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sexta-feira, 2 de abril de 2010

Semana Santa no Brasil com dignidade, sacralidade e respeito às rúbricas - IV (Oficio das Trevas na Catedral de Frederico Westphalen - RS)

O Oficio das Trevas, rezado na Semana Santa em diversas igrejas do mundo, apesar de não estar prescrito nos livros litúrgicos reformados pelo Concílio Vaticano II, provém de antiquíssima tradição na Igreja. Esse Ofício compreende os Salmos e Leituras das Matinas e das Laudes da Quinta-feira "In Coena Domini", do Breviário Romano (Editio XIV Juxta Typicam, Amplificata XII), anterior à reforma litúrgica e deve ser rezado depois do pôr do sol da Quarta-feira Santa e antes do amanhecer da Quinta-feira "In Coena Domini". Também na Sexta-feira Santa e no Sábado Santo se rezam esse Ofício.

Cabe lembrar que no atual breviário, posterior à reforma litúrgica, é possível, segundo a Santa Sé, fazer um Ofício das Trevas adaptado, usando o Ofício de Leituras e as Laudes dos mesmos dias. Na falta de rubricas específicas, adaptam-se as do rito anterior.

É chamado "de trevas", pois, no decorrer dele, apagam-se sucessivamente 14 velas em memória das trevas que cobriram a humanidade na morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Para este fim é usado o cadenlabro triângular com quinze velas (chamado de tenebrário). A vela da ponta representa o Cristo, e as demais representam os onze apóstolos e as três Marias. Ao final do ofício só a vela que representa Cristo permanece acesa. A escuridão do templo, em quase total penumbra, representa a escuridão da humanidade e o abandono sentido pelo Redentor do Mundo no Horto das Oliveiras.


Como o Ofício das Trevas não está mais previsto no rito atual, há inúmeras possibilidades de fazer um serviço litúrgico com esse nome: o próprio Ofício no rito antigo, a adaptação para o rito atual, e uma para-liturgia usando alguns elementos do rito. Foi essa última opção a escolhida em Frederico Westphalen: utilizaram-se dos textos traduzidos para o vernáculo do rito antigo, cantados em reto tom, para a celebração, na Terça-feira Santa, do Ofício de Quinta-feira Santa.


Essa para-liturgia foi presidida pelo Exmo. e Rev. Dom Antonio Carlos, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen - RS.




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