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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Repostagem: Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

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Hoje celebramos a Solenidade do Sagrado Coração de Jesus.



Aproveitamos a ocasião para indicar algumas postagens já publicadas por nosso apostolado sobre o assunto:




Também convidamos a todos a rezarem mais vezes ao longo de todo este mês o Ato de Reparação ao Sacratíssimo Coração (disponível no segundo link acima) e também a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus.

Música na liturgia: orientada ao canto gregoriano

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Publicamos tradução e adaptação de trechos do artigo “'Oriented toward gregorian chant'? What does this phrase mean?”, da Irmã Joan L. Roccasalvo, C.S.J.*, publicado na Catholic News Agency. Os grifos são nossos.

Foto: Gabriel Gilder (FutureFashion)

Características da Música Orientada ao Canto Gregoriano

Para começar, música da liturgia deve soar diferente de música da rua, música de um show de rock, música cantada em uma discoteca ou música para filmes. Ela difere dos sons tipicamente associados com música romântica. É oração que se canta, oração que carrega a marca do silêncio. A orientação para o canto gregoriano envolve melodia, ritmo, tipos de som e harmonização.

Melodia. Melodias baseadas no paradigma do canto apresentam as seguintes características. Primeiro, a melodia se move para cima ou para baixo, de forma gradual. Ela quase não tem saltos mais amplos do que uma terça. Segundo, se os intervalos maiores do que uma terça são usados ​​para intensificar um texto, eles são seguidos por uma subida ou descida gradual. Um amplo intervalo ascendente de uma quinta é seguido por progressão escalar descendente; um amplo intervalo descendente de uma quinta é seguido por uma progressão escalar ascendente. Esta estrutura melódica foi quase sempre seguida por J. S. Bach. O perfil de uma linha melódica parece-se com uma onda suave. Melodias cantadas com afetação ou maneirismo peculiar não são compatíveis com a orientação para o canto gregoriano.

Ritmo. O Ritmo baseado no paradigma do canto é flexível e não tem batida vertical, por exemplo: 1-2; 1-2-3; 1-2-3-4; 1-2-3 4-5-6. Esses acentos caem verticalmente na primeira batida, ou, se não, em uma batida sincopada, algo similar ao jazz. Ritmos bruscos, pesados e frenéticos encontrados na cultura popular não são compatíveis com a orientação para o canto gregoriano. O ritmo que mais se aproxima do canto gregoriano é o padrão de subidas e quedas de ondas suaves. A batida ou tactus sobe e desce, e move-se direcionadamente, mas sem uma batida sobe-desce cadenciada.

Som. A voz é o instrumento natural que expressa os sentimentos do coração de forma mais significativa do que um instrumento musical. O órgão, o rei de todos os instrumentos, é preferível se suporta levemente as vozes. Os instrumentos de metal que, por sua própria natureza, clamam proeminência, devem ser usados ​​com moderação ou em ocasiões especiais. Nem eles nem qualquer instrumento musical devem sobrepor as vozes. Na Missa da Ressurreição, de Randall DeBruyn, os instrumentos de metal sobrepõem-se as vozes com seu barulhento som percussivo, o que a torna uma composição de missa inapropriada.

Harmonia. A maioria do canto é monofônico, cantado sem instrumentação. Mas alguns cânticos se prestam bem à harmonização. Hoje, até mesmo o canto gregoriano foi colocado em harmonias simples. As harmonias não devem assemelhar-se ao complexo estilo contrapontístico que foi banido na época da Contra-Reforma. Em conclusão, a música orientada para o canto gregoriano é a música que foi reduzida e purificada a partir do som secular.

Música Litúrgica Contemporânea: os Ordinários e os Próprios da Missa

Hoje ninguém advocaria que o canto gregoriano seja a única música cantada nas comunidades paroquiais. Esperemos que os mosteiros de clausura permitam que suas 3.000 ou mais melodias floresçam para o bem de seus hóspedes e para os tempos. A continuidade do tesouro musical da Igreja não reclama meramente o passado, também acolhe a música contemporânea que carrega a marca do transcendental.

