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domingo, 12 de outubro de 2014

Rito e Santa Missa de Posse do novo Arcebispo Militar do Brasil, Dom Fernando José Monteiro Guimarães

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A Arquidiocese Militar.

A Arquidiocese Militar responde pelo atendimento pastoral das Capelanias militares católicas espalhadas por todo o território brasileiro, tendo como seus diocesanos os militares católicos pertencentes às Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) e às Forças Auxiliares (Polícias Militares estaduais e Corpos de Bombeiros Militares), juntamente com os seus familiares, não excetuados os militares da reserva remunerada e reformados, com seus respectivos dependentes. O Clero da Arquidiocese é constituído por padres e diáconos pertencentes às próprias Forças Armadas ou Forças Auxiliares, como também por padres e diáconos civis, que prestam serviço nas Capelanias. Possui também seu quadro próprio de seminaristas.

A Constituição brasileira de 1988 prevê, no art. 5, inciso VII, que é “assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva”. A Lei 6.293, de 29 de junho de 1981, alterada pela Lei 7.672, de 23 de setembro de 1988, organizou o Serviço de Assistência Religiosa (SAR) nas Forças Armadas, que tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares e aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas.

O Ordinariado Militar do Brasil foi erigido a 6 de novembro de 1950, pelo Papa Pio XII, como Vicariato Castrense do Brasil. Por força da Constituição Apostólica Spirituali Militum Curae, de 21 de abril de 1986, passou a ser Ordinariado Militar, depois do acordo diplomático entre a Santa Sé e a República Federativa do Brasil, assinado em 23 de outubro de 1989. O atual estatuto da Arquidiocese Militar brasileira foi homologado pelo Vaticano, com o decreto “Cum Apostolicam Sedem”, de 2 de janeiro de 1990, emanado pela Congregação para os Bispos.

O Arcebispo deve ser brasileiro nato e está vinculado administrativamente ao Estado-Maior das Forças Armadas, sendo nomeado pelo Papa, após consulta ao Governo brasileiro.

O novo Arcebispo Militar.

Filho de Antônio Monteiro Guimarães e Judith Bacelar Guimarães, Fernando José Monteiro Guimarães, foi batizado aos 27 de outubro de 1946 na Igreja da Torre, em Recife. Em 1958 ingressou no Seminário Menor dos Redentoristas em Garanhuns, onde permaneceu até 1961; no ano seguinte, até 1963 completou os estudos no Seminário Redentorista de Campina Grande. Depois do noviciado, emitiu a profissão religiosa na Congregação do Santíssimo Redentor no dia 25 de janeiro de 1965, cursando posteriormente as faculdades de Filosofia e Teologia no Seminário Maior Redentorista em Juiz de Fora, até 1969.
Foi ordenado presbítero aos 15 de agosto de 1971 no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na cidade de Campos. De 1972 a 1980 exerceu o seu sacerdócio na Arquidiocese do Rio de Janeiro como assessor do Cardeal Dom Eugênio Sales; foi ainda membro do Colégio de Consultores e do Conselho Presbiteral da Arquidiocese.
Em 1980 chamado a Roma desempenhou diversas funções na Santa Sé. Em 1989 obteve o doutorado em Teologia Moral pelo Instituto Alfonsianum de Roma, e o mestrado em Direito Canônico pelo Ateneo Romano della Santa Croce. A partir do ano 2000 foi chefe do Departamento responsável pelo setor que se ocupa da vida e do ministério dos presbíteros no mundo da Congregação para o Clero, no Vaticano. Foi perito no Sínodo dos Bispos de 1990, sobre a Formação sacerdotal nas atuais circunstâncias.


Em 12 de março de 2008, foi nomeado Bispo de Garanhuns, pelo Papa Bento XVI. Foi ordenado bispo em 31 de março de 2008 pelas mãos do Cardeal Cláudio Hummes,OFM,  Prefeito da Congregação para o Clero, na Igreja de Santo Afonso de Ligório na Via Merulana em Roma. Foram concelebrantes dessa cerimônia o Cardeal Crescenzio Sepe, Arcebispo de Nápoles e Dom Mauro Piacenza, Secretário da Congregação para o Clero. Tomou posse na Diocese de Garanhuns no dia 1 de junho de 2008.
No dia 25 de janeiro de 2010, o Papa Bento XVI, nomeou Dom Fernando José membro do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica. Também exerce as seguintes funções: é membro da Comissão Especial para o estudo das causas de declaração de nulidade da Sacra Ordenação e da dispensa das obrigações do diaconato e do presbiterato; é consultor da Congregação para as Causas dos Santos e é juiz externo do Tribunal de Apelação do Vicariato de Roma.
No dia 06 de agosto de 2014, foi nomeado Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil, pelo Papa Francisco.

O Brasão e lema Episcopal.


COR NOSTRUM ARDENS (Nosso coração ardia): O lema é tirado do Evangelho de São Lucas, que descreve o encontro de dois discípulos com o Ressuscitado, no caminho de Emaús. Após ter Jesus se revelado na partilha da Palavra e na fração do Pão, os discípulos se interrogaram e constataram que seu coração ardia pelo caminho enquanto ele conversava conosco (nonne cor nostrum ardens erat in nobis, dum loqueretur nobis... Lc 24, 32). A escolha destas palavras identifica a experiência pascal que o Bispo é chamado a viver como pastor: caminhar com a sua Igreja, partilhando a Palavra e repartindo a Eucaristia, revelando a presença do Cristo ressuscitado, que percorre conosco as estradas da vida, até o Emaús do céu. O coração da Igreja deve arder, porque Ele caminha conosco!
O coração ardente é, também, uma referência a Santa Teresinha, que escreveu: No coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o Amor (Ms B, 3v).
BRASÃO: O Brasão azul, com escalão de prata, carregado com três rosas vermelhas, acompanhado por um monte de três cumes de ouro e uma estrela de sete pontas, de ouro, no cantão direito.
1. O azul simboliza o caminho das Virtudes que, através da renúncia ao que passa, impulsionam a Igreja rumo à realidade do Céu, dando testemunho da transcendência de Deus e da eternidade à qual somos todos chamados. Vejamos os elementos do Brasão:
2. O escalão é uma figura heráldica antiga que provavelmente simbolizava a trave principal do teto do edifício sob o qual se reunia a coletividade. Para os cristãos, ele representa a Igreja. O escalão é de prata, cor da transparência e, portanto, símbolo da Verdade revelada, transmitida pela Igreja. As três rosas simbolizam Santa Teresinha do Menino Jesus. Colocadas no centro do escalão, recordam as palavras da Santa: no coração da Igreja eu serei o Amor.
3. O monte é tirado do escudo da Congregação dos Missionários Redentoristas, na qual Dom Fernando Guimarães emitiu sua profissão religiosa. É de ouro, o metal mais nobre, símbolo portanto da Fé. Com efeito, é graças à Fé que podemos compreender a mensagem de Amor e de Redenção que brota do Monte Calvário.
Sobre todo o escudo esplende radiosa a estrela da Virgem Maria, nossa Mãe Celeste, cuja luz ilumina o caminho da Igreja. A estrela de sete pontas encontra-se no véu que cobre a cabeça da Virgem, no ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, entregue pelo Beato Papa Pio IX aos Missionários Redentoristas. À proteção desta Mãe, Dom Fernando confia o seu ministério pastoral e a sua Diocese.

