Há duas formas possíveis de representação dos reis magos na iconografia: a histórica e a alegórica. A forma histórica foca o episódio comemorado: o relato dos Santos Evangelhos da adoração de Nosso Senhor Jesus Cristo pelos magos do Oriente. A representação alegórica, por outro lado, foca no significado da festa e do episódio comemorado: a manifestação de Cristo ao mundo e seu reconhecimento pelos povos pagãos, representados na figura dos magos.[1]
A representação mais utilizada nos primeiros séculos da Igreja e durante a antiguidade tardia foi a histórica. Os magos eram representados vestidos em trajes persas[2] reverenciando o Menino Jesus, etronizado ou sentado no colo da Virgem. É assim que o vemos representados nos túmulos dos primeiros cristãos e nos mosaicos das basílicas.
A representação mais utilizada nos primeiros séculos da Igreja e durante a antiguidade tardia foi a histórica. Os magos eram representados vestidos em trajes persas[2] reverenciando o Menino Jesus, etronizado ou sentado no colo da Virgem. É assim que o vemos representados nos túmulos dos primeiros cristãos e nos mosaicos das basílicas.
É importante que conheçamos esses pormenores das representações iconográficas das cenas do Evangelho e das festas litúrgicas para podermos penetrar melhor em seus significados. Mais do que uma ocasional visita de importantes pessoas do Oriente, a adoração dos Magos é um sinal de que Cristo veio para salvar a todas as nações. Por isso que enviou o sinal aos pagãos do Oriente para que pudessem vir a conhecê-Lo e prestar-Lhe homenagem.
Notas:
[1] Para histórico e significado da festa da Epifania, consulte: MARTYNDALE, Cyril. Verbete "Epifanía". In: Enciclopédia Católica. Disponível em: http://es.aciprensa.com/e/epifania.htm
[2] Os magos eram provavelmente sacerdotes e astrólogos Medos (os medos eram um povo da pérsia). De fato, era isso que a palavra grega magoi geralmente designava. A favor desta tese estão os testemunhos da primitiva iconografia cristã que sempre os representou trajados aos moldes sacerdotais persas. Tertuliano no século III disse que os magos seriam de estirpe régia, o que é possível dado que os magos integraram algumas dinastias persas e durante a dinastia dos Partos exerceram funções de conselheiros reais. Não se sabe ao certo quantos eram, mas a tradição posterior acabou fixando o número três, baseando-se no fato de terem sido três os presentes oferecidos a Cristo. É provável que tenham vigiado com grande comitiva, haja vista serem pessoas de prestígio e estarem fazendo uma viagem de longo percurso. Para mais informações sobre os Magos, vide: DRUM, Walter. Verbete "Reyes Magos". In: Enciclopedia Católica. Disponível em:
http://ec.aciprensa.com/m/magos.htm
[3] Provavelmente essa nova forma de representação tenha sido fortemente influenciada pelo alegorismo litúrgico, surgido a partir da Alta Idade Média. De fato, a Liturgia da Igreja aplica para a solenidade da Epifania as palavras do Profeta Isaías Omnes de Saba venient aurum et thus deferentes et laudem Domino annuntiantes (Is 60, 6) para o Gradual e o verso do Salmista Reges Tharsis et insulae munera offerent reges Arabum et Saba dona adducent et adorabunt eum omnes reges terrae omnes gentes servient ei (Sl 71, 10-11) para o Ofertório da Missa. Para maiores informações sobre o alegorismo litúrgico vide: JUNGMANN, Josef Andreas, SJ. Missarum Solemnia - Origens, liturgia, história e teologia da Missa Romana. São Paulo: Paulus, 2009. pp. 102-108; RIGHETTI, Mario, OSB. Historia de la Liturgia. Vol. I. Madrid: Biblioteca de Auctores Cristianos, 1955. pp. 55-58.
Notas:
[1] Para histórico e significado da festa da Epifania, consulte: MARTYNDALE, Cyril. Verbete "Epifanía". In: Enciclopédia Católica. Disponível em: http://es.aciprensa.com/e/epifania.htm
[2] Os magos eram provavelmente sacerdotes e astrólogos Medos (os medos eram um povo da pérsia). De fato, era isso que a palavra grega magoi geralmente designava. A favor desta tese estão os testemunhos da primitiva iconografia cristã que sempre os representou trajados aos moldes sacerdotais persas. Tertuliano no século III disse que os magos seriam de estirpe régia, o que é possível dado que os magos integraram algumas dinastias persas e durante a dinastia dos Partos exerceram funções de conselheiros reais. Não se sabe ao certo quantos eram, mas a tradição posterior acabou fixando o número três, baseando-se no fato de terem sido três os presentes oferecidos a Cristo. É provável que tenham vigiado com grande comitiva, haja vista serem pessoas de prestígio e estarem fazendo uma viagem de longo percurso. Para mais informações sobre os Magos, vide: DRUM, Walter. Verbete "Reyes Magos". In: Enciclopedia Católica. Disponível em:
http://ec.aciprensa.com/m/magos.htm
[3] Provavelmente essa nova forma de representação tenha sido fortemente influenciada pelo alegorismo litúrgico, surgido a partir da Alta Idade Média. De fato, a Liturgia da Igreja aplica para a solenidade da Epifania as palavras do Profeta Isaías Omnes de Saba venient aurum et thus deferentes et laudem Domino annuntiantes (Is 60, 6) para o Gradual e o verso do Salmista Reges Tharsis et insulae munera offerent reges Arabum et Saba dona adducent et adorabunt eum omnes reges terrae omnes gentes servient ei (Sl 71, 10-11) para o Ofertório da Missa. Para maiores informações sobre o alegorismo litúrgico vide: JUNGMANN, Josef Andreas, SJ. Missarum Solemnia - Origens, liturgia, história e teologia da Missa Romana. São Paulo: Paulus, 2009. pp. 102-108; RIGHETTI, Mario, OSB. Historia de la Liturgia. Vol. I. Madrid: Biblioteca de Auctores Cristianos, 1955. pp. 55-58.