Há uma ênfase renovada em duas direções, ambas essenciais para a participação plena dos fiéis na Missa. Primeiro, estamos testemunhando uma renovação no cantar a Missa. Ou seja, cantar as partes do Ordinário: Kyrie, Gloria, Sanctus e o Agnus Dei. Existem 18 Missas com ordinários em canto gregoriano no Liber Usualis, o livro litúrgico contendo as peças completas de canto gregoriano em latim para cada Missa do ano [NdT.: em se tratando do Ordinário da Missa, as missas em gregoriano estão tanto no Liber Usualis como no Graduale Romanum. Contudo, este último é o livro de hinos litúrgicos próprios da Missa, trazendo também os hinos em gregoriano para o Próprio, tendo sido reeditado em 1974, conforme a reforma litúrgica. Já o primeiro é mais abrangente, traz também hinos para o Ofício Divino, e não foi reeditado após a reforma litúrgica]. As Missas mais fáceis são a XVI e a XVIII, que podem ser cantadas durante a Quaresma e o Advento.

Segundo, há um interesse renovado em cantar o Próprio (as partes móveis) da Missa em vernáculo, devido aos ricos textos retirados do Velho e do Novo Testamentos. Nos anos pós-conciliares testemunhou-se muitas paróquias abandonarem as partes do Próprio prescritas para a Missa: a Entrada (ou Intróito), o Gradual [NdT.: e mesmo o Salmo Responsorial, que durante muito tempo foi substituído por um “canto de meditação”], a Antífona de Comunhão.
***

O artigo termina mencionando alguns compositores que seguem esta orientação ao gregoriano, que mencionaremos a seguir. 

Para composições em inglês, a Irmã Roccasalvo destaca os compositores do Corpus Christi Watershed, um apostolado dedicado à difusão da bela música litúrgica, bem conforme a orientação ao gregoriano retratada neste artigo. Dentre os compositores de música “moderna, acessível e bela” cita: Kevin Allen, Fr. Samuel Weber Bruce E. Ford, Jeff Ostrowski, Aristotle A. Esguerra, Arlene Oost-Zinner, Brian Michael Page, Richard Rice, Ian Williams, Kathy Pluth, David Frill, Chris Mueller, Richard Clark, Noel Jones, Charles Culbreth, Jacob Brancke e outros. 

Mas a influência do canto gregoriano vai muito além. A irmã também lembra a música da comunidade monástica francesa ecumênica de Taizé, “que criou música de silêncio e encanta aqueles que a cantam - ou melhor, rezam-na”, com hinos de ritmo livre como “Jesus, remember me when you come into your kingdom.” e “Stay here, remain with me, watch and pray”. Bem como os salmos do Pe. Joseph Gelineau, S.J., que “expressam uma pureza cristalina que é absoluta beleza, se cantadas adequadamente, e a música de Richard Proux, “que merece menção, bem como sua adorável revisão da The Community Mass” [NdT: é um arranjo de missa originalmente de 1971, bem conhecido nos Estados Unidos, revisado por Proux para a nova tradução do Missal Romano. É possível ouvi-la aqui].

“Toda música apropriada à igreja - polifonia, motetos, saltérios protestantes e outros hinos encontraram modos de adaptar seus próprios estilos às melodias e ritmos do cantochão. A música sacra das escolas Elizabetana e Anglicana, da Ucrânia e da Rússia, hinódia Protestante Reformada e muitos compositores contemporâneos também pertencem ao tesouro ampliado da Igreja, porque a sua estrutura assemelha-se a do canto gregoriano”. Hinos protestantes clássicos como “Old One Hundredth”, “For All the Saints”, “Lift High the Cross”, e muitos outros, todos beberam do gregoriano.