Os preparativos.
Desde a nomeação, o Arcebispo Emérito, seu auxiliar, o clero castrense, seminaristas, forças militares e demais fiéis empenharam-se em receber o seu novo Pastor com todo afeto e dignidade que lhe é devido. Para tanto, na data escolhida para a posse, 07 de Outubro de 2014 - Memória de Nossa Senhora do Rosário - a Catedral Militar Nossa Senhora Rainha da Paz, no Eixo Monumental, em Brasília, estava repleta de fiéis, que acorreram pressurosos para a acolhida bendita daquele que veio em nome do Senhor.
Catedral Militar Nossa Senhora Rainha da Paz
Foram convidados muitos Bispos, muitos deles, amigos de longa data de Sua Excelência Reverendíssima, Dom Fernando Guimarães, bem como Sacerdotes que lhe são próximos e queridos, assim como todo o clero militar e alguns Padres de sua ex-Diocese, Garanhuns. Da mesma forma, estiveram presentes muitos outros religiosos, como Monges Beneditinos, Franciscanos Conventuais, Menores e Capuchinhos, da Imaculada, entre outros. Sacerdotes famosos como o Padre Eduardo Dougherty, SJ (Edward John Dougherty), da Associação do Senhor Jesus (TV Século 21), Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior e, do próprio clero militar, Padre Alessandro Campos, o famoso "Padre Cowboy".

Os Bispos que estiveram presentes:

Dom Adair José Guimarães, Diocese de Rubiataba-Mozarlândia-GO.
Dom Augustinho Petry, Diocese de Rio do Sul-SC.
Dom Bernardino Marchió, Diocese de Caruaru-PE.
Dom Francisco Canindé Palhano, Diocese de Bonfim-BA.
Dom Frei João Wilk, OFMConv., Diocese de Anápolis-GO.
Dom Frei Magnus Henrique Lopes, OFMCap., Diocese de Salgueiro-PE.
Dom Frei Mário Marquez, OFMCap., Diocese de Joaçaba-SC.
Dom Genival Saraiva de França, Emérito da Diocese de Palmares-PE.
Dom Gil Antônio Moreira, Arquidiocese de Juiz de Fora-MG.
Dom Jaime Vieira Rocha, Arquidiocese de Natal-RN.
Dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, Auxiliar da Arquidiocese de Brasília-DF.
Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, Auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza-CE.
Dom Karl Josef Romer, Auxiliar Emérito da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro-RJ.
Dom Marcony Vinícius Ferreira, Auxiliar da Arquidiocese de Brasília-DF.
Dom Roque Costa Souza, Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro-RJ.
Dom Valdir Mamede, Auxiliar da Arquidiocese de Brasília-DF.
Dom Washington Cruz, CP, Arquidiocese de Goiânia-GO.
Dom Frei José Ruy Gonçalves Lopes, OFMCap., Diocese de Jequié-BA.
Dom Mathias Tolentino Braga, OSB, Abade do Mosteiro de São Bento-SP.
Dom Messias dos Reis Silveira, Diocese de Uruaçu-GO.
Dom Fernando Arêas Rifan, Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, Campos-RJ
Dom Antônio Fernando Saburido,OSB, Arquidiocese de Olinda e Recife-PE.
Dom Sergio da Rocha, Arquidiocese de Brasília-DF.
Dom Osvino José Both, Emérito da Arquidiocese Militar do Brasil.
Dom José Francisco Falcão de Barros, Auxiliar da Arquidiocese Militar do Brasil.
Dom Giovanni d’Aniello, Núncio Apostólico no Brasil.

Os paramentos utilizados (casulas) foram os confeccionados para o XVI Congresso Eucarístico Nacional, ocorrido em Brasília, em 2010, sob a guarda da sacristia da Arquidiocese de Brasília. O Mestre de Cerimônias principal foi o Padre-Major Júlio César Silva Mônaco.
Casulas para os Bispos Concelebrantes
Paramentos (da esq. para a dir.) para Dom José Francisco Falcão de Barros,
Dom Giovanni d'Aniello, Dom Fernando José Monteiro Guimarães e
Dom Osvino José Both.
Mitra Pretiosa, de Dom Fernando José Guimarães.
Detalhe do seu brasão nas ínfulas da Mitra.
Credência
Cálices
 
Presbitério e Altar
Nova Cátedra, com o Brasão esculpido em madeira e pintado de bronze-dourado 
O Comentarista, Capitão Medeiros, solenemente fardado a caráter
com as indumentárias da Ordem Equestre Pontifícia de São Gregório Magno,
da qual é Cavaleiro.
Na Sacristia, enquanto o Arcebispo Emérito e seu Auxiliar recepcionavam os Bispos que chegavam, outros concediam entrevistas à imprensa presente.

Dom Osvino e Dom Rifan
Dom Karl Josef Romer e Dom Osvino
Pe. Wendell Mendonça, Dom Giovanni d'Aniello, Dom Messias dos Reis e Dom Rifan
Dom José Francisco Falcão
Dom Giovanni d'Aniello
Dom Gil Antônio Moreira, Ordinário de Juiz de Fora-MG,
aproveitando o tempo na sacristia para rezar o Terço.
Na nave da Catedral, os Sacerdotes já aguardam o início do Ritual de Posse e Santa Missa
No lado oposto, militares das três forças armadas, devidamente fardados
e sentados hierarquicamente, também aguardam o início da Cerimônia
Fora da Catedral, Comandantes das três forças armadas,
o Arcebispo Emérito e o Auxiliar, aguardam a chegada do novo Ordinário Militar
Dom Osvino e Dom José Francisco

A chegada à sua nova igreja Catedral.

Conforme a referência nº 6, do artigo 94, do Decreto nº 70.274, de 09 de Março de 1972, sobre as Normas do Cerimonial Público e Ordem Geral de Precedência, como Arcebispo Militar (ou Castrense), Dom Fernando Guimarães, detém as seguintes patentes militares e, pelas quais, recebe a devida continência ou auto:


Vale afirmar que o Arcebispo do Ordinariado Militar não é remunerado e não usa farda, diferentemente dos Capelães. 

Às 15:50hs, Dom Fernando Guimarães chegou à sua nova Catedral, recebendo as devidas honras militares. 

© Créditos desta foto: Ministério da Defesa
A Guarda Presidencial, os Dragões da Independência, lhe formam cortejo
Dom Fernando passa em revista à Guarda, que lhe presta continência solene
Dom Fernando é recepcionado por seu Predecessor, Dom Osvino Both
Recepcionado e saudado calorosamente por seu Bispo Auxiliar,
Dom José Francisco Falcão
Os três Bispos Militares sobem a rampa, para adentrarem na igreja Catedral
Desde a chegada e o encontro dos três Bispos, até sua entrada na Catedral,
a Banda Marcial da Marinha toca o Hino Pontifício

Exatamente conforme prescreve o Cerimonial dos Bispos, nº 1142, o Arcebispo foi recebido à porta da igreja Catedral pela primeira dignidade do cabido, ou, no caso, não havendo cabido, pelo reitor da mesma igreja, revestido de pluvial (Padre Silas Viana). Este, apresentou-lhe o Crucifixo para beijar, e a seguir, o aspersório da água benta, com o qual o Bispo aspergiu a si mesmo e aos presentes. Depois, foi conduzido ao Santíssimo Sacramento, que adorou, de joelhos, por alguns momentos. Em seguida, dirigiu-se para a sacristia, onde o mesmo Bispo, presbíteros concelebrantes, diáconos e restantes ministros se paramentaram para a Santa Missa, que foi celebrada segundo o rito estacional.


