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sábado, 31 de julho de 2010

Dois níveis da "reforma da reforma"

Poucas linhas para uma reflexão de fim-de-semana (pode-se desenvolver mais nos comentários).

A tão propalada reforma da reforma litúrgica comporta, a meu ver, comporta dois níveis, que podem ou não ser simultâneos, e um deve influenciar o outro. O tema, aliás, é francamente embasado no pensamento do Pe. Thomas Kocik, do New Liturgical Movement:

1) O primeiro nível é a reelaboração dos livros litúrgicos reformados, fazendo com que os pontos positivos do Missal (e demais livros) de Paulo VI sejam absorvidos no contexto do Missal tridentino. Ou, em palavras distintas, reescrever os livros da forma ordinária com o espírito da forma extraordinária. Um terceiro modo de dizer o mesmo: unificar as formas com o "melhor" do rito moderno e o "melhor" do rito antigo: as boas idéias da reforma litúrgica com os elementos que nunca deveriam ter saído.

2) Enquanto se estuda o modo de implementar o primeiro nível, e como que uma preparação para sua perfeita execução, sem "canetaço", pode-se ir celebrando o rito novo com uma "mentalidade", digamos assim, de rito antigo: celebrar a forma ordinária de modo que, com mais expressividade, se denote as grandes luzes da tradição litúrgica presente na forma extraordinária. Claro que, em certo sentido, isso é nada mais do que celebrar o Novus Ordo exatamente como prevê a IGMR, exatamente como mandam as rubricas (com casula, número adequado de velas, sem invenções etc). Mas não só: trata-se de, diante de várias opções lícitas e igualmente previstas, escolher a mais "tradicional", se é possível (latim, versus Deum, gregoriano, incenso, fórmula 1 no Ato Penitencial), e também de, onde há silêncio, introduzir, elementos tradicionais (vestes mais bonitas, manípulo, "delicadeza" nas prostrações e genuflexões, uso da posição tradicional dos dedos na Consagração e após etc).
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