Mesmo grandes compositores também sofreram grande influência do gregoriano, como David Wilcox, Lucien Deiss, Leo Sowerby, Noël Goemanne, Flor Peters, e Healy Willan. E também compositores como JohnTavener e Arvo Pärt, que basearam quase todas suas composições em cantochão.


***

Dito isto, podemos dizer que também visualizamos esta mesma ênfase aqui no Brasil, embora o processo não esteja tão adiantado. Podemos citar como exemplo o trabalho sendo feito pela Arquidiocese de Campinas.

Certamente a nova tradução do Missal para o português, que ansiosamente aguardamos, será o ponto de partida para uma nova e renovada safra de música adequada à liturgia, pois orientada ao canto gregoriano.


quinta-feira, 6 de junho de 2013

O Movimento Litúrgico entre a futilidade e o bom senso

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Li recentemente o artigo do dominicano Thomas O’Meara, professor emérito de teologia na renomada Universidade de Notre Dame, nos EUA. Na sua reflexão intitulada “Qual a mensagem do desfile de moda barrocana Igreja?” o filho de São Domingos parece incidir em concepções obtusas e precipitadas tanto a respeito do papel dos símbolos na expressão da fé, como também naquilo que toca a função fenomenológica dos sinais objetivos que manifestam essa relação do homem com Deus. 

É necessário, contudo, destacar alguns pontos. Não se pode negar que muita da atual ênfase dada aos paramentos e ao ars celebrandi é reflexo natural e proporcional ao modo odioso com o qual a liturgia foi combatida desde a década de 70. A errônea compreensão da reforma litúrgica fez com que saíssemos do fausto para um pobre simplismo que não dignificava o que era celebrado. Destarte, muitos católicos atuais, em grande parte jovens, descobriram um mundo desconhecido de beleza e profundidade, de Missas celebradas com ardor e ricas em expressões simbólicas. Vale destacar, outrossim, que nesse mesma ala se incluem aqueles interesseiros que, de modo mesquinho, enxergam nos panos litúrgicos um refúgio para as suas dificuldades sexuais e psicológicas e um trampolim para a autoglorificação. Sobre estes casos não são necessários muitos detalhes, já que nos deparamos com tristes exemplos diariamente. 

O artigo de O’Meara parece, em certos aspectos, acertar quando critica o modo banal de como a beleza litúrgica se transformou em suntuosidade horizontal, desprovida de significado. Entretanto, diferentemente do dominicano, não vejo como causa apenas a descontextualização dos paramentos, como se estes necessitassem de um aporte concreto no mundo atual para que fossem "compreensíveis" aos homens. Ao contrário, uma das facetas recorrentes em todas as religiões é o caráter sagrado e universal de alguns utensílios e vestes. Ainda que estes objetos tenham tido uma origem ordinária na comunidade de crentes, foi se diferenciando ao ser tocado pelo sagrado. Com o decorrer dos tempos, de modo natural, estes mesmos objetos, agora sacralizados, foram sumindo no uso cotidiano e se tornando de uso particular dos momentos de culto e adoração. Nesse sentido, partindo deste método fenomenológico, um paramento não se diferencia em nada de uma bacia de cobre usada em ritos tradicionais africanos ou na turbah, um pedaço de terra ou barro, usado pelos xiitas nas suas orações. 

Negar, portanto, a singularidade dos paramentos recorrendo ao argumento histórico é totalmente absurdo. Ainda que hoje o homem moderno sequer saiba qual seja a origem de uma casula ou até mesmo de uma batina, o fato é que compreende a força simbólica sacral que trazem consigo. O’Meara, ao incidir no historicismo, corre o risco de contextualizar os próprios dogmas, sendo estes expressões objetivas da verdade. Em tal processo cairia em heresia crassa negando a universalidade do conteúdo da fé. O anacronismo que ele usa como regra para criticar os paramentos é fruto de uma concepção ideológica, isto é, daquela “ditadura da novidade” na qual o novo sempre se impõe diante do antigo, do tradicional, do já experimentado. A grande dificuldade de tal cosmologia é que se choca com a dinâmica mesma do cristianismo: uma fé que se identifica com a conservação de uma mensagem de 2000 anos. 