O Pároco da Catedral, Pe. Silas Viana, recebe Dom Fernando,
de Pluvial e lhe oferece o Crucifixo para ser osculado

 

Após o beijo do Crucifixo, aspersão com água benta
Dentro da Catedral, é acolhido pelo Núncio Apostólico no Brasil
Um breve momento de adoração ao Santíssimo Sacramento

A Paramentação.

Auxiliado pelo Seminarista castrense Matheus Fellipe, o novo Arcebispo foi revestido com os paramentos que lhe são próprios, exceto a Dalmática, da qual não fez uso, por não haver uma do conjunto da casula.















"A casula prateada e galão em veludo azul foram confeccionados pela alfaiataria D&A Paramentos. A mitra, segundo a classificação do rito antigo, é 'preciosa', dada a composição.

O prateado (e o dourado), na Liturgia, não é cor litúrgica ordinária, mas substitui o branco, o verde e o vermelho nos dias mais festivos. Esta foi a cor dos paramentos em virtude da memória de Nossa Senhora do Rosário. Por isso o azul no galão da casula, cor restrita no Brasil a detalhes porque o país não detém o privilégio papal de usá-la integralmente nos paramentos.

Devido ao fato de o Arcebispo Militar não ser Metropolitano, ou seja, não possuir dioceses sufragâneas, não solicita ao Papa o Pálio pastoral e, portanto, não o usa. Isto fica mais claro quando se observa seu brasão, que é desprovido deste." (Colaboração textual, deste trecho, de Erick Marçal / Direto da Sacristia).

Depois de paramentado, o Bispo concedeu uma brevíssima entrevista aos repórteres presentes, na qual falou dos sentimentos que tinha naquele momento, ao assumir o Ordinariado: "de alegria por servir a Igreja e a Pátria, em obediência ao Papa".


Enquanto Dom Fernando concedia a entrevista, Dom Osvino falava ao Núncio Apostólico
sobre a história do Báculo que foi utilizado naquela Missa
O Rito de Posse.

Por volta das 16:08hs, teve início a procissão para o rito de Posse do novo Arcebispo Militar. Trata-se de uma liturgia à parte da Santa Missa, prevista no Cerimonial dos Bispos, dos números 1143 ao 1148. O ritual foi presidido pelo Núncio Apostólico, que o empossou.





O 3º Cerimoniário dá as orientações práticas aos Bispos
de como procederem após a procissão e chegada aos devidos lugares
 



Detalhe: Apenas 3 Bispos usaram a Mitra correta para a Concelebração:
a Simples, toda Branca, sem adorno algum.



Após a acolhida do Núncio Apostólico e a Proclamação da Palavra de Deus, deu-se a leitura das "Letras Apostólicas", isto é, da Bula de Nomeação canônica.

Proclamação da Palavra de Deus
(At 20,17-18a.28-32.36)
Apresentação e Leitura das Letras Apostólicas, pelo
encarregado dos Negócios da Nunciatura Apostólica no Brasil
Seguiram-se as palavras (discursos), respectivamente: do Núncio Apostólico, do Arcebispo Militar Emérito, do Excelentíssimo representante do Ministro de Estado da Defesa, do representante do clero do Ordinariado Militar do Brasil e do Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB.

O Núncio expressou sentimentos de "Gratidão, Alegria, Amizade, Sinceridade e Amor", por tê-lo como amigo desde  o tempo em que era secretário da Nunciatura Apostólica no Brasil, há alguns anos. Também se referiu a Dom Fernando como "um Pastor que tem o cheiro de sua grei" e concluiu sua fala com o desejo "Ad Majorem Dei Gloriam!" (Para a Maior Glória de Deus!)
Em sua fala, Dom Osvino recordou os bons momentos à frente do Ordinariado Militar, pediu perdão pelos erros cometidos e que, por alguns destes, ter ocasionado o afastamento de algumas de suas ovelhas, também se desculpou por seu temperamento e por tudo que pôde afastar as pessoas da presença de Deus. Concluiu sua fala, como o Papa Francisco costumeiramente faz, pedindo: "rezem por mim!"
Representando o Ministro de Estado da Defesa Celso Amorim, coube ao secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, General Joaquim Silva e Luna, dar as boas vindas a Dom Fernando. Em sua fala, o secretário lembrou que marinheiros, soldados e aviadores são homens de fé em suas missões, inclusive, com o sacrifício de suas próprias vidas. E terminou  enfatizando que a profissão de fé do militar é a mesma do Centurião romano, isto é, de reconhecer verdadeiramente Jesus Cristo, como o Filho de Deus.
Coube ao Padre Adilson da Costa, como representante do clero militar, dar as  boas vindas a Dom Fernando, em nome de todos os Capelães militares do Brasil. Afirmou que "Dedicação e Alegria" são as duas palavras que resumem o ministério de Dom Osvino, enquanto seu ex-Pastor e concluiu com a mesma fala do Núncio: "Ad Majorem Dei Gloriam!" (Para a Maior Glória de Deus!)
O Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB, Dom Messias dos Reis Silveira, Ordinário de Uruaçu-GO,  enfatizou que Dom Fernando "chegou como que enviado por Deus a cada um de nós, sendo bendito, pois vem em nome do Senhor!"

Durante as falas, Dom Fernando Guimarães e todos os demais presentes, ouviram atentamente cada palavra, que expressaram o tamanho apreço e prestígio que ele tem de cada um. 







Estiveram também presentes, o Ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, José Elito Siqueira, os Comandantes da Marinha, Almirante Julio Soares de Moura Neto; do Exército, General Enzo Martins Peri; o Brigadeiro Luiz Carlos Teciotti (todos na foto acima), representando o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito; além de oficiais e generais das Forças Armadas, militares das Forças Auxiliares (Polícia Militar e Corpo de Bombeiros), e demais autoridades civis e eclesiásticas.      © Créditos desta foto: Ministério da Defesa 
Entrega do Báculo Pastoral.

O Báculo foi utilizado por todos os Arcebispos que precederam o novo Ordinário em seu Pastoreio Militar, isto é, por Dom José Newton de Almeida Baptista, Dom Geraldo do Espírito Santo Ávila, Dom Osvino José Both e agora por Dom Fernando José Monteiro Guimarães, como 4º Arcebispo Castrense do Brasil.


 
Um momento simbólica e liturgicamente belo:
a transmissão do Pastoreio, por meio do Báculo


© Créditos desta foto: Ministério da Defesa 
Dom Fernando José Monteiro Guimarães,
4º Arcebispo Militar (ou Castrense) do Brasil
Cumprimento dos Arcebispos e Bispos ao novo Arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil.

Como em todos os ritos, há um momento de saudação e alegria. Aqui, os que são iguais no Episcopado, saúdam a este que acabara de desposar a Igreja Militar no Brasil como sua Esposa.


Palavras de Dom Fernando José Monteiro Guimarães.

As palavras do novo Ordinário Militar foram breves e diretas:
"Venho, em obediência e alegria e peço a todos que rezem por mim!"
Leitura da Ata de Posse Canônica e Assinatura da Ata.

Seguiu-se a leitura da Ata de Posse Canônica, assinada por todos os Arcebispos e Bispos presentes, assim como pelos chefes maiores de Estado Militar, das três Forças Armadas.


Mesa preparada à frente do altar, para as assinaturas,
como deveria acontecer por ocasião de Matrimônios, isto é,
nada se assina sobre o altar.
 




