terça-feira, 24 de janeiro de 2012
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Um "filho do Cardeal Siri" como Patriarca de Veneza?
Missa Rorate e encontro de corais em Paranaguá – dezembro de 2011
Recebemos o gentil e-mail do Pe. André:
Prezado Dr. Rafael, e demais amigos,
Mando-Lhe em anexo as fotos de nossa Santa Missa Rorate de dezembro de 2011.
É o segundo ano que é celebrada na Igreja de São Francisco das Chagas de Paranaguá - PR. A celebração foi na forma ordinária do Rito Romano, versus Deum do ofertório em diante.
Após a Santa Missa foi realizado o segundo encontro de corais com belos cantos natalinos clássicos polifônicos.
Aproveito a oportunidade para divulgar o Blog da Igreja de São Francisco, que está on line desde o domingo, dia 08.I.012.
Cordiais saudações e obrigado pela divulgação.
Atenciosamente,
Pe. Dr. André Luís Buchmann de Andrade
Chanceler do Bispado de Paranaguá e Reitor da Igreja de São Francisco das
Chagas
Abaixo, as fotos:
domingo, 22 de janeiro de 2012
Primeira paróquia anglicana dos EUA a aderir oficialmente ao Ordinariato
Uma paróquia anglicana INTEIRA de Baltimore, a Mount Calvary Church, na Diocese Episcopal de Maryland (ligada a Cantuária – The Episcopal Church, portanto, e não à Traditional Anglican Communion), será recebida na Igreja Católica, mediante o Ordinariato Pessoal da Cátedra de São Pedro, nos EUA.
A cerimônia se dará durante a Santa Missa, cantada e solene (Sollemn High Mass), na qual haverá o sacramento da Crisma. A Missa será presidida pelo Pe. Jeffrey Steenson, Ordinário, às 10h da manhã, hora local, de hoje, 22 de janeiro.
Às 16h30, haverá o canto do Evensong (um misto de Vésperas com Completas, segundo a tradição litúrgica anglicana), suponho que no “anglican use”.
A paróquia inteira, inclusive o edifício e o terreno, passarão para a propriedade do Ordinariato, que restituirá monetariamente a Igreja Aglicana.
Espera-se que, com o tempo, outras paróquias, comunidades, grupos, colégios, orfanatos, hospitais e congregações religiosas anglicanas nos EUA – quer da The Episcopal Church, ligada à Anglican Communion (Cantuária, oficiais), quer da The Anglican Church, ligada à Traditional Anglican Communion (continuantes) – juntem-se ao Ordinariato, bem como dele façam parte as já erigidas paróquias “anglican use” americanas, atualmente incorporadas nas respectivas dioceses católicas.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Música litúrgica - o Agnus Dei
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, dai-nos a paz.
Agnus Dei qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei qui tollis peccata mundi, miserere nobis.
Agnus Dei qui tollis peccata mundi, dona nobis pacem.
E, avistando Jesus que ia passando, disse: Eis o Cordeiro de Deus.
et respiciens Jesum ambulantem dicit ecce agnus Dei
Fração do pão83. O sacerdote parte o pão eucarístico. (...)Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice, a schola ou um cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz.
53. O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro.
366. Não é permitido substituir os cânticos do Ordinário da Missa, por exemplo, o Cordeiro de Deus (Agnus Dei), por outros cânticos.
83. O sacerdote parte o pão eucarístico. O gesto da fração, praticado por Cristo na última Ceia, e que serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a ação eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos, se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo (1 Cor 10, 17). A fração começa depois de se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas não se deve prolongar desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono.
Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice, a schola ou um cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz.
Quanto ao canto gregoriano, o Agnus Dei mais simples é o de número XVIII, cuja partitura o leitor pode ver neste link:
http://www.christusrex.org/www2/cantgreg/partituras/agnus_XVIII.gif.
E ouvir neste: http://www.christusrex.org/www2/cantgreg/cantus/agnus_18.mp3.