Fica claro, ademais, que a crítica aos paramentos e aos hábitos eclesiásticos se forma no modo horizontal com que concebe a experiência da fé. Considerar os panos e as alfaias os grandes responsáveis pela má comunicação da mensagem evangélica é tão exagerado como considerar que as rendas e os brocados poderão acabar com a crise da religião. Nesse sentido tanto os devotos como os inimigos das casulas e mitras se unem numa pobre concepção a respeito do cristianismo. Ambos reduzindo a atualidade da Revelação aos aspectos externos. Destarte, é importante pontuar que em certo sentido o autor capta devidamente o espírito banal e vazio que tomou conta do senso litúrgico atual. Desta corrupção surge o devotamento pelos paramentos romanos, em detrimento do estilo gótico, a busca pelo suntuoso apenas pelo seu esplendor estético, a tentativa de transformar a celebração numa encenação de um passado – ideologicamente - almejado. Obviamente existem paramentos que são mais adequados ao gosto do tempo. Foi justamente dessa experiência que surgiram os diversos estilos que enriquecem esteticamente a Igreja. Há, contudo, uma sombra ideológica pairando sobre o movimento litúrgico atual que se forma na simplória leitura da crise da liturgia. 

Esse período de dificuldades no “lex orandi” – que afetara o “lex credendi” – não será resolvido magicamente com o uso de casulas romanas e capas magnas. Ainda mais quando fora da liturgia aqueles que se paramentam dignamente se portam escandalosamente. É claro que os paramentos têm um papel relevante, mas o que tantos teólogos destacam – e sim, este é um problema teológico e não meramente rubricista – é algo anterior a esta discussão se a estola é “pata-de-leão” ou “inculturada” ou se o bispo usa mitra moderna ou gótica. O verdadeiro e bom movimento litúrgico se preocupa com a renovação espiritual da mística própria da celebração. A partir daí é possível, em seguida, desenvolver todo um esforço apostólico pelo acertado uso das vestes sagradas. 

Vale destacar, portanto, que os paramentos, as batinas e os hábitos, quando usados e compreendidos de modo profundo, não são meros suportes visuais, mas sim externalizações de realidades espirituais e invisíveis aos olhos humanos. Ainda que haja aqueles adeptos da futilidade litúrgica, nada disso invalida a relevância do apostolado litúrgico como ponto nevrálgico da correta catequese. Justamente por isso pode-se dizer que a reflexão do O’Meara, ainda que comece com uma crítica aos paramentos, tem sua origem em pressupostos heréticos que relativizam a universalidade da verdade anunciada e vivida pelo cristianismo.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Diferença entre Solenidades, Festas e Memórias

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Recebemos a seguinte dúvida de uma leitora:
Oi, boa noite, eu fiquei curiosa para saber exatamente qual a diferença entre festa, memorial e solenidade, além do significado claro das palavras.
Jaqueline Nascimento
Para respondê-la, replicamos um resposta do Pe. Edward McNamara, LC, a uma dúvida similar:
ROMA, sexta-feira, 5 de outubro de 2012 (ZENIT.org) - Um sacerdote do Sri Lanka enviou a seguinte pergunta ao padre Edward McNamara:

Nós, como católicos, geralmente usamos a palavra "festa" para referir-se a tudo: festas da Igreja, de vários santos, da Nossa Mãe, do Corpus Christi, etc. Sabemos também que existem três tipos de festas celebrações: memoriais, festas e solenidades. Por favor, poderia falar um pouco sobre essas três categorias? Além disso, por que Corpus Christi não é um dia de preceito? - R.D., Enderamulla, Sri Lanka

Padre McNamara respondeu:

Na verdade, nós usamos a palavra "festa", em referência a qualquer tipo de festa, mesmo se a palavra tem um significado técnico preciso na hierarquia das celebrações. Não há grande dificuldade nisso, porque normalmente o contexto esclarece se estamos falando tecnicamente ou no geral.