Terminadas as assinaturas, Dom Fernando proferiu a oração de conclusão do rito e a bênção final, com a qual fez também a despedida. Com o canto final, ficou claro para todos que não se tratava ainda da Santa Missa, que foi celebrada em seguida.

A Santa Missa.

Com o canto "Imaculada, Maria de Deus", teve início a Santa Missa, em ação de graças pelo novo Arcebispo Militar, celebrando a memória de Nossa Senhora do Rosário, data oportunamente bem escolhida por Dom Fernando para o início do seu pastoreio militar, pois em 1571, quando aconteceu a "batalha de Lepanto", foi justamente um fato militar. Além do mais, o modo como celebra (e celebrou) demonstrou seu estilo de pastoreio que ora se inicia.

Como é o correto e seu costume, fez tudo como tinha que ser: ato penitencial completo e em ordem: Confesso a Deus..., Absolvição, Senhor, Cristo, Senhor, tende piedade e, por fim, o Glória. Toda a Liturgia da Palavra foi própria da Mãe de Deus. 

Proclamação do Evangelho
(Lc 1, 26-38)
 

Em sua Homilia (que pode ser lida integralmente AQUI), Dom Fernando abraçava a todo instante o seu Báculo, ora para suster-se, ora para manifestar claramente que ele é o Pastor deste seu novo rebanho. Falou da importância dos Padres que gastaram suas vidas lhe formando e, dirigindo-se ao seu novo clero, disse: "Somos chamados à santidade de vida! Prossigam comigo pelas vias da santificação sacerdotal! Sejam castos, homens de oração e guias seguros do povo de Deus, na vida militar!" Suas palavras eram imbuídas de firmeza e doçura de uma paternidade que gera vida. E afirmou: "As melhores vocações deverão brotar do próprio ambiente militar, quero dizer, o militar evangelizará os militares".
Dom Fernando proferindo sua Homilia
Dirigindo-se aos Diáconos Permanentes e Seminaristas, disse: "A vocação é exigente. Ela exige tudo de nós: o amadurecimento, a doação do nosso coração e da nossa existência." Citava os Concílios de Trento e Vaticano II com a maestria, que lhe é própria. E continuava: "A autêntica renovação da Igreja passa pelo Seminário, porque o Seminário deve estar no centro das atenções do Bispo!"

Ao recordar-se de seu pai, chorou, não de forma contida, mas com um quê de saudade e um sentimento de que ele cumpriu sua missão paterna, ao lembrar de sua história e do desejo que seu pai tinha que ele fosse um militar. E falou em plural majestático: "Nós precisamos ter sempre a lembrança de que nos pequenos e simples, Deus realiza grandes coisas." Finda a homilia, deu sequência à Santa Missa.

Após as preces, a Liturgia Eucarística teve início, normalmente, com o canto da procissão das oferendas. Há que se notar a preparação piedosa dos dons e do oferecimento destes mesmos, por Dom Fernando:

O Mestre de Cerimônias, Pe. Mônaco,
orienta Dom Fernando sobre as próximas ações
 



Sobre o modo de incensação, Dom Fernando fez jus à forma do Rito Tradicional, como pode ser vista e baixada AQUI.






O Prefácio - que foi cantado - foi o I da Virgem Maria e a Oração Eucarística III, com a leitura do seu nome já como Ordinário, nas intercessões. Observe-se que no início do diálogo no Prefácio, o Mestre de Cerimônias  (ou, na falta dele, o Diácono, apesar da norma reger o oposto) retira o solidéu do Arcebispo e convida os concelebrantes principais a se aproximarem do altar e colocarem-se à volta dele, como prevê o Cerimonial dos Bispos, no número 153. 



No memento pelos defuntos, uma curiosidade do mundo militar: um trompetista entoou a "Marcha fúnebre", enquanto todos permaneciam em silêncio.

Ao canto do Sanctus, uma procissão com 6 candelabros, turíbulo, naveta e Diácono, adentraram em marcha e, sincronizadamente, se puseram, cada qual do seu lado, prontos para a elevação do Corpo e Sangue do Senhor. Como prevê o Cerimonial dos Bispos (número 391 c, seguindo a tradição de "acompanhar com velas o Santíssimo Sacramento"). "As luzes foram consideradas desde sempre como um tributo de honra prestado às personagens ilustres. Os imperadores romanos nos cortejos triunfais faziam-se preceder de sete círios acesos. Este costume foi adotado pela Igreja na sua Liturgia. Os sete círios que antigamente abriam o cortejo pontifical eram colocados diante do altar durante o Sacrifício." (Dom António Coelho, Curso de Liturgia Romana. Braga: 1943. p. 217).





É o Diácono quem incensa durante a consagração. Somente na falta dele é que o turiferário incensa (Cerimonial dos Bispos, nº 155 c; Instrução Geral do Missal Romano, nº 179 b).




Na elevação do Cálice, após a Consagração, a banda marcial, de fora da catedral, tocou uma música em adoração... Outra curiosidade do mundo militar.

Após a Consagração os que levavam as tochas, permaneceram em frente ao altar, até o final da Doxologia.



O Abraço da Paz foi sem canto e brevíssimo. O Cordeiro, rezado.

Pós-Comunhão
 

Após a Oração Depois da Comunhão, seguiram-se algumas falas de homenagens e agradecimentos finais, como a do Padre Marcelo, representante do clero de Garanhuns e de Dom Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife, em nome do Regional Nordeste 2, do qual Dom Fernando Guimarães fazia parte.

Dom Fernando Guimarães ouvindo as palavras do Pe. Marcelo, da
Diocese de Garanhuns-PE.
Pe Marcelo: "Dom Fernando é um verdadeiro Bispo, pai, amigo e 'chorão'!"
Dom Fernando Guimarães ouvindo as palavras de Dom Fernando Saburido
Dom Fernando Saburido: "...além de tudo, Dom Fernando Guimarães é um grande canonista!"
Por volta das 18:50hs, deu-se a bênção final da Santa Missa e seguiu-se um coquetel para os convidados, no salão de festas do Hotel de Trânsito dos Oficiais do Exército, no Quartel próprio.

Bênção Final
O "Bendigamos ao Senhor!"
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Fotos e reportagem: Cleiton Robsonn.





terça-feira, 23 de setembro de 2014

Textos litúrgicos dos Santos João XXIII e João Paulo II

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Conforme noticiou ACI Digital, foi publicado no último dia 11, no sítio do Vaticano, o decreto da Congregação para a Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos que inscreve os santos São João XXIII e São João Paulo II no calendário litúrgico universal. O decreto, publicado em latim e em italiano, e datado de 29 de maio de 2014, estabelece para o culto dos novos santos as datas de 11 e 22 de outubro, respectivamente. Ambas as festas têm o grau de memória facultativa ("gra­du memoriae ad libitum quotannis peragenda").

Juntamente com o decreto, publicou-se também os textos litúrgicos, para a Missa e para a Liturgia das Horas, em honra ao Papa Bom, como era conhecido São João XXIII, por enquanto apenas em latim e em italiano. Conforme o decreto, a publicação nos demais idiomas fica a cargo das Conferências Episcopais.

Por sua vez, os textos litúrgicos em honra a São João Paulo II permanecem os mesmos aprovados para a sua beatificação, já publicados em diversos idiomas.




Oremos:


SANCTI IOANNIS XXIII, PAPAE

De Communi pastorum: pro papa.