Trata-se da conhecida página de canto gregoriano hospedada em christusrex.org, com gravações feitas no Mosteiro de São Bento de São Paulo, cujo conteúdo geral pode ser visto neste link: http://www.christusrex.org/www2/cantgreg/index_por.html
sexta-feira, 20 de janeiro de 2012
Não a uma Liturgia do Caminho Neocatecumenal
Confirmou-se a informação de Francisco de La Cigoña: o Santo Padre não aprovou as práticas litúrgicas heterodoxas dos neocatecumenais.Noto alguma confusão nas publicações e comentários que li sobre o assunto. O que o neocatecumenato conseguiu da Santa Sé foi a aprovação de celebrações – chamadas “não-estritamente litúrgicas” pelo Papa – que fazem parte de um itinerário catequético, os “passos”. Embora não as conheça, penso que tais celebrações sejam uma espécie de RICA (Rito de Iniciação Cristã de Adultos) dos grupos neocatecumenais. Corrijam-me se me equivoco.Outra coisa são as práticas propriamente litúrgicas ou desenvolvidas no interior da Santa Missa em oposição às leis litúrgicas universais. Entre os exemplos se poderiam citar: a celebração da Missa fora da igreja, mesmo havendo uma; o abandono do altar por uma simples mesa ao redor da qual todos se sentam; a substituição da homilia por “ressonâncias”; o modo de distribuição da Sagrada Comunhão aos fiéis sentados e a consumação concomitante da Hóstia Sagrada, seguida da consumação do Sangue Precioso diretamente do cálice. Há também toda uma “estética” litúrgica neocatecumenal que não tem paralelo na tradição da Igreja. Se há um paralelo, ele se encontra nas liturgias protestantes.É provável que os neocatecumenais mantenham tais práticas, desafiando – como vêm fazendo há décadas – as claras proibições e advertências contidas nos documentos magisteriais recentes. Alguns dirão que não somente no Caminho, mas nas paróquias ao redor do mundo se fazem tais coisas e outras piores – o que ninguém pode desmentir. Outra coisa, entretanto, seria uma aprovação pontifícia de práticas que contrariam o espírito e a lei da Liturgia católica.Nem tudo está perdido, entretanto, para o Caminho Neocatecumenal. Tiveram renovada a autorização para as Missas com pequenos grupos, no sábado à tarde, segundo os estágios catequéticos em que se encontram. Estas missas, multiplicadas pelo número de grupos e em separado, costumam ser motivo de grande oposição da parte de bispos e párocos alheios ao Caminho.Demonstrando abertura e paciência pastoral, o Santo Padre lhes deu o placet, não sem lhes dar uma breve catequese sobre liturgia e vida paroquial.
As "esquisitices" litúrgicas do caminho neocatecumenal
Relato um fato ocorrido não faz muito tempo.
Num encontro de bispos, os excelentíssimos prelados conversavam com informalidade sobre uma infinidade de temas quando um bispo tradicionalista – são tantos no mundo que se torna praticamente impossível identificá-lo – começou a discorrer sobre as “esquisitices” litúrgicas do Caminho Neocatecumenal.
Alguns de seus colegas ouviam a tudo com indisfarçável contrariedade, sem, entretanto contrariá-lo. Bispos educados não contrariam uns aos outros – na presença!
Tão logo o bispo que criticava a missa à la neocatecumenato deixou o grupo, um dos bispos contrariados com os comentários – fiel ao princípio de só contestar na ausência – emendou, arrancando risadas dos demais: “Vejam quem fala: quem celebra a missa antiga criticando as esquisitices dos outros”.
Pois é, meus amigos! Há quem considere a liturgia bimilenar da Igreja um amontoado de esquisitices. E pior: há quem julgue as práticas litúrgicas neocatecumenais meras esquisitices. Não é o caso do bispo tradicionalista; ele quis apenas ser elegante.
As missas neocatecumenais estão eivadas de práticas heterodoxas que refletem uma doutrina heterodoxa – também estou sendo elegante; o nome apropriado é outro.
Fiquei muito confortado em saber que o Santo Padre não haverá de sancionar tais práticas, como se ouvia dizer. Se a informação de Francisco de La Cigoña estiver correta (No, you can’t), as práticas litúrgicas neocatecumenais continuarão a ser o que são, ou seja, práticas ilícitas, não importando quem celebre suas missas, sejam cardeais, bispos ou sacerdotes.
A aprovação dos “ritos” neocatecumenais na missa andaria na contramão da reforma da reforma litúrgica posta em marcha pelo Papa Bento XVI, a quem muitos querem ver substituído por um mais camarada.
Devemos aguardar mais alguns dias para comemorar a vitória da Sagrada Liturgia, que nunca foi um amontoado de esquisitices, menos ainda a que nos foi legada pela tradição multissecular da Igreja.