As três classes básicas são as mencionadas pelo nosso leitor, mesmo se as ‘memórias’, muitas vezes, são divididas em obrigatórias e facultativas. Existem outros meios para classificar as celebrações que dão diversos números e categorias. Por exemplo, se se classifica com base em quais missa podem ser celebradas num determinado dia, chega-se a sete grupos de celebrações.

A diferença entre as três categorias básicas reside na sua importância, que por sua vez, reflete-se na presença ou ausência de diferentes elementos litúrgicos.

As solenidades são o mais alto grau e normalmente são reservadas para os mistérios mais importantes da fé. Estes incluem a Páscoa, o Pentecostes e a Imaculada Conceição, os principais títulos de Nosso Senhor, como os de Rei e do Sagrado Coração, e as celebrações que honram alguns santos de especial importância na história da salvação, como a festa dos Santos Pedro e Paulo, e de São João Batista no dia do seu nascimento.

As solenidades tiveram os mesmos elementos básicos de um Domingo: três leituras, a oração dos fiéis, o Credo e o Glória que é recitado também quando a solenidade ocorre durante o Advento ou a Quaresma. Tem também fórmulas de orações próprias exclusivas para o dia: antífona de entrada, a oração de abertura, a oração sobre as oferendas, Antífona da Comunhão, e a oração depois da Comunhão. Na maioria dos casos, existe também um prefácio especial.

Algumas solenidades são também festas de preceito, mas estas variam de país para país.

Uma solenidade é celebrada se cai no Domingo do tempo ordinário ou do tempo de Natal. Mas normalmente é transferida para a segunda-feira seguinte se cai num Domingo de Advento, de Quaresma e de Páscoa, ou durante a Semana Santa ou a oitava de Páscoa. Uma festa honra um mistério ou um título do Senhor, de Nossa Senhora, dos santos de particular importância (como os apóstolos e os evangelistas) e alguns santos importantes historicamente como o diácono São Lourenço.

A festa geralmente tem algumas orações próprias, mas tem apenas duas leituras mais o Gloria. As Festas do Senhor, como a Transfiguração e a Exaltação da Santa Cruz, ao contrário de outras festas, são celebradas quando caem no Domingo. Em tais ocasiões têm três leituras, o Glória e o Credo.

Uma memória é geralmente de santos, mas pode também celebrar algum aspecto do Senhor ou de Maria. Por exemplo, a memória facultativa do Santo Nome de Jesus ou a memória obrigatória do Coração Imaculado de Maria.

Do ponto de vista dos elementos litúrgicos não há diferença entre a memória facultativa e a obrigatória. A memória tem pelo menos uma oração própria de abertura e pode ter leituras próprias adequadas para o santo que é celebrado. As leituras do dia podem ser utilizadas, e o lecionário desencoraja um uso excessivo de leituras específicas para os santos de modo a não interromper muito o ciclo contínuo de leituras diárias.

Por outro lado, as leituras específicas devem sempre ser utilizadas por alguns santos, especialmente aqueles especificamente mencionados nas mesmas leituras, como por exemplo Marta, Maria Madalena e Bernabé.

Durante a Quaresma e Advento, do 17 ao 24 de Dezembro, podem-se celebrar memórias somente como comemorações. Em outras palavras, somente a oração coleta do santo é usada e todo o resto vem do dia.

O dia 2 de novembro, Dia de Finados, pertence a uma classe especial, que, sem ser uma solenidade, tem prioridade sobre o Domingo.