Collecta

Omnípotens sempitérne Deus, 
qui per orbem terrárum in beáto Ioánne, papa, 
Christi boni pastóris vivum effulgére fecísti exémplum, 
concéde nobis, quaésumus, ut, eius intercessióne,
abundántiam christiánae caritátis laetánter effúndere valeámus.
Per Dóminum.



SANCTI IOANNIS PAULI II, PAPAE

De Communi pastorum: pro papa.

Collecta

Deus, dives in misericórdia, 
qui beátum Ioánnem Paulum, papam, 
univérsae Ecclésiae tuae praeésse voluísti, 
praesta, quaésumus, ut, eius institútis edócti, 
corda nostra salutíferae grátiae Christi,
uníus redemptóris hóminis, fidénter aperiámus.
Qui tecum.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Convite: Missas na Forma Extraordinária em Santo Amaro

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Divulgamos, a pedido, duas santas missas tridentinas a serem realizadas na Diocese de Santo Amaro:




sexta-feira, 12 de setembro de 2014

5ª Campanha Nacional de Consagrações à Virgem Maria

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“Por Maria Jesus Cristo vem a nós, e por Ela devemos ir a Ele.” (São Luís Maria Grignion de Montfort)
 “A leitura deste livro (“Tratado”) marcou em minha vida uma transformação decisiva… antes me mostrava reservado, com medo de que a devoção a Maria pudesse deixar Cristo na sombra, em vez de lhe dar prioridade…entendi agora, à luz do Tratado de Grignion de Montfort, que a realidade é totalmente diferente.” (São João Paulo II, no livro “Não tenham medo”)

Desde 2010, iniciamos uma série de Campanhas Nacionais de Consagrações à nossa Mãe Santíssima, pelo método que São Luís Maria Montfort nos ensina em seu maravilhoso “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Os frutos foram uma grande popularização do “Tratado” entre os católicos do Brasil e dezenas de milhares de pessoas consagrando-se à Virgem, número sempre crescente. Nossa página no Facebook já recebeu  de 400.000 curtidas, atingindo assim inúmeras pessoas.



Temos agora a alegria de neste ano de 2014 realizar a nossa V Campanha Nacional de Consagrações à Virgem Maria, a primeira Campanha após a Canonização de São João Paulo II! Ele é nosso intercessor e baluarte, pois o “Tratado” foi o seu livro de cabeceira e sob lema “Totus Tuus” (“Todo Teu”, Todo de Maria…), tão bem viveu e testemunhou a Consagração. João Paulo diz  que é uma Devoção Cristocêntrica, pois “por Maria, vamos à Jesus.” (São Luís Montfort)

Como Igreja, queremos caminhar juntos nesta corrente de graças, pois assim como São João Paulo II, no Grande Jubileu do Ano 2000, consagrou o 3º Milênio à Nossa Senhora, também o Papa Francisco, no dia 13 de Outubro de 2013, consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria. Agora, cabe a cada um de nós tomar posse, pessoalmente, dessa Consagração e consagrar-se à Virgem Maria.

Por isso, multiplicam-se os Encontros “Consagra-te”, bem como os grupos de preparação para Consagração, em muitas cidades do Brasil (abaixo, trazemos a relação).



A Campanha

Convidamos todos os católicos a se unirem conosco nesta Campanha, fazendo também a sua Consagração Total pelo método de São Luís Montfort ou renovando a sua Consagração, no dia 12 de dezembro de 2014, sexta-feira (Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina); ou, por razões locais, em outra data próxima.



Foi em suas aparições de Guadalupe (México), no ano de 1531, que a Mãe Santíssima falou ao índio São Juan Diego e a nós:

“Não estou Eu aqui, a tua Mãe? Não estás sob Minha Sombra e Minha Proteção? Não sou eu a fonte de tua alegria? Não estás porventura em Meu Regaço? Tens necessidade de alguma outra coisa? Que nenhuma outra coisa te aflija, nem te perturbe.”

Unimo-nos nesta Campanha aos demais países da América Latina, continente herdeiro das promessas da Virgem Maria em Guadalupe. Unimo-nos também especialmente aos demais países de língua portuguesa e de língua espanhola, alguns dos quais relacionamos em nossa lista de contatos (abaixo, trazemos toda a relação).

 A preparação e a Consagração poderão ser feitas em qualquer lugar, já que é um ato interior e espiritual. Porém, São Luís recomenda que se faça a Consagração durante a Santa Missa. É um ato significativo a Consagração ser feita de forma pública e comunitária.

São Luís recomenda que se faça 30 dias de preparação, com algumas orações simples, que poderão ser feitas individualmente ou em grupo, a começar no dia 12 de Novembro de 2014 ou 30 dias antes da data da Consagração. As orações são indicadas no próprio “Tratado” (n. 227, 233), e indicamos também abaixo em nosso “Material de Apoio”.

Leitura do Livro
 

De forma geral, recomendamos que não se consagre e nem mesmo que se inicie os 30 dias de preparação sem a leitura completa do “Tratado”, pois como poderá preparar-se bem para a Consagração, sem conhecê-la?

Temos abaixo, em nosso “Material do Apoio”, o “Tratado”, em versão PDF, impressa ou em áudio.

Grupos de Preparação: como organizar?

Recomendamos que aqueles que puderem participem de um grupo de preparação para a Consagração, que se reúnam para estudar o “Tratado” e rezarem juntos.
O grupo poderá ser formado espontaneamente, por iniciativa de pessoas que desejam se consagrar ou pessoas que já se consagraram e desejam ajudar a preparar outras para a Consagração (é importante a participação dos que já se consagraram no grupo, pelo seu testemunho a ser partilhado).
 
Temos Representantes que estão à frente da nossa Campanha em várias cidades do Brasil e demais países relacionados abaixo, e poderão ir formando Grupos de preparação na medida em que forem procurados para isso. Os contatos dos nossos representantes podem ser encontrados ao final desta postagem.
Em relação à formação dos grupos, algumas sugestões:

  •  É importante que participem deste grupo somente pessoas que já tenham uma fé católica e uma busca de vivência cristã, caso contrário, o grupo poderá se tornar um local de debate e se afastar do seu objetivo, atrapalhando as pessoas que querem se Consagrar (é claro que este diálogo é importante, mas há outros locais para isso).
  •  
Aqui não importa o número e sim aqueles que a Virgem enviar. Três pessoas já é um grupo!

  • A frequência dos encontros do grupo poderá ser feita conforme a disponibilidade: semanal ou quinzenal. Como o nosso tempo é relativamente curto, sugerimos que durante o mês de Setembro, organizem-se os grupos. Para que na primeira semana de Outubro iniciem-se encontros semanais, para no dia 12 de Novembro iniciarmos as orações de preparação.
  • O local da reunião poderá ser em residências ou, na medida do possível, em paróquias, comunidades, seminários, casas religiosas, etc.
  • O encontro poderá iniciar com a Oração do Santo Terço, seguida de um estudo de um ou mais capítulos do Tratado.
  • Conforme o tempo disponível e o número de encontros, pode-se dividir para que em cada encontro se estude um ou mais capítulos do Tratado (o livro tem 8 capítulos, mais a Introdução).
  • Há várias opções para a organização dos encontros:

a.  Em forma de palestras, com pessoas preparadas para isso (principalmente nos grupos maiores).
b. Em forma de partilhas (principalmente nos grupos menores), onde todos possam ler antes do encontro o(s) capítulo(s) estudado(s), e em cada encontro algumas pessoas do grupo fiquem responsáveis em conduzir um momento partilha, comentando sobre os pontos que mais lhe chamaram atenção, e oportunizando que todos do grupo comentem também. O fato de pessoas diferentes ficarem responsáveis pela condução propicia mais a participação e envolvimento de todos, e incentiva a própria leitura do Tratado.
c. Em forma da apresentação de vídeos, com as 4 aulas do Pe. Paulo Ricardo, explicando o Tratado parte por parte, que podem ser assistidas via internet (ver abaixo, em nosso material de apoio) ou adquiridas em DVD.

