertório em diante.

Após a Santa Missa foi realizado o segundo encontro de corais com belos cantos natalinos clássicos polifônicos.

Aproveito a oportunidade para divulgar o Blog da Igreja de São Francisco, que está on line desde o domingo, dia 08.I.012.

Cordiais saudações e obrigado pela divulgação.

Atenciosamente,
Pe. Dr. André Luís Buchmann de Andrade
Chanceler do Bispado de Paranaguá e Reitor da Igreja de São Francisco das
Chagas

Abaixo, as fotos:

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domingo, 22 de janeiro de 2012

Primeira paróquia anglicana dos EUA a aderir oficialmente ao Ordinariato

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Uma paróquia anglicana INTEIRA de Baltimore, a Mount Calvary Church, na Diocese Episcopal de Maryland (ligada a Cantuária – The Episcopal Church, portanto, e não à Traditional Anglican Communion), será recebida na Igreja Católica, mediante o Ordinariato Pessoal da Cátedra de São Pedro, nos EUA.

A cerimônia se dará durante a Santa Missa, cantada e solene (Sollemn High Mass), na qual haverá o sacramento da Crisma. A Missa será presidida pelo Pe. Jeffrey Steenson, Ordinário, às 10h da manhã, hora local, de hoje, 22 de janeiro.

Às 16h30, haverá o canto do Evensong (um misto de Vésperas com Completas, segundo a tradição litúrgica anglicana), suponho que no “anglican use”.

A paróquia inteira, inclusive o edifício e o terreno, passarão para a propriedade do Ordinariato, que restituirá monetariamente a Igreja Aglicana.

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Espera-se que, com o tempo, outras paróquias, comunidades, grupos, colégios, orfanatos, hospitais e congregações religiosas anglicanas nos EUA – quer da The Episcopal Church, ligada à Anglican Communion (Cantuária, oficiais), quer da The Anglican Church, ligada à Traditional Anglican Communion (continuantes) – juntem-se ao Ordinariato, bem como dele façam parte as já erigidas paróquias “anglican use” americanas, atualmente incorporadas nas respectivas dioceses católicas.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Música litúrgica - o Agnus Dei

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Em 2010, iniciei aqui no Salvem a Liturgia uma série de textos sobre o Ordinário da Santa Missa. A evolução foi bastante lenta, e neste primeiro mês de 2012 chega finalmente o momento de falar da última parte do Ordinário, o Agnus Dei.

Antes de começar, recapitulo os links para os textos das partes anteriores:

Introdução ao Ordinário

Kyrie - primeira parte

Kyrie - segunda parte

Gloria

Credo

Sanctus

*

O Cordeiro de Deus (em latim Agnus Dei) é quinto e último integrante do Ordinário da Missa. Seu texto de compõe das seguintes invocações:
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Em latim:
Agnus Dei qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem.
Mais uma vez, as Sagradas Escrituras são fonte dos textos litúrgicos. O leitor encontrará no Evangelho segundo São João, no versículo 36 de seu primeiro capítulo:
E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus.
Na Vulgata:
et respiciens Jesum ambulantem dicit ecce agnus Dei
É São João Batista quem avista Jesus passando e profere este solene título dado pela Igreja ao Messias desde o início e para sempre.

Na Missa, o Agnus Dei acompanha a fração do pão, rito abordado no número 83 da Instrução Geral do Missal Romano:
Fração do pão
83. O sacerdote parte o pão eucarístico. (...)
Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice, a schola ou um cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz.
Omiti um trecho do texto original, que transcreverei mais adiante por se tratar de uma explicação do significado da fração do pão. 

Por enquanto vamos considerar o texto do Agnus Dei. Como o leitor pôde observar, a Instrução do Missal diz que a invocação "pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito". Isto significa que a invocação que termina com "tende piedade de nós" ("miserere nobis") pode ser enunciada mais do que as duas vezes a que estamos habituados.

As melodias gregorianas para o Agnus Dei, entretanto, seguem este modelo que conhecemos: duas invocações terminadas por "tende piedade de nós" e uma terceira terminada por "dai-nos a paz".

Mais uma vez é necessário observar que o texto não deve ser alterado nem sofrer acréscimos. Eventualmente se ouve, em certas igrejas, um Cordeiro de Deus com o acréscimo "morreste por causa de nós, foste imolado em nosso lugar" - o que, certamente, não deveria acontecer. Sabemos que muitos são os casos de composições para o Ordinário que mutilam o texto ou acrescentam palavras indevidas; falei disto nos outros textos desta série, às vezes examinando casos concretos; isto deve já estar suficientemente claro para muitos, incluindo nossos leitores. E para que não se diga que é algum tipo de ideia inventada pelo Salvem a Liturgia, observo que comentários escritos por leitores indicam que muitos deles já há algum tempo estão incomodados com a violação dos textos litúrgicos. A própria IGMR se preocupa com esse erro, o que fica claro no número 53, quando se fala do Gloria:
53. O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro.
E, ainda mais, no número 366, falando do Ordinário inteiro:
366. Não é permitido substituir os cânticos do Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus (Agnus Dei), por outros cânticos.
Finalmente, transcrevo integralmente o número 83 da IGMR, agora com o trecho explicativo da fração do pão:
83. O sacerdote parte o pão eucarístico. O gesto da fração, praticado por Cristo na última Ceia, e que serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a ação eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos, se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo (1 Cor 10, 17). A fração começa depois de se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas não se deve prolongar desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono.
Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice, a schola ou um cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz.
Mantemos, neste texto, a tradição desta série sobre o Ordinário da Missa de apresentar o respectivo movimento da Missa Papae Marcelli, de Giovanni Pierluigi da Palestrina (1525-1594), um dos maiores compositores de música para a Liturgia católica (para muitos, o maior); esta Missa recebe o nome do papa Marcelo II, cujo pontificado durou 22 dias no ano de 1555. O vídeo a seguir traz apenas o primeiro Agnus, isto é: apenas a primeira invocação.