É também importante notar que a mesma celebração pode ter uma classificação diferente em diversas áreas geográficas, como algumas celebrações e santos são venerados mais num lugar do que em outro. Por exemplo, São Bento, uma memória obrigatória no calendário universal, é uma festa na Europa, desde o momento que é um dos seus patronos. Mas é considerado somente uma solenidade na diocese e na abadia de Montecassino, onde está enterrado.

Finalmente, a decisão de se uma solenidade, como o Corpo e o Sangue do Senhor, é um dia de preceito é da Conferência Episcopal, que decide sobre a base da realidade pastoral de cada país. Alguns mantiveram a tradicional celebração da Quinta-feira e a mantiveram como festa de preceito; outros poderiam ter mantido o dia, mas sem a obrigação. Muitos preferiram transferir a celebração para o Domingo seguinte, a fim de garantir a celebração com o maior número de fiéis.

O Vaticano, por exemplo, continua a tradicional festa de quinta-feira, e em seguida a procissão do Santo Padre com o Santíssimo Sacramento acontece no mesmo dia. A Diocese de Roma, no entanto, junto com o resto da Itália, a celebra no Domingo seguinte.

[Tradução do Italiano por Thácio Siqueira]

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Corpus Christi em Esmeralda, RS

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O Pe. João Carlos Zanella, pároco de Esmeralda, RS, Diocese de Vacaria, nos Campos de Cima da Serra, nos envia as fotos de seu belíssimo e "estilo reforma da reforma" Corpus Christi:

1 10 78 912 13  15 32  4 5 6

Dúvidas sobre liturgia? O Salvem a Liturgia responde - Parte 2

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“Olá, equipe do Salvem a Liturgia! Gostaria de saber se cantar as orações eucarísticas e o cordeiro é obrigatório. O ministério de música onde canto tem sido "corrigido" quando, em certas celebrações, não cantamos pois as melodias que cantam aqui não são piedosas eu disse que a IGMR não nos obriga e me disseram que se é uma cultura da paróquia, eu tenho que fazer. O que faço?” (Igor Teles)

Prezado Igor,

Nenhum canto na Missa é obrigatório, pois a Igreja sempre nos obriga ao mínimo. Imagine se fosse exigido um coro como o da Capela Sistina em todas as Missas. Ai de nós!

Já participei de Missas dominicais que, mesmo sem cantos, foram muito mais piedosas do que muita Missa por aí cheia de instrumentos e animações. Contudo, a Igreja reconhece a importância do canto na Liturgia (IGMR, 39-41) e por isso recomenda fortemente que haja canto nos domingos e dias de preceito:

Ainda que não seja necessário cantar sempre todos os textos de per si destinados ao canto, por exemplo nas Missas dos dias de semana, deve-se zelar para que não falte o canto dos ministros e do povo nas celebrações dos domingos e festas de preceito. (IGMR, 40)

Não é necessário, contudo, que todas as partes "cantáveis" sejam de fato cantadas:

Na escolha das partes que de fato são cantadas, deve-se dar preferência às mais importantes e sobretudo àquelas que o sacerdote, o diácono, o leitor cantam com respostas do povo; ou então àquelas que o sacerdote e o povo devem proferir simultaneamente. (IGMR, 40)

Dentre estas partes estão certamente aquelas que compõem as partes fixas (Ordinário) da Missa (i.e. Kyrie, Gloria, Sanctus, Agnus Dei, também o Credo e o Pater Noster) e aquelas que acompanham algum rito (como a Procissão de Entrada, do Ofertório, da Comunhão). Faz-se necessário deixar claro que não é preciso que todas sejam cantadas.