  • No dia 12 de Dezembro de 2014 ou data próxima, a Consagração poderá ser feita em grupo (com ou sem Santa Missa).

Consagração dos jovens


 

Com a recente canonização de São João Paulo II e a preocupação que o Papa Francisco tem mostrado pelos jovens, nosso olhar se volta especialmente para eles. Foi inspiração de São João Paulo II a “Teologia do Corpo” e a “Jornada Mundial da Juventude”, levando pelo mundo a cruz e o ícone da Virgem Maria.
Vamos por isso, de uma maneira especial neste momento histórico que vive a juventude católica no Brasil, nos esforçar especialmente para que a Consagração seja conhecida e vivida pelos jovens.

Empenhemo-nos também tendo em vista que a Consagração, enquanto meio para renovação e vivência plena do nosso Batismo, possa suscitar santas e numerosas vocações ao Sacerdócio, à Vida Consagrada, à Vida Missionária e famílias santas que possam gerar filhos santos para Deus!

É a Virgem Maria Quem gera o Cristo em nós, e por isso Ela é também a Mãe das Vocações.


Consagração das Crianças

 


Incentivamos que os pais formem também seus filhos para se consagrarem totalmente a Virgem Maria, e que se façam grupos para a preparação das crianças para a Consagração, pois, se a Santíssima Virgem pode purificar nossas obras, oferecê-las a Deus (como fala no “Tratado”, n. 146-150), e com isso muitos se salvarem pela entrega, oração e penitência de uma pessoa, mesmo sendo nós tão pecadores, o que Ela não poderá fazer com a pureza da Consagração de uma criança?

Lembrando que em Fátima (Portugal, 1917), Lourdes (França, 1858), La Salette (França, 1846) e outros lugares, a Virgem apareceu para crianças!

A preparação das crianças, é claro, se dá por um material especial preparado para elas, que é o livro “Crianças na Escola do Imaculado Coração”, podendo ser adquirido abaixo.

Material de Apoio


Perguntas e respostas sobre a Consagração Total

As dúvidas mais comuns estão respondidas em:

As dúvidas que ainda restarem poderão ser respondidas também por este e-mail:
Representantes da Campanha no Brasil e outros países

Dispomos aqui os contatos das pessoas que estão à frente das nossas Campanhas em várias cidades do Brasil e exterior; essas pessoas poderão ir formando os Grupos de Preparação, na medida em que forem procuradas para isso pelos que desejarem. Temos também o nosso grupo e nossa página no Facebook.
Divulgação desta postagem

Pedimos que esta postagem seja divulgada nos diversos sites e blogs católicos, bem como listas de e-mails, Facebook, Twitter, Whatsapp e assim por diante… para formarmos uma grande rede de Consagração à Santíssima Virgem!



Importante – Envio dos dados!

Os que desejam participar da nossa Campanha, fazendo a Consagração ou sua Renovação, em qualquer local, deverão se cadastrar clicando no link abaixo:

sábado, 23 de agosto de 2014

Oração Eucarística: "Qual o momento adequado para nos ajoelharmos?"

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Dando sequência à série de dúvidas litúrgicas dos nossos leitores, respondemos e publicamos uma comum: Na Oração Eucarística, qual o momento adequado para nos ajoelharmos?

"Na Oração Eucarística I (Cânon Romano), em qual momento ajoelhar-se? Vi explicações que não se deve ajoelhar quando se pronuncia "abençoai estas oferendas" e sim quando se diz "santificai estas oferendas". Nesse caso seria após os "comunicantes próprios". Mas essa explicação não é geral, pois na Oração Eucarística V (Congresso de Manaus) não há "santificai essas oferendas". Logo, a resposta que encontro com frequência não me convenceu. Por outro lado, é no "abençoeis estas oferendas" que o sacerdote traça o sinal da cruz sobre o pão e o cálice ao mesmo tempo. Esse poderia ser o sinal do momento adequado para ajoelharmo-nos. Essa regra se encaixa em todas as 14 orações eucarísticas. Se assim o for, na Oração Eucarística I, o momento adequado seria logo após o prefácio. Resta-me, portanto a dúvida sobre o momento certo, se é que ele existe, pois antigamente durante praticamente toda oração eucarística se ficava de joelhos." (Prof. Eduardo Wanderley)

******* 
Primeiramente, é necessário saber que em todas as Orações Eucarísticas, o que se segue é o toque dos sinos, durante o gesto da Epiclese, isto é, daquele em que o sacerdote que preside, impõe as mãos sobre as oferendas, como que formando uma “pomba” e não é com o sinal do traçado da cruz, que vem seguida, mas pelo gesto e pelas palavras de invocação do Espírito Santo que, em todas as orações eucarísticas, acontece antes das palavras da consagração, com o verbo “santificar”, seja na forma infinitiva, imperativa ou, sobretudo, invocativa.



As exceções acontecem justamente a Oração Eucarística usada apenas no Brasil, do Congresso Eucarístico de Manaus (V), que não usa o verbo “santificar”, mas pede que “mande” o Espírito Santo. As outras, uma sobre a reconciliação e duas para missas com crianças usam de palavras que se referem à misericórdia divina e as outras duas à paternidade amorosa de Deus, também usam os verbos mandar, enviar, respectivamente.

Em todas elas, o “estender as mãos” e, só em seguida, traçar o sinal da cruz são os momentos apropriados e para os quais os coroinhas (ou acólitos instituídos) devem estar atentos, para poderem tocar os sinos, como sinal para que a assembleia se ajoelhe.

Na Oração Eucarística I ou Cânon Romano:

Dignai-vos, ó Pai, aceitar e santificar estas oferendas...

Na Oração Eucarística II:

Santificai, pois, estas oferendas, derramando sobre elas o vosso Espírito...

Na Oração Eucarística III:

Santificai pelo Espírito Santo as oferendas que vos apresentamos...

Na Oração Eucarística IV:

... nós vos pedimos que o mesmo Espírito Santo santifique estas oferendas...

Na Oração Eucarística V:

... mandai o vosso Espírito Santo, a fim de que as nossas ofertas se mudem...

Na Oração Eucarística VI-A (Para Diversas Circunstâncias):

... que envieis o vosso Espírito Santo para santificar estes dons...

Na Oração Eucarística VI-B (Para Diversas Circunstâncias):

... que envieis o vosso Espírito Santo para santificar estes dons...

Na Oração Eucarística VI-C (Para Diversas Circunstâncias):

... que envieis o vosso Espírito Santo para santificar estes dons...

Na Oração Eucarística VI-D (Para Diversas Circunstâncias):

... que envieis o vosso Espírito Santo para santificar estes dons...

Na Oração Eucarística VII (Sobre a Reconciliação I):

... olhai vosso povo aqui reunido e derramai a força do Espírito, para que estas ofertas se tornem...

Na Oração Eucarística VIII (Sobre a Reconciliação II):

Cumprindo o que ele nos mandou, vos pedimos: Santificai, por vosso Espírito, estas oferendas.

