Por ora, transcrevemos, via Una Voce Portugal, interessantíssimos comentários sobre esse tempo litúrgico, transcritos do excelente Missal Quotidiano e Vesperal, da lavra de D. Gaspar Lefebvre, OSB:
«No Tempo da Septuagésima a Igreja considera de modo especial [...] três [...] figuras [...]: a queda de Adão – pecado original – e as sua consequências funestas (Septuagésima); a malícia dos homens – pecados actuais – e o dilúvio que o castiga (Sexagésima); e, enfim, o sacrifício de Abraão e o de Melquisedec (Quinquagésima) pressagiando o sacrifício que Deus exigiu de seu próprio Filho para expiação dos pecados de todo o género humano.»
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«O Evangelho dos obreiros da vinha [Septuagésima] e a do semeador [Sexagésima] lemba-nos que a Redenção se estende a todos os homens Judeus e Gentios, e a cura do cego de Jericó [Quinquagésima] que segue o anúncio da Paixão mostra-nos os efeitos benfazejos por ela produzidas em nós. As Epístolas de S. Paulo vêm, por sua vez, durante estes três Domingos, lembrar-nos que a Igreja deve, nesta época, concluir a obra do Salvador, entrando corajosamente na ascese purificadora da penitência.»
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«Para entender plenamente o sentido dos textos da Missa [...] é preciso [...] estudá-los em relação com as lições do Breviário, porque no pensamento da Igreja, a Missa e o Ofício fazem uma só coisa.»