Quanto às Orações Eucarísticas, você fala em cantá-las. Como quem canta a Oração Eucarística é o sacerdote e eventuais concelebrantes), imagino que esteja se referindo a cantar as respostas para os diversos parágrafos das Orações Eucarísticas, que foram aprovadas em forma experimental para o Brasil. Sendo este o caso, minha opinião pessoal é que só deveriam ser cantadas quando o sacerdote também canta o trecho que antecede a resposta.


Fique com Deus,
Daniel Volpato


“Meus amigos do Salve a Liturgia gostaria de saber onde posso encontrar o Missal Cotidiano à venda? De preferência não muito velho. Desde Já agradeço.” (Wesley Almeida)

Prezado Wesley,

O autor da pergunta não especificou se o Missal é para a Forma Ordinária ou Extraordinária do Rito Romano. No primeiro caso é possível encontrá-lo em livrarias católicas, sob o título de Missal da Assembléia Cristã, publicado pela Paulus. E em ambos os casos é possível encontrá-lo em sebos físicos e virtuais como o Estante Virtual. No caso específico do Usus Antiquior ele pode ser encomendado pelo site Missa Tridentina.

Fique com Deus,
Daniel Volpato


“Se uma pessoa se confessar a um sacerdote e, ao invés desse sacerdote dar a fórmula da absorvição: "Eu te absorvo, em nome do Pai e do filho e do Espírito Santo". Ele diz com reta intenção: "Filho, teus pecados estão perdoados em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo". Essa confissão foi válida?” (Lucas Lima)

Prezado Lucas,


Infelizmente não. Um dos requisitos para a validade de um sacramento é a forma. No caso da Reconciliação, o mínimo para a validade é que o sacerdote diga:  “E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.”

A paz,
Daniel Volpato


“Por que na Sexta Feira Santa o rito litúrgico se chama "Adoração da Santa Cruz"? Se a cruz não é Deus?” (Victor da Silva Oliveira)

Prezado Victor,

É porque trata-se de culto relativo, não de culto absoluto. Este é dirigido às pessoas que são objeto de culto, enquanto aquele é prestado às imagens ou relíquias com as quais as pessoas se relacionam, sendo em última instância também dirigidos a elas. O delegado já respondeu essa no Veritatis: http://www.veritatis.com.br/inicio/espaco-leitor/5617-leitor-espanta-se-com-a-expressao-adoracao-da-cruz.

Fique com Deus,
Daniel Volpato

“É correto o leitor receber a Sagrada Comunhão no presbíterio?” (João Victor Rodrigues Santos)

Prezado João Victor,

Se ele já se encontra sentado no presbitério desde o início da Missa, me parece melhor que receba ali mesmo. Se ele se encontra na nave e sobe apenas para comungar no presbitério, definitivamente não.

Contudo, a pergunta a ser feita é qual o local ideal para o leitor sentar. Pelo fato de que a maioria dos leitores que vemos por aí servem como leitores extraordinários, não tendo sido instituídos para tal, e pela própria natureza do ministério instituído do leitorato e pelo papel que ele exerce na Liturgia, penso que é melhor que ele sente na nave, em bancos próximos ao presbitério. E, neste caso, comungue também na nave, juntamente com o povo.

A paz,
Daniel Volpato

“Um seminarista pode usar hábito eclesiástico?” (Guilherme Pimentel)

Prezado Guilherme,

Sim. Contudo, quem decide de fato a roupa dos seminaristas é o Ordinário local.

Fique com Deus,
Daniel Volpato

sábado, 1 de junho de 2013

Corpus Christi no Mater Ecclesiae, dos Legionários de Cristo, em Itapecerica da Serra, SP

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Trata-se de um seminário dos Legionários de Cristo para a formação de sacerdotes diocesanos. Atuarão os futuros padres nas dioceses brasileiras e desde já aprendem como se celebra bem a liturgia, se conservam as tradições católicas e se ensina a verdadeira doutrina, fidelíssimos ao Magistério da Igreja! As fotos foram tiradas do perfil de Facebook do Pe. Antonio Rivero Regidor, LC.


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