Na Oração Eucarística IX (Para Missas com crianças I):

... pedimos que mandeis vosso Espírito Santo para que estas ofertas e tornem...

Na Oração Eucarística X (Para Missas com crianças II):

Enviai, ó Deus nosso Pai, o vosso Espírito Santo para que este pão e este vinho...

Na Oração Eucarística XI (Para Missas com crianças III):

... mandai vosso Espírito Santo para santificar este pão e este vinho...
  
Mas não é algo tão simples de responder assim. Esta temática já foi (e ainda é) causa de grandes debates teológicos e litúrgicos. Há diferenças entre os ritos latinos (ocidentais) e os orientais, de diversos ritos.



A Instrução Geral do Missal Romano, por exemplo, determina que “os fiéis se ajoelhem durante a consagração” (nº 43). E no nº 79, alínea c, explica: “… a epiclese, na qual a Igreja implora por meio de invocações especiais a força do Espírito Santo, para que os dons oferecidos pelo ser humano sejam consagrados, isto é, se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo”.

O ficar de joelhos é uma norma invariável e aplicada a todos os fiéis e para os clérigos abaixo e a partir do grau de Diácono: A Instrução Geral sobre o Missal Romano (IGMR) assim se expressa na sua última edição (2003):  “A partir da epiclese até a apresentação (elevação) do cálice, o diácono normalmente permanece de joelhos” (n. 179b).

O Papa Bento XVI, na Exortação Apostólica Sacramentum caritatis, no número13, nos ensina que: “neste horizonte, compreende-se a função decisiva que tem o Espírito Santo na celebração eucarística e, de modo particular, no que se refere à transubstanciação. É fácil de comprovar a consciência disto mesmo nos Padres da Igreja; nas suas Catequeses, São Cirilo de Jerusalém recorda que “invocamos Deus misericordioso para que envie o seu Santo Espírito sobre as oblações que apresentamos a fim de Ele transformar o pão em corpo de Cristo e o vinho em sangue de Cristo. O que o Espírito Santo toca, é santificado e transformado totalmente”.(Catequese 23, 7: Patrologia Grega 33, 1114s.) Também São João Crisóstomo assinala que o sacerdote invoca o Espírito Santo quando celebra o Sacrifício: (Cf. Sobre o sacerdócio, 6, 4: PG 48, 681.) à semelhança de Elias, o ministro atrai o Espírito Santo para que, “descendo a graça sobre a vítima, se incendeiem por meio dela as almas de todos”.(Ibid., 3, 4: o.c., 48, 642.) É extremamente necessária, para a vida espiritual dos fiéis, uma consciência mais clara da riqueza da anáfora: esta, juntamente com as palavras pronunciadas por Cristo na Última Ceia, contém a epiclese, que é invocação ao Pai para que faça descer o dom do Espírito a fim de o pão e o vinho se tornarem o corpo e o sangue de Jesus Cristo, e para que “a comunidade inteira se torne cada vez mais corpo de Cristo”.(Propositio 22.) O Espírito, invocado pelo celebrante sobre os dons do pão e do vinho colocados sobre o altar, é o mesmo que reúne os fiéis “num só corpo”, tornando-os uma oferta espiritual agradável ao Pai.”(Cf. Propositio 42: “Este encontro eucarístico realiza-se no Espírito Santo, que nos transforma e santifica. Ele desperta no discípulo a vontade decidida de anunciar aos outros, com desassombro, tudo o que ouviu e viveu, para conduzi-los, também a eles, ao mesmo encontro com Cristo. Deste modo o discípulo, enviado pela Igreja, abre-se a uma missão sem fronteiras”.).

Mas, afinal o que é a Epiclese? A Epiclese ou Epíclese (do grego antigo: ἐπίκλησις - epíklesis, fusão das palavras pí e kaleô: "chamar sobre") é a oração de invocação que pede a descida do Espírito Santo nos sacramentos. É a invocação que se eleva a Deus para que envie o seu Espírito Santo e transforme as coisas ou as pessoas. Também do latim, in-vocare.

Na Oração Eucarística da Missa há duas epicleses (cf. IGMR 79c):

a) a que o sacerdote pronuncia sobre os dons do pão e do vinho, com as mãos estendidas sobre eles, dizendo, por exemplo: “Santificai estes dons, derramando sobre eles o Vosso Espírito, de modo que se convertam, para nós, no Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Oração II) – e a epiclese “consacratória”; outras Orações Eucarísticas pedem que o Espírito “torne”, “abençoe”, “santifique”, “transforme” o pão e o vinho;

b) a que o sacerdote diz na mesma Oração Eucarística, depois do memorial e da oferenda, pedindo a Deus que de novo envie o seu Espírito, desta vez sobre a comunidade que vai participar da Eucaristia, para que também ela se transforme, ou se vá construindo na unidade: “humildemente Vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos pelo Espírito Santo congregados na unidade” (Oração II) – e a epiclese “de comunhão”, que, noutras Orações Eucarísticas, pede que “sejamos em Cristo um só corpo e um só espírito”; “Derramai sobre nós o Espírito… fortalecei o vosso povo com o Corpo e o Sangue do vosso Filho e renovai-nos a todos à sua imagem”… Estas duas epicleses, nas Anáforas orientais e na da liturgia hispano-moçárabe, estão unidas e dizem-se depois do relato da instituição. Enquanto que na liturgia romana – e em algumas das orientais, como a alexandrina – situam-se uma antes da consagração e a outra depois. Foi um enriquecimento que, agora, no rito romano, se tenha decidido nomear claramente o Espírito na primeira epiclese, nas novas Orações Eucarísticas: no cânon romano, existe a invocação a Deus, mas sem, explicitamente, nomear o Espírito. A epiclese não faz só parte da Eucaristia. A oração consacratória central de todos os sacramentos, depois da anamnese ou memória de louvor a Deus, contém sempre a oração de epiclese, pois, invocando a força do Espírito nos sacramentos, estamos reconhecendo que é Deus quem salva e que o protagonismo é da ação do seu Espírito santificador. 


• pede-se-lhe que santifique a água do Batismo: “Receba esta água, pelo Espírito Santo, a graça de vosso Filho Unigênito, para que o homem, criado à vossa imagem, no sacramento do Batismo seja purificado das velhas impurezas e ressuscite homem novo pela água e pelo Espírito Santo”;
• na Missa Crismal invoca-se o Espírito sobre os óleos para os sacramentos e, a seguir, na Confirmação, pede-se a Deus que envie o seu Espírito sobre os confirmandos para que os encha de seus dons;
• no sacramento da Reconciliação também se nomeia o Espírito: “enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados”;
• na Unção dos Doentes o sacerdote ora pelo doente na fé da Igreja: “é a epiclese própria deste sacramento” (CIC 1519);
• no sacramento da ordem é onde, talvez, com maior expressividade o bispo, impondo as mãos sobre a cabeça dos ordenandos e pronunciando a seguir a invocação do Espírito, põe em relevo a força da epiclese;
• e, finalmente, no Matrimônio: “Na epiclese deste sacramento, os esposos recebem o Espírito Santo como comunhão do amor de Cristo e da Igreja” (CIC 1624).

