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terça-feira, 18 de maio de 2010

Salva pela Liturgia: A liturgia fiel às rubricas e a minha conversão

Alguns se têm se os bancos das igrejas não são mais católicos do que os que estão sentados sobre eles. No fundo, é como se indagassem: Será que aquelas pessoas que ali estão tiveram um real encontro com Cristo? Ou são como os bancos de uma igreja, apenas cumprindo um papel, uma função.

Afirmações deste tipo, são comuns: “Vou na igreja porque é importante ter uma religião” ou ainda “Sou católico porque toda minha família é!” Devemos parar e pensar o porquê de estarmos ali, qual o real motivo que nos leva a crer em Cristo e sua dileta Esposa.

Eu não nasci em um lar propriamente católico. Apesar de batizada, fui conhecer a Cristo Eucarístico já na casa dos meus vinte anos de idade. E graças a Deus, Ele quis que eu O conhecesse como realmente Ele é – um Cristo chagado e dolorido, coberto de sangue e feridas, por culpa dos MEUS pecados. Sim, porque aquele Papai do Céu bonitinho, de bochechas rosinhas eu conhecia. Importante eu amá-lo assim, bondoso também, mas este não me levou a rever o meu papel de cristã.

Entretanto, para que isto ocorresse, eu precisei muito mais do que um preparo, pois tive a melhor catequese, com o professor mais preparado que um cristão atualmente pode ter. Fiz minha primeira confissão com muito entendimento de sua importância. Recebi pela primeira vez a Sagrada Comunhão plenamente consciente do que recebia. Mas... faltava algo.

Tinha doutrina, um certo grau de conhecimento e tudo que eu desejasse saber ao meu alcance sobre a fé católica. Esse algo que me referi, era um real encontro com Cristo. Eu não falo de sentimentos, apenas, de lágrimas e coração batendo mais forte. Nem entrarei nessa questão. Refiro-me a enxergar Cristo, a conversar com Ele, a ver suas chagas, a sentir um pouco, ao menos, de sua dor. No entanto para ter este sofrivelmente belo encontro eu precisei de ajuda que encontrei em uma celebração litúrgica DE ACORDO COM AS RUBRICAS, numa pequena comunidade chamada Santa Rita de Cássia, celebrada por um jovem sacerdote diocesano ligado ao Opus Dei, com uma vida de busca pela santidade exemplar. Alguém com uma impressionante vida de oração e que zela pela correta celebração da liturgia, que transforma os lugares por onde trabalha apenas por fazer o que é o correto: uso diário da batina, zelo pelo latim, celebração da Santa Missa em comunidades esquecidas de um município servido apenas por TLs.

A celebração de que falo era a Solene Ação Litúrgica de Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor. O referido padre de batina, amito, alva, cíngulo, estola, e, coisa raríssima por estas bandas, casula. Uma linda casula vermelha, em estilo gótico. Quando, em vez de se ajoelhar como fazem alguns, se prostrou, como mandam as rubricas, deitando-se no chão, e assim permanecendo por alguns minutos, algo mudou em mim. Vi que estava diante de um culto verdadeiro a Deus, e não ao homem. O fiel cumprimento das rubricas, longe do farisaísmo de uma liturgia fria ou só preocupada com normas, me fez enxergar a Cristo, e fortaleceu em mim a idéia de que não é “improvisando”, “tendo criatividade”, e mudando o Missal, que atrairemos as almas para Ele. A liturgia é da Igreja, aprovada por ela, e tem um poder como que intrínseco para levar as almas a Deus, mesmo que sua função não seja essa, e sim de cultuar a Deus. E cultuar a Deus como Deus quer ser cultuado, ou seja, de acordo com as normas dadas pela Igreja que é d’Ele.

Resultado de tudo isso? Minha conversão, obviamente, e uma igreja cheia, mas de verdade, não de pessoas que, como um banco, estão ali porque estão. E se tivesse algum desses “desavisados” poderia prestar verdadeira atenção na homilia e ouviria a VERDADE, a correta doutrina, de maneira simples e real. Também poderia se embasbacar pela beleza que é uma celebração bem feita, ou seja: TEOCENTRICA. Sem banda de música pop, invenções teatrais, nem nada. Somente aquilo que ensina o Magistério da Santa Mãe, a Igreja Católica.

Sou grata a Nosso Senhor por todas as Missas celebradas corretamente que assisti, sejam em grandes catedrais ou em uma simples capela. Assim, quando assisto uma missa em que se vê de tudo, e muito pouco a Cristo, sei que ainda assim Ele está lá. E sei o que sou e o que devo er como cristã. Não sou como mais um banco daquela Igreja.

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Abaixo, fotos de várias liturgias, ao redor mundo, da Sexta-feira Santa, bem celebradas, para que os leitores comparem com o que vêem nas suas paróquias:









Um comentário:

  1. Dra. Aline... Que bênção essa sua postagem. Que mais e mais pessoas se salvem pela liturgia! Aleluia! Deus seja louvado!

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