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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Na Missa, a rotina é NECESSÁRIA!

Por Edem de Almeirda

Certa vez li um texto redigido por um protestante onde criticava o quanto enfadonho deveria ser, para Maria, ouvir, de cada católico, cinqüenta Ave-Marias por dia. Errou duas vezes: Maria aconselha a recitação do terço e, infelizmente, não são todos os católicos que o fazem diariamente.

Ele também não entendeu que o tédio não está na oração do terço, mas na pessoa que não compreende que o amor humano se constrói justamente na rotina, no ordinário, como pregou São José Maria Escrivá. Quem não ama o dia-a-dia, não ama.

Tentar eliminar a santa rotina da Missa é desencarná-la. Rechear o rito sagrado, intencionando com isso torná-lo menos aborrecido, desfigura o melhor sinal da unidade da Igreja de Cristo; e, paradoxalmente, a introdução de adornos de gosto questionável vão tornando cansativo o encontro eucarístico.

Seguindo aquele protestante que não via qualquer possibilidade de viver o amor na rotina, esses “sacerdotes-gugus” e “sacerdotes-silvio-santos” transbordam seu aborrecimento interior tentando criar uma missa surpresa a cada domingo. Aparentando uma felicidade incontida, diante de uma platéia que não tem quem lhe ensine como rezar, na realidade, desnudam sua profunda tristeza e frustração com a própria vocação.

O sacerdote que transfere para a assembléia as orações que lhe cabe apresenta um sintoma de distúrbio de identidade. Esses padres estão convencidos, por uma ideologia insidiosa, que nada valem, pois o que vale é o povo. Estão persuadidos de que nada têm a transmitir ao povo - nem a Graça, é o povo que sabe tudo. É do povo que viria o verdadeiro sacerdócio, e que seu sacerdócio nada mais é que uma forma de opressão dos leigos. A conseqüência mais perniciosa dessa forma de viver (?) o ministério é o entorpecimento da consciência, levando o padre a abandonar o Povo de Deus à sua sorte. Com a desculpa de democratizar sua liderança religiosa, se acovarda, se acomoda, deixando as ovelhas presas fáceis.

3 comentários:

  1. Edem, só uma dúvida: onde Maria diz que é aconselhável o recitar terços independentemente das vezes?

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    Respostas
    1. Olá, boa tarde William. Creio que ele tenha se referido às aparições de Maria sob os diversos títulos que possue (a Igreja não possui uma posição definida quanto a isso, não é até então, dogma de fé). De qualquer forma rezar o santo terço é reviver com Maria, a vida de Jesus.

      Abraço fraterno. Jesus esteja em sua alma.

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  2. Maria disse isso nas aparições de Fátima.

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