Como dizia São Cirilo de Jerusalém, no século IV: “Depois de santificados por esses hinos espirituais, suplicamos ao Deus benigno que envie o Espírito Santo sobre os dons colocados, para fazer do pão corpo de Cristo e do vinho sangue de Cristo. Pois tudo o que o Espírito Santo toca é santificado e transformado” (Catequeses Mistagógicas V,7). “O Pai atende sempre a oração da Igreja do seu Filho, a qual, na epiclese de cada sacramento, exprime a sua fé no poder do Espírito. Tal como o fogo transforma em si tudo quanto atinge, assim o Espírito Santo transforma em vida divina tudo quanto se submete ao seu poder” (CIC 1127). (Cf.: VAGAGGINI, Cipriano. O sentido teológico da liturgia. São Paulo: Loyola, 2009. pp. 210-226.)

No Catecismo da Igreja Católica (CIC), a epiclese também é explicitada:

§1105 A epiclese ("invocação sobre") é a intercessão na qual o sacerdote suplica ao Pai que envie o Espírito Santificador para que as oferendas se tornem o Corpo e o Sangue de Cristo, e para que ao recebê-los os fiéis se tomem eles mesmos uma oferenda viva para Deus.

§1353 Na epiclese ela pede ao Pai que envie seu Espírito Santo (ou o poder de sua bênção) sobre o pão e o vinho, para que se tornem, por seu poder, o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, e para que aqueles que tomam parte na Eucaristia sejam um só corpo e um só espírito (certas tradições litúrgicas colocam a epiclese depois da anamnese). No relato da instituição, a força das palavras e da ação de Cristo e o poder do Espírito Santo tornam sacramentalmente presentes, sob as espécies do pão e do vinho, o Corpo e o Sangue de Cristo, seu sacrifício oferecido na cruz uma vez por todas.

Atentos ao gesto de impor as mãos sobre as oferendas, os acólitos tocam os sinos (ou sinetas) na igreja e todos se ajoelham, pois é a descida do Espírito Santo sobre as espécies do pão e do vinho sobre o altar.

Juntamente com o momento seguinte, no qual o sacerdote toma em suas mãos, primeiro o pão e, depois, o cálice com o vinho, repetindo as mesmas palavras que o Senhor pronunciou durante a Última Ceia, a epiclese atualiza o momento sagrado, no tempo e no espaço, em que a Hóstia sobre o Altar se transforma no Corpo de Cristo, e o Vinho dentro do Cálice se transforma no Sangue de Cristo.

Este é um momento sacratíssimo! Nossos olhos e nossos corações devem estar fixos para o altar. Ali, a poucos metros de nós, está acontecendo o maior milagre da face da terra: o Nosso Deus mais uma vez se digna descer do Céu e vir até nós, pobres pecadores, para dar-Se a nós como Alimento e Penhor da Eternidade!

Jamais nos deixemos levar pelas distrações, ou pelo cansaço, ou pelas preocupações, ou por qualquer outra situação. Estejamos atentos com os olhos do corpo e da alma!

Na Forma Extraordinária (“Tridentina”):


Na chamada "Missa Tridentina", o momento de ajoelhar-se acontece após o canto do Sanctus e no  sequente início do Cânon, às palavras “Te igitur...” (A Vós...). Porém, esta é uma das orações em voz baixa. Então, é necessário os acólitos estarem atentos ao término do Sanctus, para tocarem as sinetas, pois, apenas eles verão este momento. 

Após o “Communicantes” – memória dos Santos – às palavras “Hanc igitur” (Esta oblação), em preparação à consagração, o celebrante estende as mãos sobre as oblatas à semelhança do gesto que outrora fazia o sumo sacerdote, que estendia as mãos sobre a vítima que se imolava em expiação dos pecados. Significa, na Nova Lei, que Jesus Cristo se substitui a nós, como vítima imolada.

Como é o próprio Espírito Santo que opera a mudança do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Nosso Senhor, no Santo Sacrifício da Missa, é justo que seja mencionado no correr deste sacrifício. A Igreja o invoca, a fim de que, assim como ele formou Nosso Senhor no seio da Virgem Maria, digne-se apresentá-lo de novo sobre o altar.

Este gesto é muito importante de ser notado, ele nos vem da antiga Lei. Quando se apresentava no templo uma vítima para ser oferecida, o rito de imposição das mãos tinha um sentido duplo e uma dupla eficácia. A vítima era, mediante o rito, isolada, separada para sempre do uso profano e posta a serviço e honra de Deus. O Senhor tomava possessão da hóstia, qualquer que fosse. Ora, a Igreja, depois de ter separado o pão e o vinho do uso profano, no Ofertório, e tê-los apresentado a Deus, insiste, agora que a Consagração está próxima. Na santa impaciência de sua espera quase realizada, para que a oblação seja favoravelmente acolhida diante de Deus, o padre estende as mãos sobre o pão e o vinho e diz estas palavras:

Hanc igitur oblationem servitutis nostrae, sed et cunctae familiae tuae, quaesumus, Domine, ut placatus accipias: diesque nostros in tua pace disponas, atque ab aeterna damnatione nos eripi, et in electorum tuorum jubeas grege numerari(Esta oblação que nós, vossos servos, e toda a vossa família, Vos oferecemos, aceitai-a, Senhor, benignamente; firmai na paz os dias da nossa vida, livrai-nos da eterna condenação e ordenai sejamos contados na sociedade dos vossos eleitos.).

O Papa Bento XVI, com o Motu proprio Summmorum Pontificum, ressaltou que esta forma é "um duplo uso do único e mesmo Rito [romano]". Portanto, nos dois usos é permitido que nos ajoelhemos nos momentos apropriados. 

Assim, oferecendo o Santo Sacrifício da Missa, neste momento em que designa tão especialmente sua oferta, o padre reza por si mesmo, por todos aqueles que estão presentes e por todos os que lhe estão unidos, e pede que a paz nos seja dada neste mundo, que evitemos o inferno e que nos alegremos com os eleitos na glória do céu.


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Bibliografia:

ALDAZÁBAL, José. A Eucaristia. Petrópolis: Ed. Vozes, 2002.
AUGÉ, Matias. Liturgia – História, Celebração, Teologia, Espiritualidade. São Paulo: Ed. Ave Maria, 1996.
BENTO XVI. Summorum Pontificum. São Paulo: Ed. Paulinas. Nº 191, 2007.
__________. Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis. São Paulo: Ed. Paulinas. Nº 190. 2007.
CERIMONIAL DOS BISPOS. São Paulo: Ed. Paulus, 1988.
Catecismo da Igreja Católica. São Paulo: Ed. Loyola, 2000.
CNBB. Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário. Brasília: Ed. CNBB, 2008.
COELHO, Dom António. Curso de Liturgia Romana. Braga – Portugal: Ed. Pax, 1943.
GUÉRANGER, Dom Prosper. Missa Tridentina – Explicações das orações e das cerimônias da Santa Missa. Rio de Janeiro: Ed. Permanência, 2010.
JOÃO PAULO II. Encíclica Ecclesia de Eucharistia. São Paulo: Ed. Paulinas. Nº 185, 2003.
JUNGMANN, Josef Andreas. Missarum Sollemnia. São Paulo: Paulus, 2009.
Ordo Missae. Campinas: Ed. Ecclesiae, 2014.
RATZINGER, Joseph. Introdução ao espírito da Liturgia. Prior Velho –Portugal: Ed. Paulinas. 2010.
VAGAGGINI, Cipriano. O sentido teológico da liturgia. São Paulo: Ed. Loyola, 2009.





  

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Convite: Missa na Forma Extraordinária em Santo Amaro

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A pedido do leitor José Tadeu Hoe, divulgamos novamente a missa no rito tradicional em Santo Amaro:


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