Quanto ao canto gregoriano, o Agnus Dei mais simples é o de número XVIII, cuja partitura o leitor pode ver neste link:
http://www.christusrex.org/www2/cantgreg/partituras/agnus_XVIII.gif.

E ouvir neste: http://www.christusrex.org/www2/cantgreg/cantus/agnus_18.mp3.

Trata-se da conhecida página de canto gregoriano hospedada em christusrex.org, com gravações feitas no Mosteiro de São Bento de São Paulo, cujo conteúdo geral pode ser visto neste link: http://www.christusrex.org/www2/cantgreg/index_por.html

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Não a uma Liturgia do Caminho Neocatecumenal

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Novamente, o Pe. Clécio, do Oblatvs, nos dá oportunos esclarecimentos diante da notícia que deixou alguns com a "pulga atrás da orelha":


Confirmou-se a informação de Francisco de La Cigoña: o Santo Padre não aprovou as práticas litúrgicas heterodoxas dos neocatecumenais.

Noto alguma confusão nas publicações e comentários que li sobre o assunto. O que o neocatecumenato conseguiu da Santa Sé foi a aprovação de celebrações – chamadas “não-estritamente litúrgicas” pelo Papa – que fazem parte de um itinerário catequético, os “passos”. Embora não as conheça, penso que tais celebrações sejam uma espécie de RICA (Rito de Iniciação Cristã de Adultos) dos grupos neocatecumenais. Corrijam-me se me equivoco.

Outra coisa são as práticas propriamente litúrgicas ou desenvolvidas no interior da Santa Missa em oposição às leis litúrgicas universais. Entre os exemplos se poderiam citar: a celebração da Missa fora da igreja, mesmo havendo uma; o abandono do altar por uma simples mesa ao redor da qual todos se sentam; a substituição da homilia por “ressonâncias”; o modo de distribuição da Sagrada Comunhão aos fiéis sentados e a consumação concomitante da Hóstia Sagrada, seguida da consumação do Sangue Precioso diretamente do cálice. Há também toda uma “estética” litúrgica neocatecumenal que não tem paralelo na tradição da Igreja. Se há um paralelo, ele se encontra nas liturgias protestantes.

É provável que os neocatecumenais mantenham tais práticas, desafiando – como vêm fazendo há décadas – as claras proibições e advertências contidas nos documentos magisteriais recentes. Alguns dirão que não somente no Caminho, mas nas paróquias ao redor do mundo se fazem tais coisas e outras piores – o que ninguém pode desmentir. Outra coisa, entretanto, seria uma aprovação pontifícia de práticas que contrariam o espírito e a lei da Liturgia católica.

Nem tudo está perdido, entretanto, para o Caminho Neocatecumenal. Tiveram renovada a autorização para as Missas com pequenos grupos, no sábado à tarde, segundo os estágios catequéticos em que se encontram. Estas missas, multiplicadas pelo número de grupos e em separado, costumam ser motivo de grande oposição da parte de bispos e párocos alheios ao Caminho.

Demonstrando abertura e paciência pastoral, o Santo Padre lhes deu o placet, não sem lhes dar uma breve catequese sobre liturgia e vida paroquial.

As "esquisitices" litúrgicas do caminho neocatecumenal

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O Pe. Clécio, no Oblatvs, nos traz comentários interessantes:


Relato um fato ocorrido não faz muito tempo.

Num encontro de bispos, os excelentíssimos prelados conversavam com informalidade sobre uma infinidade de temas quando um bispo tradicionalista – são tantos no mundo que se torna praticamente impossível identificá-lo – começou a discorrer sobre as “esquisitices” litúrgicas do Caminho Neocatecumenal.

Alguns de seus colegas ouviam a tudo com indisfarçável contrariedade, sem, entretanto contrariá-lo. Bispos educados não contrariam uns aos outros – na presença!

Tão logo o bispo que criticava a missa à la neocatecumenato deixou o grupo, um dos bispos contrariados com os comentários – fiel ao princípio de só contestar na ausência – emendou, arrancando risadas dos demais: “Vejam quem fala: quem celebra a missa antiga criticando as esquisitices dos outros”.

Pois é, meus amigos! Há quem considere a liturgia bimilenar da Igreja um amontoado de esquisitices. E pior: há quem julgue as práticas litúrgicas neocatecumenais meras esquisitices. Não é o caso do bispo tradicionalista; ele quis apenas ser elegante.

As missas neocatecumenais estão eivadas de práticas heterodoxas que refletem uma doutrina heterodoxa – também estou sendo elegante; o nome apropriado é outro.

Fiquei muito confortado em saber que o Santo Padre não haverá de sancionar tais práticas, como se ouvia dizer. Se a informação de Francisco de La Cigoña estiver correta (No, you can’t), as práticas litúrgicas neocatecumenais continuarão a ser o que são, ou seja, práticas ilícitas, não importando quem celebre suas missas, sejam cardeais, bispos ou sacerdotes.

A aprovação dos “ritos” neocatecumenais na missa andaria na contramão da reforma da reforma litúrgica posta em marcha pelo Papa Bento XVI, a quem muitos querem ver substituído por um mais camarada.

Devemos aguardar mais alguns dias para comemorar a vitória da Sagrada Liturgia, que nunca foi um amontoado de esquisitices, menos ainda a que nos foi legada pela tradição multissecular da Igreja.
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